Investigadores
espanhóis analisam material genético de dois indivíduos com 7 mil anos
Uma equipe de cientistas dirigida por Carles Lalueza-Fox, do Conselho
Superior de Investigações Científicas espanhol (CSIC), acaba de obter os
primeiros dados de genoma humano do Mesolítico. Os investigadores recuperaram
parte do genoma e do DNA mitocondrial de dois indivíduos que viveram há 7 mil
anos.
Os vestígios foram encontrados no sítio de La Braña-Arintero (León, Espanha). Os resultados estão publicados na revista Current Biology. Este é o mais antigo material genético humano alguma vez encontrado, superando o famoso Ötzi, o 'Homem do Gelo', em 1700 anos.
O objetivo dos investigadores é agora recuperar o genoma completo dos dois indivíduos. Até agora, só se conseguiu recuperar 1,34 por cento do DNA de um deles e 0,53 por cento do outro. No entanto, é já possível tirar algumas conclusões interessantes. Entre elas é que as atuais populações ibéricas não procedem geneticamente desses grupos mesolíticos.
“Faz sentido se pensarmos que durante o Mesolítico a Europa era composta por uma grande população estável”, explica Carles Lalueza-Fox, citado pelo jornal espanhol El Mundo. “Quando chega o Neolítico as mudanças acontecem primeiro no sul da Europa, incluindo a Península Ibérica, e demoram mais tempo a chegar ao norte da Europa. Estes indivíduos têm, assim, mais semelhanças com as populações do norte da Europa”, defende.
Interessa estudar “como se modificaram os genomas europeus com o advento do Neolítico. Por exemplo, a convivência com animais pode ter alterado genes relacionados com determinadas doenças infecciosas transmitidas por eles. Também podem ter acontecido modificações nos genes cognitivos”.
Para investigar isso é necessário dispor de material genético nuclear. Apesar da equipe já dispõe de DNA mitocondrial completo, em 1 por cento do genoma decifrado até agora há informação muito mais útil para a análise comparativa do que em todo o mitocondrial.
Em 1,34 por cento do genoma encontramos 50 mil variantes genéticas de um só nucleótido (uma só letra do código genético), o que permitiu saber que estes indivíduos não estão relacionados com as populações actuais do sul da Europa.
A equipe vai continuar a tentar obter o genoma completo dos dois indivíduos. A dificuldade é grande devido à deterioração do material genético, mas como o sítio onde os restos foram encontrados é bastante frio e tem características que permitiram uma conservação aceitável, os cientistas acreditam que vão conseguir.
Os vestígios foram encontrados no sítio de La Braña-Arintero (León, Espanha). Os resultados estão publicados na revista Current Biology. Este é o mais antigo material genético humano alguma vez encontrado, superando o famoso Ötzi, o 'Homem do Gelo', em 1700 anos.
O objetivo dos investigadores é agora recuperar o genoma completo dos dois indivíduos. Até agora, só se conseguiu recuperar 1,34 por cento do DNA de um deles e 0,53 por cento do outro. No entanto, é já possível tirar algumas conclusões interessantes. Entre elas é que as atuais populações ibéricas não procedem geneticamente desses grupos mesolíticos.
“Faz sentido se pensarmos que durante o Mesolítico a Europa era composta por uma grande população estável”, explica Carles Lalueza-Fox, citado pelo jornal espanhol El Mundo. “Quando chega o Neolítico as mudanças acontecem primeiro no sul da Europa, incluindo a Península Ibérica, e demoram mais tempo a chegar ao norte da Europa. Estes indivíduos têm, assim, mais semelhanças com as populações do norte da Europa”, defende.
Interessa estudar “como se modificaram os genomas europeus com o advento do Neolítico. Por exemplo, a convivência com animais pode ter alterado genes relacionados com determinadas doenças infecciosas transmitidas por eles. Também podem ter acontecido modificações nos genes cognitivos”.
Para investigar isso é necessário dispor de material genético nuclear. Apesar da equipe já dispõe de DNA mitocondrial completo, em 1 por cento do genoma decifrado até agora há informação muito mais útil para a análise comparativa do que em todo o mitocondrial.
Em 1,34 por cento do genoma encontramos 50 mil variantes genéticas de um só nucleótido (uma só letra do código genético), o que permitiu saber que estes indivíduos não estão relacionados com as populações actuais do sul da Europa.
A equipe vai continuar a tentar obter o genoma completo dos dois indivíduos. A dificuldade é grande devido à deterioração do material genético, mas como o sítio onde os restos foram encontrados é bastante frio e tem características que permitiram uma conservação aceitável, os cientistas acreditam que vão conseguir.
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