Secretários de Meio Ambiente dos estados que compõem a Amazônia Legal
estão reunidos em Palmas para debater, em fórum regional, a agenda de educação
ambiental, entre outros pontos. Consta também da pauta do evento, que começou
na quarta-feira e segue até sábado (21), a revisão da programação dos planos
estaduais de controle do desmatamento e das queimadas.
O secretário de Biodiversidade e Florestas (SBF) do Ministério do Meio
Ambiente (MMA), Roberto Brandão Cavalcanti, apresenta a importância regional e
local de se internalizar a biodiversidade na contabilidade do Brasil e dos
estados. Com base nas propostas do estudo global A Economia dos Ecossistemas e
Biodiversidade (TEEB, na sigla em inglês), Cavalcanti destaca que a Amazônia
Legal convive com dois problemas sérios: a perda expressiva de receita
decorrente do comércio ilegal dos produtos da sua diversidade local e a perda
de patrimônio genético. “São situações que depreciam os ativos ambientais,
geram perda de mercado e não melhoram o índice de desenvolvime nto humano (IDH)
local”, enumera.
Perda e Ativos – Para Cavalcanti, a economia baseada nos ecossistemas e na
biodiversidade, a partir dos dados do TEEB global captados desde 2007 nos
países que integram o grupo dos oito países mais ricos do planeta, o G8, e nas
cinco maiores economia em desenvolvimento, permite mensurar o valor das perdas
e dos ativos ambientais. “Esta é uma agenda estratégica para o Ministério do
Meio Ambiente, pois demonstra ser possível colocar os custos ambientais na
contabilidade do país”, avalia.
O TEEB é coordenado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
(PNUMA) e conta com o apoio financeiro da Comissão Europeia, do Ministério do
Meio Ambiente da Alemanha e do Departamento para Meio Ambiente, Alimentação e
Assuntos Rurais do Reino Unido. De acordo com esse estudo, o pensamento
econômico aplicado ao uso da biodiversidade e dos serviços ambientais pode
ajudar a esclarecer por que a prosperidade e a redução da pobreza dependem da
manutenção do fluxo de benefícios de ecossistemas; e por que a proteção
ambiental bem sucedida precisa ter fundamentos econômicos sólidos, a partir do
reconhecimento explícito dos custos e benefícios da conservação e do uso
sustentável dos recursos naturais.
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