Metade das áreas protegidas de florestas tropicais do mundo está
sofrendo um declínio na biodiversidade, segundo uma análise feita em 60
reservas e publicada na edição desta semana da revista “Nature”.
Para avaliar como esses locais estão funcionando, o pesquisador William
Laurance e outros autores estudaram um grande conjunto de dados sobre as
mudanças ocorridas ao longo dos últimos 20 a 30 anos.
A avaliação revela uma grande variação no estado dessas reservas, e 50%
vivenciam perdas substanciais na variedade de animais e plantas. Perturbação do
habitat natural, caça e exploração das florestas são os maiores fatores para
esse declínio.
As reservas tropicais representam um último refúgio para espécies
ameaçadas e processos naturais dos ecossistemas, em uma época que cresce a
preocupação quanto ao impacto do homem sobre o crescimento da biodiversidade.
O estudo indica que, muitas vezes, áreas protegidas estão ecologicamente
ligadas aos habitats ao redor, razão pela qual o destino delas é determinado
por mudanças ambientais internas e externas.
Portanto, os pesquisadores afirmam que os esforços para manter a
biodiversidade não devem se limitar a reduzir os problemas dentro das reservas,
mas promover mudanças também fora dessas áreas.
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