Partes do esqueleto de um ancestral humano achadas em uma rocha na
África do Sul foram anunciadas nesta sexta-feira (13) por cientistas.
Foi a primeira vez que um achado arqueológico foi comunicado ao vivo
pela internet, como forma de atrair a comunidade científica e o público leigo.
Acredita-se que os ossos, incrustados em uma rocha sólida de 1 metro de
diâmetro, pertençam ao hominídeo ‘Karabo’, da espécie Australopithecus
sediba. O exemplar foi descoberto em 2009 no sítio arqueológico de Malapa,
região do país rica em cavernas e explorada desde 1935.
As novas partes foram encontradas nesse mesmo local, por pesquisadores
do Instituto Wits para a Evolução Humana, da Universidade de Witwatersrand, em
Joanesburgo. Há uma mandíbula, um fêmur (o maior osso do corpo humano,
localizado na perna), costelas, vértebras e fragmentos de membros.
Segundo o pesquisador Lee Berger, especialista em paleoantropologia,
algumas partes nunca foram vistas de forma tão completas em fósseis de
ancestrais humanos. Se elas realmente forem de Karabo, esse será provavelmente
o esqueleto de hominídeo mais completo que existe.
O conteúdo da rocha foi examinado por um escaner de tomografia
computadorizada e, para um observador leigo, os ossos ficam invisíveis.
Em breve, um espaço deve ser construído no museu Maropeng, que abriga 13
áreas de escavação de fósseis na região, para que o esqueleto possa ser visto
ao vivo ou online.
Os australopitecos – do latim australis (“do sul”) e do grego pithekos
(“macaco”) – formam um gênero de vários hominídeos extintos, bastante próximos
aos do gênero Homo, ao qual pertence o homem. O Australopithecus
sediba (que significa “fonte de água”) viveu entre 1,78 milhão e 1,95
milhão de anos.
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