sábado, 2 de fevereiro de 2013

FAO ALERTA PARA RISCO DE NOVA PANDEMIA DE GRIPE AVIÁRIA NO MUNDO


Food and Agriculture Organization of the United Nations logo
Uma nova pandemia da gripe aviária pode se instalar no mundo caso os países não invistam em vigilância e controle. Em um comunicado divulgado na terça-feira (29), a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) alerta que uma possível redução de investimentos nessas áreas em função da crise econômica mundial pode reproduzir o cenário de 2006, quando a doença afetou mais de 60 países.
Ao defender uma vigilância rigorosa da doença, o diretor veterinário da FAO, Juan Lubroth, lembrou que alguns países da Ásia ainda registram a ocorrência da gripe H5N1. Segundo ele, o investimento em prevenção é a forma mais adequada de evitar os prejuízos de uma pandemia em larga escala. Mas Lubroth reconhece que a crise que afeta economias dos países mais desenvolvidos pode ameaçar tanto o orçamento de governos quanto o de organizações internacionais.
Na nota, a FAO destaca que, entre 2003 e 2011, a doença levou à morte ou ao abate de mais de 400 milhões de frangos e patos domésticos, totalizando um prejuízo de cerca de US$ 20 mil milhões. O vírus H5N1 também pode ser transmitido aos seres humanos. No mesmo período, o vírus infectou mais de 500 pessoas e matou mais de 300, de acordo com o organismo das Nações Unidas.
Segundo a FAO, a maior parte dos 63 países afetados pela pandemia de 2006, como a Turquia, Hong Kong, a Tailândia e a Nigéria, estão livres do vírus, e a Indonésia tem apresentado “progressos substanciais” no combate a doença, como resultado de “muitos anos de trabalho árduo e de compromisso financeiro internacional”.
A organização ainda alerta para outras ameaças crescentes como a peste dos pequenos ruminantes (PPR), uma doença altamente contagiosa que pode dizimar rebanhos de ovelhas e cabras. De acordo com a nota, a doença está em expansão na África Subsaariana, ameaçando países como o Congo, e começa a se disseminar no Sul da África.
Segundo a FAO, existe uma vacina eficaz para a PPR, mas poucas pessoas foram imunizadas. 

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