sábado, 14 de abril de 2012

ESTADOS UNIDOS ABREM PORTAS PARA ENSINO DO CRIACIONISMO NAS ESCOLAS


Uma lei que permitirá aos professores de escolas públicas questionarem o consenso científico em questões como aquecimento global e teoria da evolução entrará em vigor em breve no estado americano do Tennessee).
O governador Bill Haslam permitiu que o projeto de lei – aprovado pela Câmara estadual e pelo Senado – se torne lei sem sancioná-la, afirmando não acreditar que a legislação “mude os padrões científicos que são ensinados em nossas escolas”.
“No entanto, eu também não acredito que traga algo que não seja aceitável em nossas escolas”, afirmou o governador, em um comunicado.
A medida permite a professores “ajudar estudantes a compreender, analisar, criticar e revisar de forma objetiva os potenciais e fragilidades científicas das teorias existentes abordadas na disciplina ensinada”.
Também diz que a legislação “não deve ser construída para promover qualquer doutrina religiosa ou não religiosa”.
Nos últimos dias, o governador recebeu uma petição assinada por mais de 3.000 pessoas pedindo que vetasse o projeto, mas seus partidários conservadores tinham apoio suficiente para sobrepujar o veto com uma maioria simples.
“Uma boa legislação deve trazer clareza e não confusão. Minha preocupação é que este projeto não tenha alcançado este objetivo”, afirmou Haslam. “Por esta razão, eu não assinarei o projeto, mas permitirei que se torne lei sem a minha assinatura”, acrescentou.
Os críticos rotularam a lei de “Projeto de lei do macaco” (‘Scopes Monkey Trial’, em inglês), em alusão ao amplamente divulgado “Julgamento do Macaco”, ocorrido em 1925, em que o estado do Tennessee acusou o professor de nível médio John Scopes de violar uma lei estadual que proibia o ensino “de que o homem descendeu de uma ordem animal menor”.
A Associação de Professores de Ciências do Tennessee e a seção estadual da União Americana de Liberdades Civis (ACLU, em inglês) são os maiores críticos da medida e afirmam que ela dará amparo legal para que os educadores ensinem ideias pseudocientíficas.
“Eles não falam tanto sobre criacionismo, mas sobre Desenho Inteligente”, disse no começo da semana Hedy Weinberg, diretor executivo do braço estadual da ACLU.
“É uma forma muito inteligente e sutil de desafiar a teoria da evolução e permitir que os professores introduzam o Desenho Inteligente e o neocriacionismo”, acrescentou.
O Desenho Inteligente defende a ideia de que a evidência científica pode demonstrar que formas de vida se desenvolveram sob o direcionamento de uma inteligência superior.
O Discovery Institute, cujo modelo jurídico inspirou o projeto de lei, o enalteceu como “protetor da liberdade acadêmica de professores de ciência para que possam discutir de forma abrangente e objetiva tópicos científicos controversos, como a evolução”.
Radicado em Seattle, o grupo apóia o ensino de alternativas à evolução em escolas públicas, bem como a pesquisa sobre o Desenho Inteligente.
A última controvérsia é parte de uma longa batalha entre os defensores de um ensino público secular e cristãos conservadores, que acusam as autoridades de atacarem sua liberdade ao manter a religião fora da esfera pública.
Em dezembro de 2010, uma pesquisa do instituto Gallup revelou que 4 em 10 americanos acreditam que Deus criou os homens em sua forma atual cerca de 10.000 anos atrás.
Mas evidências científicas demonstram que os humanos evoluíram de ancestrais símios ao longo de um período de cerca de seis milhões de anos.
Em 1968, com base na separação entre Estado e Igreja, a Suprema Corte considerou inconstitucional banir o ensino da Teoria da Evolução.

BRASILEIRAS MAL ALIMENTADAS ESTÃO MAIS EXPOSTAS AO HIV, DIZ ESTUDO


Um estudo publicado nesta semana pela revista científica americana “PLoS Medicine” relaciona a dificuldade de acesso à boa alimentação ao menor uso de preservativos no Brasil. Os autores concluíram que a “segurança alimentar” da mulher é um fator de proteção contra a transmissão do HIV, vírus que causa a Aids.
“Segurança alimentar significa ter acesso a comida suficiente para não afetar a sua vida”, definiu Alexander Tsai, da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, autor do estudo.
A pesquisa foi feita nos EUA, cruzando dados de 2006 fornecidos pelo governo brasileiro sobre acesso à alimentação e uso de preservativos.
Estudos feitos em países africanos já haviam encontrado relações semelhantes entre os dois fatores.
A relação entre a alimentação e o risco de transmissão de doenças é, de forma geral, econômica – uma pessoa com mais recursos consegue se proteger melhor. Porém, mesmo quando as condições socioeconômicas são equiparadas, a alimentação é um diferencial.
A pesquisa levanta uma série de hipóteses para explicar a relação. Por um lado, a mesma pobreza que dificulta o acesso aos alimentos pode também ser um empecilho ao uso do preservativo. Por outro, a desnutrição também poderia ser uma causa para o comportamento de risco.
Uma terceira situação destacada por Tsai é a falta de controle sobre a relação sexual. Uma mulher sem segurança alimentar pode ser dependente de um homem para conseguir comida, e por isso seria muito submissa para se preocupar com o uso do preservativo. Na mesma linha, existe ainda o risco de que ela se prostitua para comer.
Por tudo isso, a conclusão a que o autor chega é a de que “a prevenção de HIV deveria olhar para fatores mais amplos” que a questão sexual. “Intervenções visando a insegurança alimentar podem ter implicações benéficas para a prevenção de HIV em situações com recursos limitados”, afirmou o artigo.

EM CINCO ANOS, ENERGIA SOLAR DEVERÁ SER COMPETITIVA E INTEGRARÁ MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA, DIZ SECRETÁRIO


O secretário nacional de Planejamento e Desenvolvimento Energético, Altino Ventura, afirmou na quinta-feira (12) que, em quatro ou cinco anos, a energia solar deverá ter um custo competitivo e passará a integrar a matriz energética brasileira. Segundo ele, hoje o custo de geração desse tipo de energia é três a quatro vezes maior do que o de outras fontes, o que impede que ele seja competitivo.
No entanto, como o custo desse tipo de energia cai, em média, de 15% a 20% ao ano, Ventura acredita que, em no máximo cinco anos, seja possível vislumbrar plantas de geração fotovoltaica (energia solar) voltadas para a distribuição em grande escala e leilões de compra e venda de energia, assim como ocorre hoje com a eólica (gerada a partir da força dos ventos).
“Na medida em que o investidor consiga fazer com custos menores e tenha uma tarifa que a sociedade deseja, a alternativa se desenvolve”, disse Ventura, em seminário sobre energia solar no Rio de Janeiro.
O secretário afirma que o desenvolvimento da energia solar dependerá do mercado. Segundo ele, o governo, apesar de ter interesse em incentivar essa fonte energética, não forçará sua adoção. “O Ministério de Minas e Energia não vai obrigar uma alternativa de custo mais elevado que as opções que o país tem [atualmente]”, destacou.
De acordo com ele, quando o governo lançou o primeiro leilão de energia eólica, o custo médio por megawatt-hora era R$ 180, enquanto o custo de outras energias era R$ 130. Com o leilão, o custo da energia eólica foi negociado a R$ 150 o megawatt-hora, aproximando o valor da média do mercado.
No caso da energia solar, o custo é muito superior, já que oscila entre R$ 300 e R$ 400 – a média das outras fontes de energia é R$ 100. “Quando lançamos o leilão da eólica, sabíamos que ela tinha um custo mais caro. Mas era um ‘caro’ razoável. Esse quadro ainda não está acontecendo com a solar.”
Segundo Ventura, o Brasil tem condições geográficas e climáticas muito favoráveis ao desenvolvimento dessa fonte de energia. Ainda que haja uma grande oferta de energia renovável no Brasil, ele acredita que fontes energéticas como a solar, a eólica e a biomassa não serão capazes de, sozinhas, suprirem toda a demanda do país. “Elas têm um papel complementar”, disse.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

EMPRESÁRIO TRANSFORMA ÓLEO DE COZINHA USADO EM NEGÓCIO


Pernambucano Luiz Cláudio criou uma empresa que vende resina antiferrugem para carros feita a partir de óleo de cozinha.


                           Empresa do pernambucano coleta, por mês, 15 mil litros do produto em restaurantes e hotéis.

Brasília - Crescer de forma sustentável era um sonho antigo do pernambucano Luiz Cláudio Lima, dono da microempresa Redlub. Há dez anos, ele teve uma ideia que, na época, parecia de difícil realização: transformar óleo de cozinha usado em resina antiferrugem para carros.
A consultoria do Sebrae foi decisiva para Luiz Cláudio abrir a própria empresa em Recife. “A instituição me deu apoio para realizar os testes no Centro Tecnológico de Pernambuco”, conta. Os resultados foram animadores: os testes indicaram que o óleo usado podia servir para proteger metais da corrosão. Foi aí que o sonho de ter um negócio ao mesmo tempo lucrativo e ecologicamente correto começou a virar realidade.
Com quatro funcionários, Luiz Cláudio recolhe atualmente 15 mil litros de óleo por mês em restaurantes, hotéis, condomínios e hospitais de Recife. Ao todo, são quase 500 estabelecimentos na capital pernambucana. A produção da Redlub chega a 100 litros de antiferrugem por dia, com uma receita mensal de R$ 18 mil.
Quando entrou no negócio de reciclagem de óleo de cozinha, o empreendedor recolhia dois mil litros do produto e sua renda era de apenas um salário mínimo, cerca de R$ 200 na época. Para Luiz Cláudio, o crescimento da empresa acompanhou o aumento da preocupação da sociedade com as questões ambientais. “No início, as pessoas relutavam em guardar o óleo usado, mas hoje temos uma rede estável de fornecedores”.
O empresário explica que o antiferrugem atua contra a corrosão de chassis e outras peças automotivas. Trata-se de uma espécie de resina que é aplicada nos lava jatos por intermédio de uma pistola de ar comprimido ou pincel. Para evitar o desgaste das partes metálicas, o produto deve ser usado duas vezes por mês.

Contaminação da Água

A contaminação por óleo de cozinha usado prejudica o funcionamento das estações de tratamento de água e encarece bastante o processo. O acúmulo de óleos e gorduras nos encanamentos pode causar entupimentos, refluxo de esgoto e até rompimentos das redes de coleta.
Nos rios, a presença de óleos dificulta a entrada de luz e a oxigenação da água. “Tudo isso compromete a base da cadeia alimentar aquática, além de contribuir para a ocorrência de enchentes”, ressalta o empresário. “Além de gerar renda, a Redlub ajuda a diminuir o impacto dessas substâncias no meio ambiente”, comemora.
  

ANENCEFALIA

 O que é Anencefalia? 

Anencefalia é uma má formação do cérebro durante a formação embrionária, que acontece entre o 16° e o 26° dia de gestação, caracterizada pela ausência total do encéfalo e da caixa craniana do feto. 

 Diagnóstico de Anencefalia

Em 100% dos casos, o diagnóstico é dado por meio de ultrassonografia, não havendo margem de erro.

Tratamento de Anencefalia

Não há tratamento possível para a anencefalia. A Organização Mundial de Saúde (OMS) não recomenda tentar a ressuscitação da criança em casos de parada cardiorrespiratória. No entanto, a conduta médica ainda é variável no Brasil, podendo haver o uso de suporte ventilatório para o bebê conseguir respirar enquanto estiver vivo.

Fatores de Risco

Os casos de anencefalia são mais comuns na primavera, mas as causas desse fenômeno ainda são desconhecidas. Em metade dos casos, a anencefalia acontece porque a mãe sofre uma deficiência de ácido fólico durante a gestão. Fatores genéticos também podem predispor o aparecimento desse tipo de anormalidade.

Prevenção

A prevenção da anencefalia se dá pela suplementação com ácido fólico três meses antes de a mulher engravidar e nos primeiros três meses de gestação. O suplemento é ingerido em forma de pílulas e complexos vitamínicos específicos para gestantes. A quantidade indicada pela Organização Mundial da Saúde e defendida pelos médicos é de 0,4 miligrama por dia de ácido fólico para a prevenção de ocorrência dos defeitos do tubo neural.

Convivendo/ Prognóstico

O prognóstico de um bebê com anencefalia é de algumas horas ou dias, não havendo condição de sobrevida.

Complicações Possíveis

A gestante de um bebê anencéfalo pode sofrer um acúmulo de líquido amniótico dentro do útero, fazendo com que ele não se contraia corretamente e venha a causar hemorragias durante o pós-parto. Em função da má formação craniana, esses fetos assumem posições anômalas durante o parto, podendo dificultar o processo.