quarta-feira, 31 de outubro de 2012

CIENTISTAS CRIAM EXAME BARATO PARA DETECTAR CÂNCER E AIDS


                                                          Divulgação Ministério da Saúde
Pesquisadores britânicos desenvolveram um novo exame mais barato que pode detectar diferentes vírus e também alguns tipos de câncer. O exame ainda é um protótipo e revela a presença de uma doença ou de um vírus – mesmo em pequena quantidade no corpo – usando um sistema de cores. Um químico desenvolvido pelos cientistas muda de cor quando entra em contato com o sangue do paciente.
Se um determinado componente da doença ou vírus estiver presente, o reagente químico fica azul. Caso não haja doença ou vírus, o líquido fica vermelho. A pesquisa do Imperial College de Londres foi divulgada na revista especializada Nature Nanotechnology.
HIV e câncer de próstata – Molly Stevens, do Imperial College, disse à BBC que o novo método “deve ser usado quando a presença de uma molécula-alvo em uma concentração ultrabaixa possa melhorar o diagnóstico da doença”.
“Por exemplo, é importante detectar algumas moléculas em concentrações ultrabaixas para verificar a reincidência de câncer depois da retirada de um tumor.”
“Também pode ajudar no diagnóstico de pacientes infectados com o vírus HIV cujas cargas virais são baixas demais para serem detectadas com os métodos atuais”, acrescentou.
Os primeiros testes do novo exame mostraram a presença dos marcadores para HIV e câncer de próstata. No entanto, serão necessários testes mais amplos antes que o novo exame possa ser usado.
Os pesquisadores do Imperial College de Londres esperam que o novo exame custe dez vezes menos que os exames já disponíveis e, segundo eles, isto será importante em países onde as únicas opções de exames para HIV e câncer são muito caras.
“Este exame pode ser significativamente mais barato (…) o que pode abrir caminho para um uso maior de exames de HIV em regiões mais pobres do mundo”, afirmou Roberto de la Rica, pesquisador que participou o desenvolvimento do novo exame. 

ESTUDO APONTA SEMELHANÇAS ENTRE O CÉREBRO DE TUBARÕES E O HUMANO


 
Um estudo australiano mostrou que o cérebro dos tubarões apresenta semelhanças com o dos seres humanos. Com este conhecimento, os cientistas acreditam que seja possível conceber novos métodos para repeli-los e, assim, proteger os banhistas.
Os tubarões brancos, que podem chegar a medir seis metros, são responsáveis pela maioria dos ataques mortais na Austrália. Cinco pessoas morreram em ataques de tubarões na Costa Oeste australiana nos últimos 12 meses.
Atualmente, os repelentes mais utilizados são ondas eletromagnéticas que se dirigem aos captores sensoriais que existem no focinho do tubarão. De um modo geral, a técnica é eficaz, mas não funciona em todas as situações.
De acordo com a equipe de Kara Yopak, pesquisadora da Universidade da Austrália Ocidental, o cérebro dos tubarões é mais complexo do que se pensava.
A semelhança com o cérebro humano indica também que o peixe tem boa percepção visual, e que esse tipo de estratégia deveria ser incluído na proteção aos banhistas.
“Os grandes tubarões brancos possuem um cérebro que, em grande parte, está associado à percepção visual, o que significa que eles seriam muito mais suscetíveis aos meios repelentes visuais que outras espécies”, explicou Yopak.
Os resultados do estudo foram publicados em uma edição especial da revista científica “Brain, Behaviour and Evolution”. 

ECONOMIA DA NATUREZA MOSTRA QUE PROTEGER O AMBIENTE COMPENSA


 
Calcular o valor financeiro dos ecossistemas tem se tornado um fator cada vez mais importante para a política ambiental. Economistas propõem incluir os custos dos danos ambientais nas decisões das empresas.
Quanto vale uma floresta? Qual é a receita gerada pela produção de uma única abelha? E quanto custa o serviço prestado pelos manguezais ao protegerem a costa e a vida marinha? Até agora, questões como essas desempenhavam papel secundário na política ambiental, porque os serviços da natureza são difíceis de mensurar economicamente. Porém, desde que o Programa Ambiental das Nações Unidas realizou um estudo para estimar o valor da diversidade ecológica do planeta, em 2007, a perspectiva financeira da natureza ganhou mais força.
O rendimento econômico das florestas é imenso. De acordo com o estudo Economia dos Ecossistemas e Biodiversidade (TEEB, na sigla em inglês), o mundo perde por ano de US$ 2 trilhões a US$ 5 trilhões devido à destruição das florestas. Conservá-las, entretanto, custaria apenas US$ 45 bilhões.
Quanto menor o ecossistema, mais preciso o estudo. De acordo com o Centro Helmholtz de Pesquisa Ambiental (UFZ), em Leipzig, um hectare de floresta urbana na cidade de Freiburgo vale cerca de 13 mil euros ao longo de 100 anos. As árvores agem como um filtro de ar e água, e além de armazenar gás carbônico, a floresta fornece madeira, emprego para silvicultores e serviços de lazer gratuitos para os cidadãos, que praticam esportes ali e não precisam gastar dinheiro em outro lugar.
Tais considerações são incluídas nos estudos e levam a conclusões importantes: por exemplo, que a biodiversidade aumenta a eficiência de um ecossistema. Estuários e manguezais são tipos de vegetação com valor especial, pois oferecem proteção contra enchentes e possibilitam a pesca. Um exemplo: proteger 12 mil hectares de manguezais no Vietnã custa US$ 1,1 bilhão por ano. Se fossem construídos diques para proteção artificial contra enchentes, só a manutenção custaria US$ 7,3 bilhões por ano.
O problema é que o investimento na construção de diques é incluído no Produto Interno Bruto (PIB) do país, já a contribuição econômica dos manguezais não aparece em lugar nenhum. Pelo contrário: sua destruição gera, à primeira vista, crescimento no PIB – cálculo que é criticado pelos pesquisadores de economia ambiental.
Uma nova mentalidade – Os economistas ecológicos estão interessados em promover a ideia de indicadores ambientais de crescimento. O economista americano Robert Costanza propõe que as empresas paguem um fundo de precaução quando investirem em empreendimentos de alto risco e recebam o dinheiro de volta apenas se o projeto de fato causar pouco ou nenhum dano ambiental.
A companhia petrolífera British Petroleum, por exemplo, teria que depositar mais de 25% do seu capital antes de começar a perfurar o Golfo do México na busca por petróleo, destaca Constanza. “Se houvesse a regra, a empresa decidiria não furar, ou teria que procurar maneiras de reduzir o risco e aumentar seu investimento em tecnologia de segurança.” O derramamento de petróleo nos Estados Unidos em 2010 é um exemplo de quanto a compensação ambiental preventiva pode valer a pena.
Estudos como o TEEB promovem o aumento da conscientização em relação aos custos ambientais. A economia da natureza é baseada numa proporção de 1:100. Significa que para cada euro investido em proteção ambiental, a natureza paga em retorno uma média de 100 euros em serviços, valor que vinha sendo ignorado por muito tempo. 

sábado, 27 de outubro de 2012

BRASILEIRO CRIA VACINA EXPERIMENTAL MAIS EFICAZ CONTRA AIDS


 
Uma vacina com a combinação de cinco anticorpos, testada em ratos e fruto do trabalho do imunologista brasileiro Michel Nussenzweig, conseguiu manter os níveis do vírus da aids (HIV-1) abaixo dos detectáveis durante mais tempo que os tratamentos atuais, informou nesta quarta-feira a revista Nature.
Este tratamento experimental, composto por cinco potentes anticorpos monoclonais (idênticos entre si porque são produzidos pelo mesmo tipo de célula do sistema imunológico), foi desenvolvido pela equipe do cientista brasileiro e membro da Academia Americana de Ciências na Universidade Rockefeller em Nova York.
O cientista administrou os anticorpos em ratos “humanizados”, que dispõem de um sistema imunológico idêntico ao humano, permitindo que sejam infectados com o vírus HIV. Estima-se que esta é uma fórmula que poderia evitar a infecção de novas células.
Nussenzweig observou que, desde que foi iniciado o tratamento, a carga viral tinha caído para níveis abaixo dos detectáveis, e assim se mantiveram por até 60 dias após o término do tratamento.
Em seguida, o cientista comparou os resultados com os obtidos ao tratar ratos com uma combinação de três anticorpos monoclonais e, também, com um tratamento baseado em um único anticorpo.
Ao tratar os roedores com uma vacina com três anticorpos, o HIV se manteve em níveis baixos até 40 dias após o fim do tratamento, enquanto a monoterapia só permitiu que o vírus não fosse detectado durante o tempo em que o rato estava recebendo o tratamento (cerca de duas semanas).
“O experimento demonstrou que combinações distintas de anticorpos monoclonais são eficazes na hora de suprimir a replicação do HIV em ratos ‘humanizados’, por isso podem prevenir a infecção e servir para o desenvolvimento de novos tratamentos”, defendeu o especialista em seu artigo.
Na atualidade, o tratamento anti-retroviral em humanos consiste em combinar pelo menos três drogas antivirais para minimizar o surgimento de vírus mutantes resistentes aos remédios.
No entanto, o HIV se armazena em uma espécie de “depósito” ou reservatório viral, o que faz com que a carga viral do paciente se eleve quando o tratamento farmacológico é interrompido, e o vírus volta a aparecer depois de 21 dias.
Apesar dos resultados promissores de Nussenzweig, ainda serão necessários testes clínicos que permitam avaliar a eficácia do tratamento em humanos e medir os efeitos sobre a infecção em longo prazo.

BACTÉRIA CEM VEZES MAIS FINA QUE FIO DE CABELO CONDUZ ENERGIA, DIZ ESTUDO

 
Cientistas da Universidade Aarhus, na Dinamarca, publicaram nesta quarta-feira (24) estudo na revista “Nature” que descreve uma nova bactéria encontrada no fundo do mar que funciona como um transmissor natural de correntes elétricas.
O organismo Desulfobulbus, denominado bactéria-cabo, transmite essa corrente de elétrons de uma ponta a outra, tendo uma célula alimentadora em uma extremidade e uma célula de respiro do outro lado.
De acordo com a investigação, cada bactéria mede cerca de um centímetro de comprimento e é cem vezes mais fino do que um fio de cabelo.
Sua estrutura se parece muito com a de um cabo de eletricidade, do mesmo tipo que vemos nas ruas ou que ligam os eletrodomésticos às tomadas.
Esses organismos podem ser vistos apenas com a ajuda de microscópios e foram encontradas pela primeira vez há três anos.
Auxílio à indústria de eletrônicos – Os cientistas vão analisar os novos elementos para entender o funcionamento desses organismos, qual o papel deles na história da Terra e como esta evolução biológica pode ajudar na indústria mundial de eletrônicos.
Junto com uma série de parceiros de cooperação internacional, vários cientistas na Universidade de Aarhus já abordar as questões novas e excitantes que surgem. Desde o entendimento de bioeletrônica no nível molecular para o papel das bactérias cabo na história da Terra .

VACINAÇÃO CONTRA A GRIPE VAI INCLUIR DOENTES CRÔNICOS A PARTIR DE 2013


 
A partir da campanha de vacinação de 2013 contra a gripe, o Ministério da Saúde passa a incluir no público-alvo pessoas que têm algumas doenças crônicas não transmissíveis e outras condições que possam favorecer o surgimento de casos graves. O ministério divulgou na quinta-feira (25) uma lista determinando em quais casos a vacina é recomendada. As mães até quatro semanas após o parto também terão a vacinação recomendada.
Em 2012, a recomendação durante a campanha foi para que as pessoas nessas condições se dirigissem aos 48 centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (Cries) existentes no Brasil. Agora, esse grupo vai poder tomar a vacina em qualquer uma das 35 mil salas de vacina do Sistema Único de Saúde (SUS), bastando apresentar um atestado médico. Cerca de 6 milhões de pessoas devem se beneficiar com a descentralização.
O objetivo da campanha de vacinação contra a gripe é proteger os grupos mais vulneráveis, reduzindo os casos graves e óbitos. Seguindo recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil elegeu como grupos prioritários os idosos, as crianças menores de dois anos, as gestantes, os profissionais de saúde, os indígenas, as pessoas privadas de liberdade e, a partir de agora, as mães até quatro semanas após o parto e os portadores de doenças crônicas.
A existência de doenças crônicas ou de algumas condições prévias são fatores de risco quando associadas com a infecção pelo vírus da gripe, situação chamada de comorbidade.
A gripe é diferente do resfriado e de outros quadros respiratórios mais leves. A característica principal da gripe é o aparecimento de febre com temperatura maior que 38 graus Celsius (ºC), sintomas respiratórios (tosse, dor na garganta e outros) e sintomas gerais, como cefaleia, fadiga e dores no corpo.
A grande maioria dos casos de gripe é leve e cura-se espontaneamente. Entretanto, em algumas situações, particularmente nos grupos mais vulneráveis, ela pode evoluir para casos graves, necessitando atenção médica imediata. Uma boa maneira de aumentar a proteção contra a gripe é a adoção de medidas de higiene pessoal, como lavar as mãos várias vezes ao dia e proteger a tosse e o espirro com lenço descartável ou na dobra do cotovelo.

NUVEM DE LIXO ESPACIAL PODE AMEAÇAR ISS



Uma nuvem de lixo espacial formada depois da explosão, este mês, da unidade de aceleração de um foguete Proton-M, pode representar uma ameaça à Estação Espacial Internacional (ISS), informou nesta quinta-feira (25) uma fonte do setor espacial russo, citada pela agência Interfax.
A unidade de aceleração russa explodiu em 16 de outubro passado. O foguete portador Proton-M, lançado em agosto foi incapaz de colocar em órbita dois satélites de telecomunicações por causa da falha técnica.
A nuvem é uma das maiores dos últimos anos e se soma a outros milhares de dejetos que já flutuam na órbita terrestre, um fenômeno que preocupante para os satélites e a Estação Espacial Internacional.
Segundo a Nasa, mais de 21.000 dejetos de mais de 10 centímetros flutuam atualmente no espaço.

SAIBA COMO É FEITA A RECICLAGEM NO BRASIL


 
Em tempos de preocupação ambiental e tratativas políticas para o cuidado ambiental no Brasil, muitas dúvidas surgem de como reciclar, de como separar o lixo e até mesmo sobre a evolução dos projetos no Brasil.

Na última pesquisa feita pelo Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE).

sobre a reciclagem de lixo no Brasil os números foram pouco impactantes, portanto, ainda temos muito que melhorar. Em entrevista, Ricardo Rezende, secretário de Obras, Infraestrutura e Serviços Urbanos (secretaria que é responsável pela coleta seletiva) de Taboão da Serra, tira algumas dúvidas e revela a importância da coleta seletiva.

Como funciona a coleta seletiva de lixo?

"Em Taboão, a Coleta é feita de casa em casa, com total abrangência do território da cidade. Os moradores separam papel, plástico, vidro e metal e os coletores passam e levam até a Cooperativa Zagati, aqui em Taboão mesmo. Os cooperados, que tem o apoio da prefeitura, ainda recolhem os recicláveis em escolas e empresas, que possuem pontos de descarte voluntário."

"Portanto, a coleta em geral é isso, separar o que pode ser reaproveitado, evitando um gasto com o lixo e gerando uma preocupação com o meio ambiente."

Depois disso, o reciclável passa pela cooperativa e depois é vendido (no momento certo, para que renda mais) para empresas que reutilizam o material para a confecção de novos produtos.

Como separar e quais itens podem ser melhores aproveitados na reciclagem?

"No sistema de coleta seletiva, os materiais recicláveis que melhor podem ser aproveitados são: papéis, plásticos, metais e vidros. Os materiais devem ser limpos, evitando a contaminação, ou seja, dar aquela lavada na caixinha de leite, não molhar o papel, tirar a gordura do plástico e assim por diante."

Outros tipos de lixo e seus descartes:

"A CooperZagati é especializada nos matérias de reciclagem mais comuns (papel, vidro, metal e plástico) mas, pilhas, baterias comuns e de celulares também devem ser separados, pois quando descartadas no meio ambiente provocam contaminação do solo."

Embora não possam ser reutilizados, estes materiais ganham um destino apropriado para não gerarem a poluição do meio ambiente. Algumas lojas possuem pontos de coleta de baterias etc.

Medicamentos não devem ser descartados junto com o lixo orgânico, pois possuem substâncias químicas que podem contaminar o solo e a água. Algumas redes de farmácias possuem pontos de coleta de medicamentos que não são mais usados.

Lâmpadas fluorescentes também necessitam de descarte especial. Em seu interior, uma lâmpada deste tipo possui vapor de mercúrio, gás tóxico, que contamina o ar quando quebrada. Algumas lojas de materiais elétricos e de construção possuem pontos de coletas destes materiais.

Os lixos hospitalares também merecem um tratamento diferenciado, pois costumam estar infectados com grande quantidade de vírus e bactérias. Desta forma, são retirados dos hospitais de forma específica (com procedimentos seguros) e levados para a incineração em locais apropiados.

Como descartar lixo eletrônico e quais os riscos ele oferece ao meio ambiente?

Segundo o Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma), por ano, o Brasil abandona 96,8 mil toneladas de computadores. O volume só é inferior ao da China, com 300 mil toneladas. Mas, per capita, o Brasil é o líder. Por ano, cada brasileiro joga fora o equivalente a 0,5 quilos desse lixo eletrônico. Na China, com uma população bem maior, a taxa per capita é de 0,23 quilos, contra 0,1 quilos na Índia.

O número preocupa, pois os componentes de um computador, por exemplo, utilizam de metais pesados que quando manuseados de forma incorreta podem liberar gases tóxicos, além de contaminar o ar, podem também contaminar o solo se entrarem em contato com ele. Segundo a CEMPRE o setor eletroeletrônico é responsável por 2 a 4% do impacto ambiental do planeta.

Há alguns passos que podem ser utilizados para evitar o descarte dos eletrônicos, tanto computadores, como TVs, rádios, etc. O primeiro deles é tentar prolongar a vida útil de um eletrônico, isso pode ser feito através de doações. Existem várias ONGs que aceitam doação de computadores para programas sociais.

Outro meio para reduzir esse lixo eletrônico é descartar da maneira correta, em pontos que recolhem especificamente este tipo de lixo. O site E-lixo aponta através do CEP o local mais próximo para o descarte, mas, infelizmente, o sistema só funciona em São Paulo.

Quais a cidades brasileiras com o melhor índice de reciclagem?

Segundo o Ciclosoft 2010, outros sete municípios brasileiros tem cobertura total do sistema de coleta seletiva: Curitiba (PR), Itabira (MG), Londrina (PR), Santo André (SP), Santos (SP), Diadema (SP) e Goiânia (GO)

Reciclagem no Brasil

Apesar da importância que tem para o processo de reciclagem, a coleta seletiva só existe em 766 cidades brasileiras (14% do total), segundo uma pesquisa feita pela associação CEMPRE. O estudo revelou ainda que cerca de 27 milhões de brasileiros têm acesso a programas municipais de coleta seletiva.

Países que mais reciclam.

Os EUA é o país que mais recicla, chegando a quase 50% dos resíduos, na Europa Ocidental e em países desenvolvidos é esta a média também, enquanto no Brasil, das 170 mil toneladas produzidas diariamente, apenas 11% são reaproveitadas. Mas, números que devem ser exaltados é que, nós somos o país que mais recicla latas de alumínio e garrafas PET.

O secretário ainda deixa claro que o papel principal da reciclagem é "conscientizar para a preservação do meio ambiente, não só a da Amazônia, mas também a de onde vivemos, de como o lixo que produzimos atinge o próximo, por fim, se podermos reaproveitar, é melhor fazermos, para diminuir gastos e gerar um futuro melhor". 

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

CASOS DE TÉTANO NO PAÍS CAEM 43% ENTRE 2001 E 2011, DIZ MINISTÉRIO


 
Levantamento divulgado nesta sexta-feira (19) pelo Ministério da Saúde aponta que entre 2001 e 2011 o número de casos de tétano no Brasil caiu 43% devido ao maior alcance das campanhas de vacinação e imunização de risco.
Em 2001, a quantidade de casos registrada foi era 578. Já em 2011 o número foi para 327. Ainda de acordo com o ministério, a partir de 2007 a média anual de pessoas infectadas ficou em 340, com 30% de óbitos.
Quanto ao tétano neonatal, que ocorre em recém-nascidos devido à falta de higiene com o cordão umbilical, a quantidade de óbitos caiu 85% durante o período avaliado, segundo a pasta.
Estudo do ministério aponta ainda que a queda no número de casos de tétano no país é atribuída à vacinação de rotina e ao reforço na imunização dos chamados grupos de risco, como agricultores e trabalhadores da construção civil e da indústria, grupo com maior risco de se ferir com objetos de metal.
O que é ?
O tétano é uma doença infecciosa aguda não contagiosa, causada pela bactéria Clostridium tetani, presente em material enferrujado, fezes, na terra, em galhos e arbustos, além de água contaminada, poeira da rua ou na pele.
A doença é transmitida por ferimento e seus sintomas são espasmos e contratura muscular, rigidez de nuca e coluna, dificuldade em abrir a boca, dores pelo corpo e febre baixa ou inexistente. Nos recém-nascidos, deixar de mamar, chorar muito e febre baixa são os primeiros sinais de uma possível contaminação. 

USP PESQUISA MOLÉCULA CAPAZ DE REVERTER A MORTE DE CÉLULAS CEREBRAIS


 
A ação da molécula bradicinina – liberada pelo organismo humano em resposta a vários tipos de estímulos – vem sendo estudada por pesquisadores do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) para descobrir novas abordagens para o mal de Parkinson e o derrame cerebral isquêmico. O uso da substância foi capaz de reverter a morte de células cerebrais.
O grupo de cientistas coordenado pelo professor Alexander Henning Ulrich, em colaboração com pesquisadores de Porto Rico, investiga a aplicação da bradicinina no resgate de células da morte programada, chamada de apoptose.

A lesão primária e a morte celular são processos ocasionados pela ausência de oxigênio nas células. Isso ocorre com o entupimento – tecnicamente chamado de oclusão – de um vaso do cérebro, o que gera o derrame cerebral isquêmico.
O cientista explica que, em casos como esses, a bradicinina é capaz de reverter a morte dos neurônios induzida pela excessiva ativação de receptores de glutamato. A bradicinina está presente no plasma e é produzida por quase todos os tecidos do organismo humano, tendo ação anti-hipertensiva e controladora da pressão sanguínea.

De acordo com Henning, quando os neurônios morrem, liberam substâncias tóxicas que atingem as células vizinhas. Devido às grandes concentrações dessas substâncias, como por exemplo de glutamato, os receptores das células vizinhas são ativados de uma forma não controlada. “Como resultado, concentrações muito altas de cálcio são atingidas dentro da célula. Esse cálcio induz um programa de morte celular nessas células e, assim, aumenta o foco da lesão”.
Segundo Henning, o estudo está em fase experimental e os resultados foram obtidos por meio de ensaios in vitro. “Ainda não fizemos testes em animais. Esse será o próximo passo, para mostrar se a bradicinina tem efeito protetor também no animal”.

O desafio dos pesquisadores, agora, é verificar se substâncias com ações parecidas à bradicinina também protegem neurônios contra a apoptose. Isso é importante porque os efeitos colaterais dos subprodutos resultantes da degradação da bradicinina são muito danosos, indo desde a indução de inflamação até anulação do próprio efeito promovido pela substância.
Além dos estudos feitos em modelos in vitro para o tratamento da isquemia, a bradicinina foi testada em animais contra o mal de Parkinson. O trabalho tem sido feito em parceira com a professora Telma Tiemi Schwindt, do Instituto de Ciências Biomédicas da USP. Após sete dias da indução do Parkinson em ratos, por meio de injeção de uma substância tóxica que mata os neurônios e mimetiza a doença, os cientistas injetaram a bradicinina. Segundo Ulrich, depois de 56 dias, houve reversão dos problemas motores na maioria dos roedores.

Todas as descobertas promovidas pela pesquisa podem, no futuro, levar ao desenvolvimento de novos medicamentos para o tratamento do derrame cerebral e de doenças neurodegenerativas. No entanto, não há previsão de quando isso pode ocorrer. “Vamos primeiro conhecer melhor a função da bradicinina em doenças neurodegenerativas, como o Parkinson”, disse o pesquisador.

domingo, 21 de outubro de 2012

OS EFEITOS DO HORÁRIO DE VERÃO NO SEU CORPO


 
                          Veja as mudanças que seu corpo pede para manter sono e apetite sem alteração .
O ritmo do horário de verão pode até demorar um pouco para ser sentido na sua rotina - dias mais longos acabam sendo mais produtivos, porque o sol brilhando anima você a ficar mais tempo na rua com os amigos ou fazendo um esporte, por exemplo. Mas o impacto de adiantar o relógio em uma hora é sentido imediatamente pelo seu corpo, que não sente fome ou sono nos horários que deveria.

"Nos primeiros dias, há dificuldade para acordar mais cedo, falta sono para dormir à noite e o apetite também sofre alterações", afirma a endocrinologista Cristina Formiga, do Hospital Samaritano de São Paulo. A privação de sono pode atrapalhar a síntese dos hormônios de crescimento e do cortisol, já que ambos são produzidos durante o sono. O efeito? Despertar cansado, ter dificuldade de raciocínio e um grau incomum de ansiedade, interferindo na realização de tarefas do cotidiano, levando a problemas como déficit de atenção, acidentes de trânsito, discussões no trabalho, indisposição física, irritabilidade e sonolência.

No geral, o corpo consegue se adaptar ao novo horário entre três e sete dias após a troca. Entretanto, algumas pessoas sofrem o efeito rebote com muita intensidade, precisando adotar algumas mudanças na rotina. Faça o teste e aprenda a condicionar seu organismo:

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

QUEIJO BRANCO É UM DOS LÍDERES DE CONCENTRAÇÃO DE SÓDIO, APONTA ANVISA


Um estudo divulgado nesta terça-feira (16) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) revela que o brasileiro está consumindo muito mais sódio que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 2 gramas por dia.
No topo do ranking, aparecem “vilões” aparentemente inocentes, como o queijo minas frescal, com uma concentração média de 505 mg de sódio por porção de 100 gramas – um quarto do total indicado.
A pesquisa foi feita em 14 estados, mais o Distrito Federal, com base em quase 500 amostras de 26 categorias de alimentos coletados entre 2010 e 2011.
Queijo parmesão, mortadela, macarrão instantâneo e biscoito de polvilho também estão no alto da lista. Um pacote de biscoito de polvilho de 100 g, por exemplo, tem em média mais da metade (1,09 g) de toda a quantidade de sódio que uma pessoa deve ingerir em um dia inteiro.
Outro produto destacado pela agência como perigoso se consumido em excesso é o hambúrguer bovino, com uma média de 701 mg de sódio em 100 g.
A alta concentração de sódio no organismo é um fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares – como infarto e derrame cerebral –, hipertensão, obesidade, diabetes, problemas renais e tumores. O sódio representa cerca de 40% da composição do sal, ou seja, 2 g de sódio indicados por dia equivalem a 5 g de sal.
Segundo dados da OMS, em 2001, 60% das 56,5 milhões de mortes notificadas no mundo foram resultado de doenças crônicas não transmissíveis, como as citadas acima. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população do país consome, em média, 12 gramas de sal por dia.
Variação de sódio – A Anvisa também observou se as diferentes marcas dos produtos apresentavam uma variação significativa no teor de sódio. Nesse ponto, os queijos minas frescal, parmesão, ricota e pão de queijo lideraram a lista.
No caso do queijo branco, a quantidade de sódio chegou a variar 14,4 vezes de uma marca para a outra. No parmesão, foram 13,7 vezes; na ricota, 10,5; e no pão de queijo, quase 8.
Por isso, a agência reforça a importância de o consumidor verificar sempre o rótulo com as informações nutricionais dos alimentos antes de comprá-los. Também é importante fazer uma comparação entre as marcas disponíveis, para escolher a mais saudável.
Além disso, a Anvisa recomenda que as pessoas experimentem o que vão comer antes de pôr mais sal. Outras dicas são diminuir gradativamente a quantidade adicionada ao alimento, para acostumar o paladar, consumir mais comidas frescas e trocar o sal por temperos naturais, como alho, cebola, salsinha, limão e azeite.
Metas de redução – Em agosto, o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia) assinaram um acordo para reduzir o sódio nos alimentos industrializados no país. Temperos, caldos, cereais matinais e margarinas devem ser alterados aos poucos, até chegar à meta estabelecida em 2015. Em abril do ano passado, foi assinado outro acordo, que incluiu itens como o macarrão instantâneo.
Esse foi um dos produtos analisados pela Anvisa desta vez, e a concentração média encontrada foi de 1,79 g para cada 100 g. O valor está dentro do pactuado, que prevê um valor máximo de 1,92 g por 100 g – incluindo o sódio do macarrão e do pacotinho de tempero.
Apesar disso, a agência também encontrou problemas: uma amostra avaliada tinha 2,16 g de sódio em 100 g, quantidade superior ao que ficou acertado no ano passado.

HORÁRIO DE VERÃO GARANTE FOLGA NO CONSUMO DE ENERGIA PARA O PAÍS, DIZ ESPECIALISTA


 
O horário de verão representará uma folga a mais para a demanda energia elétrica do país, que embora não esteja no limite da oferta, por causa da crise econômica mundial, continua intensa. A avaliação é do pesquisador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rubens Rosental.
O horário de verão começa à meia-noite de domingo (21) e representará uma economia de até 5% no consumo durante o horário de pico (das 18h às 21h), segundo o governo federal.

Para o especialista, mesmo que haja equilíbrio entre oferta e demanda, a acensão social dos brasileiros nos últimos anos representou um grande aumento na aquisição de bens de consumo, principalmente aparelhos elétricos. “É uma margem de segurança importante, ainda que represente um impacto pequeno, para reduzir a pressão sobre o pico de consumo.”
Rosental defende que o governo continue investindo no setor principalmente na construção de usinas e na ampliação das linhas de transmissão. “No médio prazo, com a volta do crescimento da economia, a demanda por energia também vai aumentar. Isso justifica a manutenção de investimentos nos grandes projetos de geração, de usinas como Belo Monte, e também em novas linhas de transmissão.” 

PEDAÇOS BRILHANTES EM MARTE DEVEM SER ANALISADOS EM UM MÊS, DIZ NASA


Cientistas da agência espacial americana (Nasa) responsáveis pela missão do robô Curiosity em Marte divulgaram nesta quinta-feira (18) que deverão saber, em no máximo um mês, qual é a composição química de pequenos pedaços de material brilhante encontrados no solo do planeta vermelho.
Segundo o gerente do projeto Mars Science Laboratory, Richard Cook, e o cientista da missão John Grotzinger, que falaram com jornalistas por teleconferência direto do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), em Pasadena, na Califórnia, o veículo recolheu a terceira amostra da superfície, que agora será avaliada em detalhes por um instrumento chamado Chemin, que funciona como um laboratório de análises químicas dentro do Curiosity.

Outros pequenos pedaços de material brilhante chegaram a ser avaliados, na semana passada, como partes do robô. Por isso, a segunda amostra que o veículo coletou foi descartada, já que os cientistas achavam que poderia ser analisado o próprio material do Curiosity – que nesta quinta foi descrito como estando em “boa saúde e sem problemas”.
Agora, porém, a equipe suspeita que esse material brilhante no chão possa ser mesmo natural de Marte. Isso porque algumas partículas parecem “embutidas” em pedaços de terra.

Cook e Grotzinger disseram que o brilho pode ser resultante de reações minerais e devem levar esse um mês de análise para não cometer erros. Assim que possível, de acordo com eles, o Chemin estará pronto para trabalhar.
Até agora, foram encontrados apenas minerais como silicatos em Marte, mas a nova avaliação poderá dizer se o brilho vem de outros compostos, como óxidos e sulfatos.

Segundo os cientistas responsáveis pela missão, que após a explicação responderam a perguntas da imprensa e das redes sociais, o laboratório do Curiosity é capaz de obter informações sobre a composição até de algo milimétrico, tão pequeno quanto a cabeça de um prego.
Em breve, o jipe deve se dirigir a outra região para recolher mais amostras do solo. Atualmente, ele está em um local chamado Glenelg, onde três tipos diferentes de rochas se cruzam. O lugar foi batizado por geólogos da Nasa com base em uma formação rochosa situada no norte do Canadá. 

terça-feira, 16 de outubro de 2012

ACABE COM O RESSECAMENTO DOS LÁBIOS


 
Mais da metade dos americanos sofrem de boca seca (xerostomia) devido ao uso de alguns medicamentos, doenças autoimunes, a terapias de tratamento do câncer e ao envelhecimento natural. A boca seca ocorre devido à falta de fluxo salivar normal. A boca seca pode afetar pessoas de qualquer idade e deve ser monitorada para não causar efeitos mais sérios na cavidade oral.

Qual a causa?

A boca seca pode ocorrer como resultado do uso de medicamentos vendidos com receita médica como anti-histamínicos, anticonvulsivantes, antidepressivos, drogas cardiovasculares, antieméticos, antipsicóticos, sedativos e descongestionantes, entre outros. O uso prolongado de medicamentos de venda livre também pode causar boca seca. As pessoas que se submetem a cirurgia, radioterapia e quimioterapia podem sentir a boca seca. A terapia de radiação, quando aplicada na região da cabeça e pescoço, tem efeitos mais significativos relacionados com a boca seca, em comparação com cirurgia e quimioterapia. Após terapia de radiação aplicada na região da cabeça e do pescoço, as glândulas salivares irradiadas produzem pouca ou nenhuma secreção salivar e a boca seca pode tornar-se um grande desconforto para os pacientes com câncer oral e da faringe.
Outros exemplos de pessoas susceptíveis à xerosotomia são aquelas que sofrem de doenças auto-imunes como a síndrome de Sjögren, caracterizada por olhos secos, boca seca e doenças do tecido conjuntivo (artrite reumatóide, lúpus eritematoso sistêmico, esclerose sistêmica, polimiosite ou doença mista do tecido conectivo). As pessoas que têm diabetes tipo I, esclerose múltipla, esclerodermia, psoríase e doença inflamatória intestinal, fibrose cística também podem apresentar a boca seca.
A boca seca pode também decorrer de deficiências nutricionais, como a falta de vitamina A e a riboflavina (vitamina B2).

Sintomas da boca seca

Há vários sintomas presentes na ocorrência da boca seca:

* Secura na boca e na garganta
* Saliva mais viscosa
* Aumento de infecções bucais e da faringe.
* Crescimento da placa bacteriana
* Mau hálito
* Úlceras na boca
* Alteração do paladar
* Aparecimento ou evolução da doença cárie
* Desenvolvimento de doença gengival e/ou periodontal
* Dificuldade na fala e deglutição

Tratamento da boca seca

Se a sua boca seca for causada por remédios vendidos sob receita, seu médico pode reavaliar o tipo de medicamento que você está tomando e eliminar ou ajustar a dosagem daqueles que causam o problema. Os sprays de saliva artificial podem ser usados para ajudar a umedecer a boca e aumentar o fluxo de saliva. Seu médico também pode prescrever pilocarpina, um medicamento que ajuda a estimular a produção de saliva. Você também pode decidir simplesmente beber mais água para matar a sede decorrente da boca seca. Antissépticos orais na forma de enxaguatórios também são indicados como anti-microbianos para controlar a placa bacteriana ou auxiliar no tratamento de infecções bucais.
Entre os recursos que podem ser utilizados em casa para combater a boca seca estão a escovação dos dentes pelo menos duas vezes ao dia com um creme dental com flúor, o uso diário de fio dental, a ingestão de água ou líquidos não açucarados nas refeições e o uso de balas ou gomas de mascar sem açúcar para estimular o fluxo salivar. Procure não respirar pela boca, pois isso aumenta o efeito da boca seca.
Consulte o seu médico e dentista se estiver sofrendo desse problema e monitore os medicamentos que você toma e o que você come ou bebe.

CÉLULAS RARAS PODEM SERVIR PARA TRATAR ESCLEROSE MÚLTIPLA, DIZ ESTUDO


 
Pesquisadores do Centro Médico da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, descobriram que um raro tipo de linfócito (célula do sistema imunológico) pode ajudar no tratamento de doenças autoimunes graves, como esclerose múltipla e atrite reumatoide.
O estudo, publicado na revista “Nature” deste domingo (14), aponta que as células foram reproduzidas em laboratório e inseridas novamente em organismos de ratos doentes, com resultados positivos.

As células estudadas, um subgrupo dos linfócitos chamados de B10, são encontradas em pequena concentração nos organismos. Elas são, no entanto, importantes para controlar inflamações e o processo autoimune, de acordo com a pesquisa.
As células B10 produzem uma proteína, a chamada IL-10, que ajuda a controlar a resposta do sistema imunológico durante infecções, reduzindo danos causados deliberadamente a tecidos do corpo, segundo a pesquisa.

Tratamento – Ratos com sintomas de esclerose múltipla receberam linfócitos B10 em seu organismo. Após algum tempo, os efeitos da doença foram reduzidos de forma substancial, quase eliminando o distúrbio, de acordo com o estudo.
“Células B regulatórias são uma nova descoberta que ainda estamos começando a entender”, afirma o autor da pesquisa, o professor de imunologia Thomas Tedder, à revista “Nature”. Para ele, as células B10 são importantes porque garantem que a resposta do sistema imunológico não saia do controle, resultando em destruição de tecidos e outros efeitos de doenças autoimunes.

“Este estudo mostra pela primeira vez que há um processo que determina quando e como estas células produzem IL-10, afirma Tedder. A descoberta é que a célula B10 responde a tipos específicos de antígenos quando isso ocorre, estes linfócitos e suas proteínas agem para desativar outros tipos de células do sistema imunológico que poderiam causar destruição de tecidos do organismo.
Os cientistas descobriram que, mesmo sendo reproduzidas em laboratório, as células B10 obtidas de ratos mantém sua capacidade de controlar o sistema imunológico. Os próximos passos do estudo incluem entender como funciona a reprodução de linfócitos B10 humanos e determinar se o uso terapêutico das células terá o mesmo efeito que o ocorrido em ratos.