Principais
erros foram em relação à dose e à frequência
Após ter alta no hospital, pacientes cardíacos
cometem muitos erros em relação à administração de seus medicamentos, mesmo
quando foram bem orientados pelos farmacêuticos, aponta uma nova pesquisa.
Embora nenhum dos óbitos dos participantes da análise tenha sido relacionado a
esses erros, parte dos voluntários corria risco de vida. O estudo foi publicado
no periódico Annals of Internal Medicine e conduzido no Vanderbilt University
Hospital e Brigham and Women's Hospital, nos Estados Unidos.
Para chegar a essa conclusão, os especialistas
acompanharam 851 pacientes que haviam sido hospitalizados devido a problemas de
coração, como falência cardíaca ou infarto. A idade média do grupo era de 60 anos. Metade
deles recebeu tratamento padrão dos farmacêuticos e a outra metade contou com
auxílio extra desses profissionais.
Do total, cerca de 50% cometeu um ou mais erros com
a administração de sua medicação no período de um mês após a alta do hospital,
independentemente de ter recebido orientações extras. Na maioria das vezes, os
erros envolviam drogas para o coração, para dor, contra o colesterol, contra o
diabetes e anticoagulantes. Também foram identificados erros de consumo de
ervas, vitaminas e suplementos. As principais falhas foram em relação à quantia
das doses, a interrupção dos medicamentos antes do prescrito, a frequência e a
não seguir toda a prescrição médica.
Os resultados devem servir de alerta não só aos
pacientes, mas também aos hospitais e farmácias. Estudos anteriores haviam
estimado que o erro atingia apenas 20% dos pacientes. A nova pesquisa mostra
que a margem de erro é muito maior. Por isso, os autores do estudo reforçam a
necessidade de tirar todas as dúvidas com o médico, buscar mais informações
sobre os remédios e contar com o apoio de um amigo ou familiar na própria casa
para ajudar a administrar corretamente os medicamentos.
Você está exagerando no uso de
remédios?
Remédios ajudam a curar doenças e a aliviar os
sintomas que te derrubam uma semana inteira. Mas muitas vezes o uso é feito de
uma maneira indiscriminada, o que pode não só não te ajudar, como detonar sua
saúde. O médico imunologista Mauro Martins Teixeira, presidente da Sociedade
Brasileira de Farmacologia e Terapêutica Experimental (SBFTE) alerta para os
perigos da automedicação. "O uso de medicamentos sem orientação
profissional pode trazer sérios riscos à saúde, os famosos efeitos adversos".
Confira se você está cuidando adequadamente da sua saúde.
1. Dose
O principal erro que as pessoas cometem ao escolher um remédio sem auxílio de um profissional capacitado é errar a dose e não escolher a melhor medicação tanto para a doença, quanto para o próprio organismo. Esse erro pode trazer graves efeitos adversos. O clínico geral Paulo Camiz, do Hospital Israelita Albert Einstein, chama atenção ainda para os cuidados com a terceira idade. "Essa faixa etária é mais sensível à medicação e está sujeita a um conjunto maior de efeitos adversos e desfechos desfavoráveis."
O principal erro que as pessoas cometem ao escolher um remédio sem auxílio de um profissional capacitado é errar a dose e não escolher a melhor medicação tanto para a doença, quanto para o próprio organismo. Esse erro pode trazer graves efeitos adversos. O clínico geral Paulo Camiz, do Hospital Israelita Albert Einstein, chama atenção ainda para os cuidados com a terceira idade. "Essa faixa etária é mais sensível à medicação e está sujeita a um conjunto maior de efeitos adversos e desfechos desfavoráveis."
2. Automedicação
Os efeitos adversos possíveis são os mais diversos e costumam constar nas bulas, podendo levar a sérias intoxicações em casos mais graves. O imunologista Mauro explica que outro problema decorrente do mau uso de medicamentos é o "mascaramento" da doença. "A automedicação pode aliviar os sintomas, mas a causa continuará presente, ou seja, além de o problema não ser resolvido, ele pode se agravar sem que a pessoa perceba", explica. A melhor opção é sempre procurar o médico, receber o diagnóstico correto e tomar a medicação adequadamente recomendada ou prescrita.
Os efeitos adversos possíveis são os mais diversos e costumam constar nas bulas, podendo levar a sérias intoxicações em casos mais graves. O imunologista Mauro explica que outro problema decorrente do mau uso de medicamentos é o "mascaramento" da doença. "A automedicação pode aliviar os sintomas, mas a causa continuará presente, ou seja, além de o problema não ser resolvido, ele pode se agravar sem que a pessoa perceba", explica. A melhor opção é sempre procurar o médico, receber o diagnóstico correto e tomar a medicação adequadamente recomendada ou prescrita.
3. Suplementação
Mauro Teixeira explica que suplementos alimentares também devem ser usados com recomendação de um profissional da área da saúde. "Se mal usados, esses produtos podem causar constipação, dislipidemias, lesão renal e alterar os níveis de proteínas no sangue", explica.
Mauro Teixeira explica que suplementos alimentares também devem ser usados com recomendação de um profissional da área da saúde. "Se mal usados, esses produtos podem causar constipação, dislipidemias, lesão renal e alterar os níveis de proteínas no sangue", explica.
4. Fitoterápicos
Remédios fitoterápicos têm origem vegetal e, por isso, muitos acham que podem ser tomados sem nenhum cuidado especial. No entanto, o clínico geral Paulo Camiz explica que, se algum produto independente da sua origem (vegetal ou sintética) possui um efeito terapêutico, certamente ele também possui efeitos colaterais e interações medicamentosas. "Chamá-lo de produto 'natural' simplesmente dá a falsa sensação de que é isento de efeitos adversos, mas trata-se de um remédio comum", aponta.
Remédios fitoterápicos têm origem vegetal e, por isso, muitos acham que podem ser tomados sem nenhum cuidado especial. No entanto, o clínico geral Paulo Camiz explica que, se algum produto independente da sua origem (vegetal ou sintética) possui um efeito terapêutico, certamente ele também possui efeitos colaterais e interações medicamentosas. "Chamá-lo de produto 'natural' simplesmente dá a falsa sensação de que é isento de efeitos adversos, mas trata-se de um remédio comum", aponta.
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