Cientistas da Universidade Cornell, em Nova York, nos EUA, criaram uma
prótese capaz de restaurar a visão de camundongos cegos, deixando-os com uma
visão quase normal. A pesquisa está publicada na edição desta semana da revista
“Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS).
O dispositivo de alta resolução, desenvolvido pelas pesquisadoras Sheila
Nirenberg e Chethan Pandarinath, conseguiu estabelecer uma comunicação entre a
retina e o cérebro dos animais em cerca de 90% do tempo.
Os roedores foram capazes de discernir características faciais e
rastrear visualmente uma imagem. Segundo as autoras, os resultados fornecem
elementos fundamentais para a produção de uma prótese de retina altamente
eficaz.
Em olhos normais, um sinal visual é traduzido em diferentes padrões de
impulsos eléctricos, à medida que passa de uma célula para outra e, finalmente,
chega às células ganglionares – espécie de neurônio encontrado na retina –, que
levam a informação até o cérebro.
A equipe analisou o código que está por trás dessa série de comandos e
interpretações. A prótese, então, “traduz” o mundo exterior em impulsos
elétricos semelhantes aos produzidos por uma retina em pleno funcionamento.
Até 25 milhões de pessoas em todo o mundo são cegas ou têm risco de
perder a visão em decorrência de doenças degenerativas da retina, como a
degeneração macular e a retinose pigmentar. As próteses atuais, porém, permitem
apenas uma percepção precária da luz e do contraste de imagens.
Nenhum comentário:
Postar um comentário