Uma versão sintética do adesivo poderoso que mantém os mexilhões
grudados nas rochas, apesar da força das ondas, pode ter aplicação em cirurgias
e tratamentos contra o câncer, indicaram pesquisadores.
Os cientistas criaram um material que imita as proteínas aderentes dos
mexilhões e pode ser utilizado em importantes procedimentos médicos para
reparar membranas fetais ou criar medicamentos que destruam células
cancerígenas, informaram neste fim de semana.
Phillip Messersmith, professor de engenharia biomédica na Universidade
Northwest, é um dos pesquisadores que buscam reproduzir as qualidades do
mexilhão em uma substância sintética. Com sua equipe, desenvolveu uma versão
resistente à água, que serviria para fechar feridas internas, entre outras
aplicações médicas.
Testes clínicos estão sendo realizados, com a colaboração de
pesquisadores europeus. Outro sintético em que trabalham poderia ajudar a
reparar ossos quebrados ou dentes.
Além das pesquisas no campo da medicina, a bióloga da Universidade de
Washington Emily Carrington usa a “cola” dos mexilhões como indicador de
mudanças ambientais.
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