Um estudo britânico constatou que a prática regular de atividade física
ajuda a proteger o coração, ainda que iniciada tardiamente, após os 40 ou 50
anos.
O trabalho, publicado na revista científica ‘Circulation’, constatou que
pessoas que faziam as duas horas e meia de exercícios recomendadas apresentavam
índices menores de marcadores inflamatórios em seu sangue.
Os marcadores inflamatórios são importantes porque, segundo os
especialistas, sua presença em grandes quantidades foi associada a um aumento
nos riscos de problemas cardiológicos.
A pesquisa contou com a participação de mais de 4 mil pessoas e foi
conduzida por cientistas da University College London, em Londres.
A descoberta não é inédita, uma vez que outros estudos já comprovaram os
imensos benefícios para a saúde dos exercícios físicos, porém pesquisadores
puderam verificar a redução dos problemas cardíacos mesmo para aquelas pessoas
que começam a praticá-los na meia-idade.
A boa notícia é de que não é preciso fazer exercícios pesados na
academia – caminhadas vigorosas e até jardinagem já contam para preencher a
cota de duas horas e meia de atividade moderada por semana, acrescentaram os
especialistas.
A equipe explicou, no entanto, que o estudo se focou em indicadores de
problemas cardíacos de maneira geral e não sobre doenças do coração
específicas, e que são necessárias mais pesquisas sobre o assunto.
Além disso, o estudo se baseou em relatos dos próprios participantes
sobre a quantidade de exercícios que fizeram. É sabido que as pessoas tendem a
superestimar a quantidade de exercícios que fazem.
‘Mexa-se!’ – Os participantes que disseram ter praticado a quantidade recomendada
de exercícios durante os dez anos de duração do estudo apresentaram os índices
mais baixos de marcadores inflamatórios.
Até aqueles que disseram ter começado a fazer os exercícios bem depois
dos 40 apresentaram melhorias. Eles tinham menores índices de marcadores
inflamatórios do que os participantes que relataram nunca ter feito exercícios
suficientes.
Os resultados se mantiveram mesmo quando os pesquisadores levaram em
consideração outros fatores, como obesidade e o hábito de fumar.
‘Deveríamos estar encorajando mais pessoas a ficar ativas’, disse Mark
Hamer, chefe do estudo. ‘Por exemplo, a andar em vez de pegar o ônibus. Você
pode beneficiar sua saúde com atividades moderadas em qualquer momento da sua
vida’.
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