O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (26), em Brasília, que
pretende imunizar 31,3 milhões de brasileiros na 15ª Campanha Nacional de
Vacinação contra a Gripe, que vai ocorrer de 15 a 26 de abril em 65 mil postos
de saúde do país.
A meta representa cerca de 80% do público-alvo da ação, que é de 39,2
milhões. No ano passado, 26 milhões de pessoas receberam a vacina, o que
representou 86,3% do público alvo.
Ao todo, serão distribuídas este ano 42,9 milhões de doses, que protegem
contra os três subtipos do vírus influenza que mais circularam no inverno
passado: A (H1N1) – conhecido popularmente como gripe suína –, A (H3N2) e B.
O grupo prioritário que será vacinado abrange gestantes, crianças entre
6 meses e 2 anos, idosos a partir de 60 anos, indígenas, presidiários,
profissionais da saúde, doentes crônicos ou imunodeprimidos e mulheres até 45
dias após o parto (novo grupo). Com a inclusão dessas pacientes, deve haver um
aumento de 30% no número de pessoas consideradas o público-alvo, saltando de 30
milhões para 39,2 milhões.
“Estamos reforçando neste ano que as mulheres, até 45 dias depois do
parto, também devem se vacinar por dois motivos: primeiro porque elas têm as
mesmas condições que indicavam a vacinação durante a gestação, e outra porque
também poderão ajudar a proteger seus bebês”, explicou o ministro da Saúde,
Alexandre Padilha.
Segundo Padilha, o governo federal quer estimular estados e municípios
“a terem uma estratégia de busca ativa do público-alvo”.
“Há, inclusive, equipes que irão a abrigos atrás de idosos que podem
receber a vacina”, disse.
No chamado “Dia D” da campanha – uma mobilização nacional prevista para
o dia 20 de abril –, Padilha deve visitar Unidades Básicas de Saúde (UBS) de
São Paulo e do Rio Grande do Sul.
Doentes Crônicos – O principal objetivo da campanha é ajudar a reduzir as complicações,
internações e mortes decorrentes da gripe, destacou o secretário de Vigilância
em Saúde, Jarbas Barbosa.
De acordo com Padilha, a meta é reforçar o atendimento às pessoas com
doenças crônicas, independentemente da faixa etária. Isso inclui quem tem
problemas cardíacos, pulmonares, transplante de rim, obesidade, deficiência
mental e pacientes que usam medicamentos imunossupressores, entre outros.
A novidade de 2013 é que os doentes crônicos terão acesso ampliado a
todos os postos de saúde, e não apenas aos Centros de Referência de
Imunobiológicos Especiais (Cries). Para isso, é preciso apresentar apenas a
prescrição médica no ato da vacinação.
Pacientes já cadastrados em programas de controle de doenças crônicas do
Sistema Único de Saúde (SUS) devem procurar os postos em que estão inscritos.
Caso a unidade de saúde que oferece atendimento regular não tenha um posto de
vacinação, a pessoa deve solicitar uma prescrição médica.
Os pacientes da rede privada ou conveniada também devem ter prescrição
médica e apresentá-la nos postos durante a campanha.
Doses por Região – A Região Sudeste, a mais populosa do país, receberá 18,6 milhões de
doses – apenas o estado de São Paulo ficará com 9,7 milhões. O Nordeste terá
10,7 milhões de doses; o Sul, 7,5 milhões; o Norte, 3 milhões; e o
Centro-Oeste, 2,9 milhões.
Além de distribuir as doses, que custarão R$ 331 milhões, o ministério
informou que repassará R$ 24,7 milhões para estados e municípios mobilizarem a
população e prepararem as equipes de saúde da família. Segundo o ministério, a
campanha terá envolvimento de 240 mil pessoas.
Vacina não Causa Gripe – O ministro Padilha esclareceu que o vírus usado
na vacina é inativo e, por isso, não causa gripe.
“Esse é um mito, uma informação incorreta. A vacina é feita por um vírus
inativado, não é um vírus vivo. As pessoas, quando se vacinam, protegem-se dos
casos mais graves e do risco de óbito pela gripe”, disse.
Padilha ponderou, porém, que, ao se vacinar, a pessoa pode pegar outros
tipos de vírus, capazes de provocar um resfriado ou uma gripe mais fraca.
Existe, ainda, a possibilidade de o indivíduo se vacinar no momento em que já
se contaminou com o vírus, aí a dose não terá efeito.
“Por isso, é muito importante aproveitar a campanha, que é um período em
que ainda não aumentou muito a circulação do vírus da gripe do país”, afirmou.
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