Em tempos de preocupação ambiental e
tratativas políticas para o cuidado ambiental no Brasil, muitas dúvidas surgem
de como reciclar, de como separar o lixo e até mesmo sobre a evolução dos
projetos no Brasil.
Na última pesquisa feita pelo Compromisso
Empresarial para Reciclagem (CEMPRE).
Como funciona a
coleta seletiva de lixo?
"Em Taboão, a Coleta é feita de casa em
casa, com total abrangência do território da cidade. Os moradores separam
papel, plástico, vidro e metal e os coletores passam e levam até a Cooperativa
Zagati, aqui em Taboão mesmo. Os cooperados, que tem o apoio da prefeitura,
ainda recolhem os recicláveis em escolas e empresas, que possuem pontos de
descarte voluntário."
"Portanto, a coleta em geral é isso,
separar o que pode ser reaproveitado, evitando um gasto com o lixo e gerando
uma preocupação com o meio ambiente."
Depois disso, o reciclável passa pela
cooperativa e depois é vendido (no momento certo, para que renda mais) para
empresas que reutilizam o material para a confecção de novos produtos.
Como separar e quais
itens podem ser melhores aproveitados na reciclagem?
"No sistema de coleta seletiva, os
materiais recicláveis que melhor podem ser aproveitados são: papéis, plásticos,
metais e vidros. Os materiais devem ser limpos, evitando a contaminação, ou
seja, dar aquela lavada na caixinha de leite, não molhar o papel, tirar a
gordura do plástico e assim por diante."
Outros tipos de lixo
e seus descartes:
"A CooperZagati é especializada nos
matérias de reciclagem mais comuns (papel, vidro, metal e plástico) mas,
pilhas, baterias comuns e de celulares também devem ser separados, pois quando
descartadas no meio ambiente provocam contaminação do solo."
Embora não possam ser reutilizados, estes
materiais ganham um destino apropriado para não gerarem a poluição do meio
ambiente. Algumas lojas possuem pontos de coleta de baterias etc.
Medicamentos não devem ser descartados junto
com o lixo orgânico, pois possuem substâncias químicas que podem contaminar o
solo e a água. Algumas redes de farmácias possuem pontos de coleta de medicamentos
que não são mais usados.
Lâmpadas fluorescentes também necessitam de
descarte especial. Em seu interior, uma lâmpada deste tipo possui vapor de
mercúrio, gás tóxico, que contamina o ar quando quebrada. Algumas lojas de
materiais elétricos e de construção possuem pontos de coletas destes materiais.
Os lixos hospitalares também merecem um
tratamento diferenciado, pois costumam estar infectados com grande quantidade
de vírus e bactérias. Desta forma, são retirados dos hospitais de forma
específica (com procedimentos seguros) e levados para a incineração em locais
apropiados.
Como descartar lixo eletrônico e quais os
riscos ele oferece ao meio ambiente?
Segundo o Programa da ONU para o Meio
Ambiente (Pnuma), por ano, o Brasil abandona 96,8 mil toneladas de
computadores. O volume só é inferior ao da China, com 300 mil toneladas. Mas,
per capita, o Brasil é o líder. Por ano, cada brasileiro joga fora o
equivalente a 0,5 quilos desse lixo eletrônico. Na China, com uma população bem
maior, a taxa per capita é de 0,23 quilos, contra 0,1 quilos na Índia.
O número preocupa, pois os componentes de um
computador, por exemplo, utilizam de metais pesados que quando manuseados de
forma incorreta podem liberar gases tóxicos, além de contaminar o ar, podem
também contaminar o solo se entrarem em contato com ele. Segundo a CEMPRE o
setor eletroeletrônico é responsável por 2 a 4% do impacto ambiental do
planeta.
Há alguns passos que podem ser utilizados
para evitar o descarte dos eletrônicos, tanto computadores, como TVs, rádios,
etc. O primeiro deles é tentar prolongar a vida útil de um eletrônico, isso
pode ser feito através de doações. Existem várias ONGs que aceitam doação de
computadores para programas sociais.
Outro meio para reduzir esse lixo eletrônico
é descartar da maneira correta, em pontos que recolhem especificamente este
tipo de lixo. O site E-lixo aponta através do CEP o local mais
próximo para o descarte, mas, infelizmente, o sistema só funciona em São Paulo.
Quais a cidades brasileiras com o melhor
índice de reciclagem?
Segundo o Ciclosoft 2010, outros sete
municípios brasileiros tem cobertura total do sistema de coleta seletiva:
Curitiba (PR), Itabira (MG), Londrina (PR), Santo André (SP), Santos (SP),
Diadema (SP) e Goiânia (GO)
Reciclagem no Brasil
Apesar da importância que tem para o processo
de reciclagem, a coleta seletiva só existe em 766 cidades brasileiras (14% do
total), segundo uma pesquisa feita pela associação CEMPRE. O estudo revelou
ainda que cerca de 27 milhões de brasileiros têm acesso a programas municipais
de coleta seletiva.
Países que mais
reciclam.
Os EUA é o país que mais recicla, chegando a
quase 50% dos resíduos, na Europa Ocidental e em países desenvolvidos é esta a
média também, enquanto no Brasil, das 170 mil toneladas produzidas diariamente,
apenas 11% são reaproveitadas. Mas, números que devem ser exaltados é que, nós
somos o país que mais recicla latas de alumínio e garrafas PET.
O secretário ainda deixa claro que o papel
principal da reciclagem é "conscientizar para a preservação do meio
ambiente, não só a da Amazônia, mas também a de onde vivemos, de como o lixo
que produzimos atinge o próximo, por fim, se podermos reaproveitar, é melhor
fazermos, para diminuir gastos e gerar um futuro melhor".