Alguns dias após a agência espacial americana (Nasa) haver divulgado
informações desmentindo os rumores de fim do mundo, agora é a vez de uma
instituição brasileira, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe),
divulgar um artigo esclarecendo os mitos da “previsão” de que o mundo vai
acabar em 21 de dezembro de 2012.
Segundo o artigo do pesquisador Clezio Marcos de Nardin, do Inpe,
publicado no site da instituição, os boatos da catástrofe que se espalharam
recentemente pela internet teriam começado em maio de 2003, quando foi
atribuída à colisão da Terra com um planeta “descoberto” pela civilização
suméria, chamado “Nibiru”.
“Mas quando nada aconteceu, a data do fim do mundo foi movida para
dezembro de 2012 e ligada ao fim de um dos ciclos do calendário maia, no
solstício de inverno em 2012″, afirmou Nardin, no artigo publicado.
O pesquisador pondera ainda que o calendário maia, baseado na relação
entre a Terra e o Sol, não tem algo que o torne mais ou menos especial com
relação a outros calendários. Há povos que usam calendários lunares, solares e
outros que usam calendários mistos, como o chinês, “que é o mais antigo
registro cronológico de que se tem registro na história”, segundo Nardin.
Conferência Online – A Nasa fez uma conferência online sobre o tema
com diversos dos seus cientistas em 28 de novembro, após receber várias cartas
de pessoas preocupadas com teorias de fim do mundo.
Além disso, a agência espacial criou uma seção em seu site para
desmentir que haja indícios de que o fim do mundo esteja próximo.
A Nasa afirma que, da mesma forma que o tempo não para quando os
calendários comuns chegam ao fim, no dia 31 de dezembro, não há motivo para
pensar que com o calendário maia seria diferente – 21 de dezembro de 2012 seria
apenas o fim de um ciclo na contagem de tempo desta civilização.
A agência espacial americana ressaltou não haver comprovação de que os
planetas do sistema solar “estejam se alinhando”, como dizem algumas teorias
sobre o fim do mundo. Mesmo que se isso ocorresse, os efeitos sobre a Terra
seriam irrelevantes, segundo a Nasa.
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