sexta-feira, 20 de abril de 2012

A PELE

A pele (cútis ou tez), em anatomia, é o órgão integrante do sistema tegumentar (junto ao cabelo e pêlos, unhas, glândulas sudoríparas e sebáceas), que tem por principais funções a proteção dos tecidos subjacentes, regulação da temperatura somática, reserva de nutrientes e ainda conter terminações nervosas sensitivas.[1]
A pele é o revestimento externo do corpo, considerado o maior órgão do corpo humano e o mais pesado. Compõe-se da pele propriamente dita e da tela subcutânea
Tipos de pele
•    Pele eudérmica: tem superfície lisa, flexível, lubrificante e umedecida. É aquela onde ocorre um equilíbrio entre o conteúdo hídrico e o conteúdo graxo.
•    Pele graxa: emulsão tipo A/O. Aumento de secreção sebácea.
•    Pele alípica: secreção sebácea insuficiente e secreção hídrica normal.
•    Pele desidratada: caracterizada pela diminuição hídrica normal e secreção sebácea normal.
•    Pele hidratada: aumento de teor hídrico. Hiperidrose.
•    Pele mista: ocorrência de pele graxa na zona central do rosto e pele alípica nas bochechas.
Fisiologia (função)

A pele é um órgão muito mais complexo do que aparenta. A sua função principal é a proteção do organismo das ameaças externas físicas. No entanto, ela tem também funções imunitárias, é o principal órgão da regulação do calor, protegendo contra a desidratação. Tem também funções nervosas, constituindo o sentido do tato e metabólicas, como a produção da vitamina D.
Proteção física
A epiderme secreta proteínas e lípidos (a principal, é a queratina) que protegem contra a invasão por parasitas e a injúria mecânica e o atrito. Contra esta também é fundamental o tecido conjuntivo da derme, no qual os fibrócitos depositam proteínas fibrilares com propriedades de resistência à tracção e elasticidade, como os colagénios e a elastina. A melanina produzida pelos seus melanócitos protege contra a radiação, principalmente UV. Sua quantidade aumentada produz o bronzeamento da pele.
Proteção da desidratação
Uma das funções vitais da pele é a proteção contra a desidratação. Os seres humanos são animais terrestres, e necessitam proteger os seus corpos, compostos principalmente por água, contra a evaporação excessiva e desidratação e o subsequente choque hipovolémico e morte, que seriam inevitáveis num meio seco e quente. É comum vítimas de queimaduras graves entrarem em choque hipovolémico (sangue com pouco volume devido à perda de água) se perderem superfície cutânea extensamente. A pele protege da desidratação por dois mecanismos. As junções celulares como tight junctions e desmossomas dão coesão às células da epiderme e a sua superfície contínua de membrana lipídica impede a saída de água (que não se mistura com lípidos).
Regulação da temperatura corporal
A pele também é o principal órgão da regulação da temperatura corporal através de diversos mecanismos:
1.    Os vasos sanguíneos subcutâneos contraem-se com o frio e dilatam-se com o calor, de modo a minimizar ou maximizar as perdas de calor.
2.    Os folicúlos pilosos têm músculos que produzem a sua erecção com o frio ("pele de galinha"), aprisionando bolhas de ar estático junto à pele que retarda as trocas de calor - um mecanismo mais eficaz nos nossos antepassados mais peludos.
3.    As glândulas sudoríparas secretam líquido aquoso cuja evaporação diminui a temperatura superficial do corpo.
4.    A presença de tecido adiposo (gordura) subcutâneo protege contra o frio uma vez que a gordura é má condutora de calor.
Como órgão imunitário
A pele é um órgão importante do sistema imunitário. Ela alberga diversos tipos de leucócitos. Há linfócitos que regulam a resposta imunitária e desenvolvem respostas específicas; células apresentadoras de antigénio (histiócitos ou células de Langerhans) que recolhem moléculas estranhas (possíveis invasores) que levam para os gânglios linfáticos onde as presentam aos linfócitos CD4+; mastócitos envolvidos em reacções alérgicas e luta contra parasitas.
Funções metabólicas
As funções metabólicas da pele são importantes. É lá que é fabricada, numa reacção dependente da luz solar, a vitamina D, uma vitamina essencial para o metabolismo do cálcio e portanto na formação/manutenção saudável dos ossos.
Como órgão dos sentidos
Finalmente, a pele também é um órgão sensorial, constituindo o sentido do tato. Ela apresenta numerosas terminações nervosas, algumas livres, outras com comunicação com órgãos sensoriais especializados, como células de Merckel, folículos pilosos. A pele tem capacidade de detectar sinais que criam as percepções da temperatura, movimento, pressão e dor. É um órgão importante na função sexual.

CORAÇÃO ARTIFICIAL BRASILEIRO DEVE SER TESTADO EM HUMANOS EM DOIS MESES

O novo modelo de coração artificial desenvolvido no Brasil deve começar a ser testados em seres humanos dentro de dois meses. Cinco pacientes da fila de espera do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em São Paulo, serão os primeiros a receber o equipamento, que estabiliza a função cardiológica do doente e possibilita a sobrevida até o transplante do órgão.
O aparelho é indicado para pacientes que não respondem mais ao tratamento clínico. As informações são da Agência Brasil.
O desenvolvimento do coração artificial – produzido para ser colocado dentro do paciente, atuando em auxílio ao coração – teve início em 1998 e foi idealizado por Aron José Pazin de Andrade, coordenador do Centro de Engenharia em Assistência Circulatória do Instituto Dante Pazzanese, onde o dispositivo foi construído.
“O aparelho pode ajudar os dois ventrículos e a situação do paciente não piora mais porque ele reestabelece a boa circulação sanguínea e descarrega o trabalho cardíaco. Então o paciente pode suportar o tempo que for necessário dessa forma, não tem limite de tempo”, diz Andrade.
Há pacientes com dispositivos similares colocados há cerca de seis anos.
A partir dos bons resultados obtidos com o uso do aparelho em animais desde 2004, os pesquisadores do projeto pediram autorização para o Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para testá-lo em humanos.
De acordo com Andrade, os testes deverão ser feitos em dez pacientes, durante um período de um a dois meses. O tempo de testes poderá chegar a 20 meses. Os pacientes escolhidos devem pesar entre 45 quilos e 90 quilos.
“O paciente tem de estar em fila de espera do transplante, com o coração dele bem debilitado, não respondendo mais às drogas que são ministradas para consertar a situação. Se não responde mais ao tratamento clínico, então ele é indicado para um transplante.”
O coração artificial, que agrega alta tecnologia e está sendo construído de forma quase artesanal em um laboratório especializado no Dante Pazzanese, deverá custar de R$ 60 mil a R$ 100 mil.
“Aqui no Brasil, o custo do investimento já foi pago com dinheiro público, arrecadação. O que nós vamos cobrar é a despesa de produção do aparelho, e o SUS [Sistema Único de Saúde] consegue, nesses valores bem menores, sustentar a aplicação do aparelho”, destaca Andrade.
No exterior, um aparelho similar custa em torna de US$ 200 mil (R$ 367 mil) e sua aplicação depende do treinamento de uma equipe médica para colocar o aparelho.
No estado de São Paulo, segundo dados da Secretaria de Saúde, 99 pacientes estão na fila de espera de transplante, 32 apenas na cidade de São Paulo.
O aparelho foi desenvolvido com apoio do Hospital do Coração, do Ministério da Saúde, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico .

ESPÉCIE DE ARARA PODE ENTRAR EM EXTINÇÃO NA CAATINGA, DIZ ESTUDO

Um alerta que vem da Caatinga, bioma brasileiro que abrange todos os estados do Nordeste e parte de Minas Gerais: a arara-maracanã-verdadeira (Ara maracana) pode entrar em extinção na região devido ao desmatamento e ao comércio ilegal de animais.
A espécie, que já é classificada como vulnerável na natureza pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), sofre com o avanço da devastação da vegetação e com a caça predatória, que foca principalmente nos filhotes de aves, vendidos em feiras clandestinamente.
Esse é o resultado de um estudo feito entre 2009 e 2011, liderado pelo pesquisador Mauro Pichorim, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A redução da vegetação, principalmente da quantidade de mulungus, árvore típica do bioma, afetaria a reprodução da espécie.
“A reprodução dessas aves é feita dentro do tronco oco do mulungu. Entretanto, essa vegetação tem sido derrubada devido ao aumento da atividade pecuária”, disse o professor da UFRN.
Dados divulgados no ano passado pelo ministério do Meio Ambiente mostram que a Caatinga já perdeu quase 46% de sua vegetação original. Mais de 376 mil km² foram destruídos, de uma área original de 826.411 km².
Distribuição pelo país – De acordo com Pichorim, essa espécie, que pertence à família dos papagaios, era possível ser encontrada em quase todos os estados brasileiros. Mas desde a década de 1970, de acordo com o estudo, não há notícias de exemplares da arara-maracanã-verdadeira no Sul e foi constatada a redução de animais no Sudeste.
Já no Nordeste, restariam aproximadamente 500 indivíduos, sendo que cerca de 50 estariam na região da Serra de Santana (RN). O levantamento foi feito pela equipe da UFRN, com apoio da Fundação Boticário.
Plano de conservação – O trabalho sugere a criação de um plano de conservação que contaria com ações de fiscalização na região para combater o comércio ilegal e o desmate nas áreas consideradas importantes para a espécie.
“A proposta inicial abrangeria a região da Serra de Santana. Queremos focar nesta área e depois expandir para o restante do bioma”, disse o professor.
O projeto do plano, segundo ele, já foi entregue para a superintendência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) do RN e será apresentada também ao ministério do Meio Ambiente.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

NOVA TÉCNICA DE TRATAMENTO CONTRA CÂNCER DE PRÓSTATA OFERECE MENOS EFEITOS COLATERAIS

Segundo estudo, maioria dos homens submetidos à novidade manteve ereção após o tratamento

Uma pesquisa publicada na revista Lancet Oncology aponta uma nova técnica de tratamento contra o câncer de próstata que usa ondas de ultrassom concentradas só nas partes da próstata atingidas por tumores. A vantagem dessa novidade é que causa poucos efeitos colaterais em comparação ao tratamento tradicional.
A análise contou com 42 homens de idade entre 45 e 80 anos, com tumores localizados de grau inicial até agressivo. Todos foram submetidos a ressonâncias magnéticas. Por meio delas, foi possível identificar as regiões do órgão afetadas por tumores. Em seguida, deu-se início ao tratamento com ultrassom de alta frequência, que destrói o tecido doente pelo calor.
Os resultados mostraram que 90% dos homens que tinham ereção antes do tratamento mantiveram a função após os 12 meses de pesquisa, sendo que 14 indivíduos pertencentes a esse grupo precisavam da ajuda de remédios. Além disso, o tratamento não causou incontinência urinária.
Os dados são surpreendentes: 20% dos homens submetidos à radioterapia ou cirurgia de retirada da próstata sofrem disfunção erétil após o tratamento. A técnica padrão ainda causa problemas para conter a urina, que atingem de 30% a 70% dos pacientes.
No Brasil, a versão da máquina de ultrassom com foco de alta intensidade só pode ser encontrada no Hospital A. C. Camargo, em São Paulo. Após a descoberta e testes mais abrangentes, entretanto, deve aumentar a disponibilidade do novo tratamento.
Câncer de próstata: entenda os procedimentos quando a doença é descoberta
Segundo o urologista Ricardo La Roca, membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia, quando é detectado um câncer de próstata, o primeiro esforço é saber se o tumor está localizado, avançado ou metastático. Se está situado internamente, recorre-se à cirurgia, à radioterapia externa ou à braquiterapia, que também é uma forma de radioterapia.
Quando o tumor está avançado ou já existem metástases, o médico pode indicar o uso de hormônio e optar por fazer ou não a cirurgia e a radioterapia, dependendo de uma série de fatores.
A primeira opção de tratamento é a cirurgia, feita através de uma incisão no abdômen, abaixo do umbigo, pela qual a próstata é removida e, com ela, o tumor. O doente permanece no hospital por quatro ou cinco dias. A radioterapia externa é realizada através de múltiplas aplicações, uma por dia, de um feixe concentrado de irradiação que incide sobre a próstata.
É um tratamento prolongado, que se estende por seis ou sete semanas, mas um pouco mais simples do que a cirurgia, já que não envolve internação, nem anestesia. E por fim, o terceiro método é a braquiterapia, que consiste na colocação de agulhas na próstata do doente mantido sob leve anestesia, através das quais são inseridas sementes radioativas dentro da glândula.
A cirurgia é a opção de tratamento mais agressiva, pois é uma intervenção complexa. A radioterapia e a braquiterapia são procedimentos mais simples, embora a próstata permaneça no organismo e possa apresentar uma recidiva do tumor, além de manifestações obstrutivas como a hiperplasia benigna.
No caso do tratamento do câncer de próstata neste estado, a cirurgia pode acarretar impotência sexual por lesão dos feixes neurovasculares que passam ao lado da glândula, bem como incontinência urinária nos três primeiros meses. A opção radioterápica não leva à incontinência urinária, mas em alguns casos, pode causar algum déficit sobre a potência sexual.
No câncer de próstata, só é possível falar em cura, depois de 10 anos sem a doença. Quem sobrevive 5 anos provavelmente está curado, mas é preciso esperar 10 anos para a alta definitiva. Quando o tumor está dentro da próstata, com a cirurgia há cura entre 85% e 90% dos pacientes. Se já saiu da glândula, a eficiência do tratamento cai muito. Com a aplicação de radioterapia e braquiterapia, 70% dos pacientes estão curados, depois de 10 anos. Com o tratamento cirúrgico, a doença pode reaparecer em 10% a 15% dos casos. Quando isto ocorre, o urologista pode lançar mão de medicações antitumorais ou hormonais que controlarão a doença por outro longo período, se ela for diagnosticada a tempo.

PAI VIRGEM : DOAÇÃO DE ESPERMA E TRAIÇÃO

Sexo traz vida, mas também desperta sentimentos destrutivos nas pessoas. Sexo move muita gente e paralisa outros. E por isso é tão simples — e ao mesmo tempo complicado — falar sobre o assunto.
Olha só esse caso: Ed Houben é doador profissional de esperma desde os 29 anos — sim, é a profissão dele e ele é pago por isso. Aos 33 anos, ele já poderia ter tido 25 filhos, de acordo com a quantidade que doou. Até aí, normal, se eu não te contasse que Ed era virgem. Isso mesmo, virgem!
Ele só perdeu a virgindade aos 34 anos, quando já trabalhava como doador de esperma independente e conheceu um casal que queria ter um filho, mas o homem era infértil. O desejo do casal era que o filho fosse "feito" da maneira tradicional. Ed topou.
E é aí que tudo começa a dar um nó na cabeça de quem acompanha a história. Até então o holandês trocava esperma por dinheiro, o que é muito comum em diversas partes do mundo, mas em dado momento Ed começou a trocar não só o esperma, mas também sexo por dinheiro.
O que ele faz não é ilegal na Alemanha ou na Holanda — países de onde vêm os casais com quem ele mais trabalha -, é mais barato do que uma inseminação artificial, mais eficiente e rápido. Além disso, Ed ajuda casais que sonham em ter um filho a realizar esse sonho.
É certo ou errado?
Os casais escolhem o método para conseguir atingir um objetivo de vida: ser pais. O doador profissional disponibiliza o método para atingir um objetivo: ganhar a grana de todo dia com o que tem para oferecer.
O sexo feito para gerar um filho, que não poderia ser gerado entre o casal, é traição? Pode ser visto assim? Como se sente um homem que escolhe esse tipo de começo de gestação?
Como já disse, sexo é um assunto cheio de curvas e reviravoltas. Assim como quando você é pai de uma criança adotada ou de um filho do primeiro casamento da pessoa com quem você resolveu dividir sua vida, você é totalmente pai daquela criança gerada por outro homem.
A biologia, nesses casos, não é tão importante quanto a convivência e o amor. E é aí também que dá pra perceber que os fins justificam os meios, pelo menos nesse caso. Talvez escolher esse serviço seja uma prova de amor, desapego e confiança. Talvez seja só maluquice mesmo.
Não dá pra gente saber o que passaram esses casais tentando ter filhos. Não dá pra saber quando foi que Ed resolveu trabalhar com isso dessa maneira. O que dá pra gente notar é que costumamos julgar as pessoas e suas atitudes sem entender o que passa por traz de tudo isso.

domingo, 15 de abril de 2012

DOENÇAS CAUSADAS POR ÁGUAS CONTAMINADAS


A água de consumo humano é um dos importantes veículos de enfermidades diarréicas de natureza infecciosa, o que torna primordial a avaliação de sua qualidade microbiológica (Isaac-Marquez et al,12 1994).

As doenças de veiculação hídrica são causadas principalmente por microrganismos patogênicos de origem entérica, animal ou humana, transmitidos basicamente pela rota fecal-oral, ou seja, são excretados nas fezes de indivíduos infectados e ingeridos na forma de água ou alimento contaminado por água poluída com fezes (Grabow,11 1996).

O risco de ocorrência de surtos de doenças de veiculação hídrica no meio rural é alto, principalmente em função da possibilidade de contaminação bacteriana de águas que muitas vezes são captadas em poços velhos, inadequadamente vedados e próximos de fontes de contaminação, como fossas e áreas de pastagem ocupadas por animais (Stukel et al,21 1990).

O uso de água subterrânea contaminada, não tratada ou inadequadamente desinfetada foi responsável por 44% dos surtos de doenças de veiculação hídrica nos Estados Unidos, entre 1981 e 1988 (Craun,5 1991).
A água é essencial à manutenção da vida. A proteção de contaminações no fornecimento de água é a primeira linha de defesa (Dahi, 1992). Quase invariavelmente, o melhor método de assegurar água adequada para consumo consiste em formas de proteção, evitando-se contaminações de dejetos animais e humanos, os quais podem conter grande variedade de bactérias, vírus, protozoários e helmintos.

Falhas na proteção e no tratamento efetivo expõem a comunidade a riscos de doenças intestinais e a outras doenças infecciosas (Bromberg, 1995; Heller, 1998).

Os riscos à saúde relacionados com a água podem ser distribuídos em duas categorias principais:

1) riscos relativos à ingestão de água contaminada por agentes biológicos (vírus, bactérias e parasitas), através de contato direto ou por meio de insetos vetores que necessitam da água em seu ciclo biológico;

2) riscos derivados de poluentes químicos e a, em geral, efluentes de esgotos industriais (Charriere et al., 1996; Kramer et al., 1996).

Os principais agentes biológicos descobertos nas águas contaminadas são as bactérias patogênicas, os vírus e os parasitas. As bactérias patogênicas encontradas na água e/ou alimentos constituem uma das principais fontes de morbidade em nosso meio.
São as responsáveis pelos numerosos casos de enterites, diarréias infantis e doenças epidêmicas (como a febre tifóide), com resultados freqüentemente letais.

Os vírus mais comumente encontrados nas águas contaminadas por dejetos humanos, entre outros, são os da poliomielite e da hepatite infecciosa. Dentre os parasitas que podem ser ingeridos através da água destaca-se a Entamoeba histolytica, causadora da amebíase e suas complicações, inclusive para o lado hepático. É encontrada sobretudo em países quentes e em locais onde existem más condições sanitárias. Na Tabela 1 podem ser observadas as principais doenças relacionadas à ingestão de água contaminada e seus agentes causadores (WHO, 1996).
Principais Doenças Relacionadas à Ingestão de Água Contaminada e Seus Agentes Causadores
Doenças                                                Agente causador
Cólera                                                   Vibrio cholerae
Disenteria bacilar                                  Shiggella sp.
Febre tifóide                                          Salmonella typhi
Hepatite infecciosa                                 Vírus da Hepatite do tipo A
Febre paratifóide                                   Salmonella paratyphi A, B e C
Gastroenterite                                       Outros tipos de  Salmonella, Shiggella, Proteus sp.
Diarréia infantil                                      Tipos enteropatogênicos de Escherichia coli
Leptospirose                                         Leptospirose sp.

BIOCOMBUSTÍVEIS: VANTAGENS E DESVANTAGENS



Os biocombustíveis são fontes de energia renováveis, o que significa dizer que permitem a ciclagem da matéria na natureza. São obtidos a partir da cana-de-açúcar, do milho, de oleaginosas, resíduos agropecuários, dentre outras fontes.
Os biocombustíveis, como o biodiesel e o etanol (álcool etílico), têm aparecido com frequência na mídia como alternativas para contenção do aquecimento global. Isso acontece porque os biocombustíveis permitem uma ciclagem do gás carbônico (CO2), apontado como um dos vilões do aquecimento global.
Veja no quadro ao lado o que ocorre quando se usa um biocombustível.
Como se pode ver na figura ao lado, o CO2 eliminado pelo veículo é reutilizado pelas plantas para a produção de mais biomassa, através da fotossíntese.
Parte dessa matéria orgânica produzida é usada para a produção de mais biocombustível, com devolução de CO2 para a atmosfera. Dessa forma, o equilíbrio consumo-liberação de CO2 pode ser estabelecido e a concentração do CO2 pode estabilizar.
Com os combustíveis fósseis (gasolina, óleo diesel, carvão, gás natural) esse equilíbrio não acontece.

Entenda o porquê:
petróleo foi formado há milhões de anos (período Carbonífero), provavelmente de restos de vida aquática animal acumulados no fundo de oceanos primitivos e cobertos por sedimentos. Com ação da alta pressão e temperatura, o material depositado sofreu uma grande quantidade reações químicas, originando massas viscosas, de coloração negra – as jazidas de petróleo. Quando queimado ocorre, então, liberação de CO2  que foi retirado da atmosfera do planeta há milhões de anos. Como não há nenhum mecanismo atual para capturar esse CO2 para produção de mais petróleo (que é considerado um recurso não renovável), o uso desses combustíveis acaba promovendo um aumento na concentração de CO2 na atmosfera. Como curiosidade, para cada 3,8 litros de gasolina queimados, 10 kg de CO2 são liberados para a atmosfera.
1. Vantagens de Uso dos Biocombustíveis
- Possibilita o fechamento do ciclo do carbono (CO2), contribuindo para a estabilização da concentração desse gás na atmosfera (isso contribui para frear o aquecimento global);
- No caso específico do Brasil, há grande área para cultivo de plantas que podem ser usadas para a produção de biocombustíveis;
- Geração de emprego e renda no campo (isso evita o inchaço das cidades);
- Menor investimento financeiro em pesquisas (as pesquisas de prospecção de petróleo são muito dispendiosas);
- O biodiesel substitui bem o óleo diesel sem necessidade de ajustes no motor;
- Redução do lixo no planeta (pode ser usado para produção de biocombustível);
- Manuseio e armazenamento mais seguros que os combustíveis fósseis.

2. Desvantagens do Uso dos Biocombustíveis
- Consome grande quantidade de energia para a produção;
- Aumento do consumo de água (para irrigação das culturas);
- Redução da biodiversidade;
- As culturas para produção de biocombustíveis consomem muitos fertilizantes nitrogenados, com liberação de óxidos de nitrogênio, que também são gases estufa;
- Devastação de áreas florestais (grandes consumidoras de CO2) para plantio das culturas envolvidas na produção dos biocombustíveis;
- Possibilidade de redução da produção de alimentos em detrimento do aumento da produção de biocombustíveis, o que pode contribuir para aumento da fome no mundo e o encarecimento dos alimentos;
- Contaminação de lençóis freáticos por nitritos e nitratos, provenientes de fertilizantes. A ingestão desses produtos causa problemas respiratórios, devido à produção de meta-hemoglobina (hemoglobina oxidada);
- A queima da cana libera grandes quantidades de gases nitrogenados, que retornam ao ambiente na forma de “chuva seca” de fertilizantes, segundo pesquisa do químico ambiental Arnaldo Cardoso e publicada na revista “Unesp Ciência, edição de fevereiro de 2010.  Nos ambientes aquáticos, o efeito é muito rápido: proliferação de algas, com liberação de toxinas e consumo de quase todo oxigênio da água, o que provoca a morte de um grande número de espécies.
Como se vê, os biocombustíveis não são a grande solução para o problema energético do mundo. É necessário repensar sobre o uso de outras formas alternativas de energia, como a eólica e a atômica (que vem ganhando força no mundo científico).

GAROTA DE QUATRO ANOS TEM Q.I QUASE IGUAL AO DE EINSTEIN


                                     Heidi Hankins tem QI de 159/Foto: Reprodução Daily News

Uma menina britânica de quatro anos foi aceita na Mensa, sociedade inglesa internacionalmente conhecida por ser formada por pessoas de alto QI. Segundo o jornal "Daily Mail", o nível de inteligência da pequena Heidi Hankins é de 159, apenas um ponto abaixo do cientista Stephen Hawking e do legendário Albert Einstein.

O teste, desenvolvido especialmente para crianças da sua idade com uma mistura de quebra-cabeças e jogos com palavras, foi aplicado em Heidi depois que professores de sua creche disseram que estavam tendo dificuldades em encontrar atividades que fossem desafiar suas capacidades. O resultado impressionou os examinadores, que afirmam que a média de pontuação para um adulto é 100.
Heidi, que já sabe somar, subtrair, desenhar figuras e escrever frases, costumava ler livros para crianças com sete anos quando tinha apenas dois anos de idade. De acordo com o relato do pai de Heidi, Matthew, ao jornal britânico, a pequena gênia já fazia sons logo após nascer e, quando completou um ano, "seu vocabulário era relativamente bom. Agora é muito bom". Com 18 meses, ela aprendeu a ler sozinha, com a ajuda de um computador, afirmou o pai. "Notamos que ela estava usando o mouse para navegar, e clicando em botões que diziam 'OK' e 'Cancelar'", contou.
Matthew disse ainda ao "Daily Mail" que, quando Heidi tinha apenas dois anos, leu um conjunto de livretos em cerca de uma hora, demonstrando habilidade semelhante à de crianças de sete anos. Além disso, Heidi apresenta maior destreza para desenhar que as crianças de sua idade, produzindo desenhos detalhados, em vez de figuras genéricas.
O pai negou ao jornal que estimule a garota, e afirmou que, além de se interessar sozinha por livros, também brinca com bonecas e legos como uma criança normal. Agora, ele espera que ela possa pular um ano na escola para se sentir mais desafiada.