Alimentação
precisa ser equilibrada e rica em ômega 6 para prevenir o problema.
Cortar alimentos gordurosos do cardápio não é a
melhor solução para proteger o seu coração de doenças. É o que afirma um estudo
feito pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra. Os resultados foram
publicados no Daily Mail.
Os pesquisadores acompanharam 25 mil voluntários
com idades entre 40 e 79 anos, e apontou que quem simplesmente corta a gordura saturada das refeições tem as mesmas chances de
sofrer um ataque cardíaco que as pessoas que consomem gorduras normalmente. Os autores também notaram que as
pessoas que corriam maior risco de sofrer um ataque cardíaco eram as que
consumiam muita gordura saturada e pouco ômega 6. Esse grupo estava 50% mais
propenso a sofrer ataques do que aqueles que tinham uma alimentação balanceada.
De acordo os estudiosos, eliminar do prato as
gorduras saturadas não é o bastante para se proteger das doenças cardíacas. Para a dieta ser mais eficiente, é
necessária uma alimentação também rica em gordura insaturada, o ômega 6 - um
ácido graxo poli-insaturado, presente em óleos vegetais, castanhas e sementes.
Você consome gorduras sem
prejudicar o emagrecimento?
Provavelmente você cresceu ouvindo dizer que elas
são vilãs: as gorduras saturadas deveriam passar bem longe do prato de quem
cuida do coração. Mas, como a Ciência não se contenta com verdades e vive
questionando a si mesma, as novidades não param de surgir: a última indica que as
gorduras saturadas trazem menos malefícios ao organismo do que se imaginava -
calma, ainda não é o caso de encher a geladeira de bacon e queijo amarelo, por
exemplo. De acordo com o nutrólogo Wilson Rondó, autor do livro Sinal Verde
para a Carne Vermelha, o segredo está em balancear as quantidades com outros
nutrientes.
Quais as fontes de gordura
saturada?
A gordura saturada aparece em alimentos de origem
animal, como leite e derivados, carne bovina e suína, aves, nata e manteiga. De
acordo com a nutricionista Pollyanna Ayub, da Amil, os óleos no geral são
fontes de gordura saturada, sendo os óleos de palma e de coco os mais ricos
nesse tipo.
Quais as funções da gordura
saturada em nosso organismo?
O nutrólogo Wilson explica que a gordura saturada
dá consistência às células, ajuda na absorção do ômega 3 pelo organismo e do
cálcio pelos ossos, além de constituir aproximadamente 90% do líquido presente
nos pulmões, essencial para o funcionamento das trocas gasosas da respiração.
"Ele também protege o fígado de doenças relacionadas ao álcool e ajuda nas
sinapses neurais, já que nosso cérebro é constituído 60% de gordura, incluindo
a saturada", afirma o nutrólogo. No entanto, esses benefícios só podem ser
aproveitados quando consumidas boas fontes de gordura saturada, como carnes e
derivados do leite, além de óleos vegetais, como o de coco.
As gorduras monoinsaturadas e
poli-insaturadas exercem as mesmas funções no organismo?
Sim. "As principais funções das gorduras
insaturadas são diminuir o mau colesterol, prevenindo doenças cardíacas, e
ajudar nas sinapses neurais, melhorando o raciocínio e memória", diz a
nutricionista Pollyana. As gorduras poli-insaturadas são encontradas em peixes
como a sardinha, o bacalhau e o salmão, e em alguns óleos como o de milho e o
de girassol. Já as gorduras monoinsaturadas estão presentes no azeite de oliva,
no abacate e em oleaginosas, como castanhas e amêndoas. "As
monoinsaturadas também são ricas em antioxidantes, que evitam a oxidação do
colesterol bom", afirma o médico Wilson Rondó. Mas cuidado: o excesso
dessas gorduras causa obesidade e favorece doenças cardíacas.
Quais as principais fontes de
gordura trans?
Também chamada de gordura hidrogenada, a trans é
comumente usada em produtos industrializados, como bolachas, sorvetes, bolos e
outros alimentos processados. "Esse tipo de gordura aumenta a validade do
produto, diminui a necessidade de refrigeração, substitui os óleos vegetais e
deixa o alimento mais saboroso", diz Pollyana Ayub. O nutrólogo explica
que os principais efeitos do consumo de gordura trans incluem a diminuição do
colesterol bom, elevam o colesterol ruim, complicações durante a gestação,
resistência à insulina e a formação de radicais livres. Segundo os
especialistas, não existem níveis seguros para o consumo dessa gordura.
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