Uma conta no valor de R$ 181.118.690,01, está sendo cobrada pela Advocacia Geral da União (AGU), por meio do Grupo de Integração da Amazônia Legal (G-Amazônia), correspondente a 21 Ações Civis Públicas, movidas entra grandes desmatadores da Amazônia Legal, que destruíram 35685,2 hectares de floresta nativa.
As ações foram ajuizadas durante a Rio + 20 e viabilizadas por uma
atuação integrada da Procuradoria-Geral da União (PGU), da Procuradoria-Geral
Federal (PGF) e do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais
Renováveis (Ibama), mobilizando advogados da União e procuradores federais em
Brasília e nas unidades em toda Amazônia Legal.
Os valores envolvem multas aplicadas pelo Ibama e indenizações pelos
danos ambientais, cujos cálculos consideram os danos sofridos pelo meio
ambiente. O foco da cobrança são os desmatadores que sofreram autuações pelo
órgão ambiental entre R$ 1 e 10 milhões.
Os pedidos formulados pela AGU solicitam que os desmatadores recomponham
as áreas degradadas e pedem a suspensão ou perda de incentivos fiscais
eventualmente concedidos pelo Poder Público, até que os locais sejam totalmente
recuperados.
Além disso, as ações postulam o bloqueio e a indisponibilidade dos bens
que correspondem à recuperação dos hectares da Floresta Amazônica explorada
indevidamente para extração de madeira ou para viabilização da pecuária.
De acordo com o Coordenador do G-Amazônia Legal, Denis Gleyce Pinto
Moreira, é o segundo ajuizamento coletivo de ações contra grandes desmatadores.
“Esse ato consolida uma estratégia de atuação integrada de diversos
órgãos com foco nos grandes infratores ambientais e com pedidos que visam não
só travar e desestimular essas práticas ilícitas, como também recuperar o meio
ambiente lesado, beneficiando com isso a sociedade como um todo e também as
comunidades locais”, ressaltou.
Multas – O Estado do Mato Grosso foi o mais prejudicado com o desmatamento,
tendo cinco ações ajuizadas pela Procuradoria da União e Procuradoria Federal
do Estado e mais de R$ 50 milhões em multas e indenizações por devastação
ambiental aplicadas pelo Ibama no ano de 2006. Foram 8673,66 ha de floresta
amazônica destruída.
O Amapá está em segundo lugar com 6903,81 ha de área florestal
destruída. A AGU cobra em três ações R$ 37 milhões referentes às penalidades
aplicadas pelo Ibama no ano de 2006.
O estado do Rondônia não fica muito atrás com mais de 5.786 ha
devastados. Os desmatadores terão que devolver aos cofres públicos R$
13.979.380,36.
Em seguida, vem o Pará com mais de 3.396 ha de floresta nativa
arrancada. Neste caso, devem ser restituídos R$ 18.386.500.
Por último Roraima que deve receber R$ 7.357.834 por ter 1337,7 ha
prejudicados.
G-Amazônia Legal – O trabalho desenvolvido pelo Grupo de Integração, da atuação judicial
na defesa do meio ambiente até a regularização fundiária na Amazônia Legal
(G-Amazônia Legal), tem por objetivo agir na temática de assuntos fundiários e
ambientais. Dentre as políticas públicas prioritárias estão a regulação
fundiária, o combate à grilagem de terras públicas e a defesa do meio ambiente.
Além da AGU e Ibama, o G-Amazônia, que foi criado pela Portaria
Interministerial nº 23, de 16 de junho de 2010, é composto pelo Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), Ministério do Desenvolvimento Agrário
(MDA), Ministério do Meio Ambiente (MMA), Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária (Incra), Secretaria de Patrimônio da União (SPU) e pelo
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
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