sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

EMPRESA TRANSFORMA PAPEL EM PEN DRIVE SUSTENTÁVEL

Apesar dos meios digitais, milhares de coisas ainda são feitas com papel, como correspondências e cartões de visita. A empresa intelliPaper encontrou uma maneira de levar ainda mais informação para estes formatos.
Ela transforma folhas de papel em um pen drive, no qual é possível incluir fotos, músicas e informações adicionais ao que está impresso no papel. Isso permite levar mais dados usando menos papel.
Para conseguir imprimir os pen drives no papel, a empresa usa um microchip no meio de três folhas de papel comum. Depois, imprime um código que permite que a entrada USB do computador leia as informações normalmente.
Hoje, a tecnologia tem sido feita em cartões de visita, cartas e folhetos promocionais. Na hora de se desfazer do pen drive, é possível retirar o chip e reciclar o restante do papel. Além de dar um novo uso ao papel, a empresa trabalha com diretrizes sustentáveis.
Recentemente, a intelliPaper lançou uma campanha para levantar capital e colocar mais produtos no mercado para os consumidores. Um kit de demonstração dos produtos é vendido no site da companhia por 15 dólares.

GOVERNO GAÚCHO VAI CRIAR SISTEMA PARA CONTROLAR USO DE AGROTÓXICOS


 
O governo do Rio Grande do Sul vai criar um sistema de rastreamento eletrônico para controlar o uso de agrotóxicos. A decisão foi anunciada após a revelação de que produtos proibidos no Brasil estão sendo usados em lavouras de arroz do estado, como mostra a reportagem do RBS Notícias.
A análise feita dentro da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) encontrou doze tipos diferentes de agrotóxicos em 55 amostras de arroz. Três deles não têm autorização de uso para arroz no Brasil. O que representa um risco para a saúde tanto dos agricultores quanto das pessoas que consomem o alimento.
“Um trabalhador que ficou com a roupa impregnado com o produto está sujeito a um quadro clínico bastante grave, a ponto de ser levado a UTI com insuficiência respiratória”, diz a coordenadora do Centro de Informações Toxicológicas, Isabela Lucchese Gavioli.
A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa) diz que o contrabando de produtos químicos deve ser fiscalizado pela Polícia Federal e Pela Receita Federal. E que pretende aumentar o controle do uso de agrotóxicos com a contratação de mais agrônomos e um novo sistema eletrônico para o rastreamento dos produtos distribuídos no estado.
“Vai estar dentro do sistema todos os produtos com suas dosagens e suas indicações. A receita agronômica só vai sair se o responsável técnico estiver habilitado e se a recomendação for correta”, explica o gerente da divisão de produção vegetal da Seapa, José Candido Motta.
Além do arroz, técnicos que fazem a coleta de amostras de alimentos para um programa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) encontraram irregularidades no uso de produtos químicos em vários produtos. A Anvisa constatou problemas, principalmente no cultivo de pimentão (91,8%), morango (63,4%), pepino (57,4%) e alface (54,2%).
Entre as irregularidades estão a utilização de agrotóxicos não autorizados ou em quantidade acima da permitida. “É importante que a pessoa que está produzindo saiba que a sua produção, a sua propriedade rural, ela é responsável também por saúde pública. À medida que eu produzo observando as boas práticas de produção agrícola, eu vou estar trazendo benefícios para as pessoas que vão consumir o meu produto”, destaca o engenheiro de alimentos, Bruno Hoernig. 

ESTADOS UNIDOS DÃO PASSO RUMO À LIBERAÇÃO DA VENDA DE SALMÃO TRANSGÊNICO


 
A criação de um tipo de salmão transgênico que cresce duas vezes mais rápido que o normal não traz riscos ambientais, segundo uma análise preliminar divulgada pelo FDA, o órgão dos Estados Unidos que fiscaliza a venda de remédios e alimentos.
O documento do órgão foi divulgado nesta semana, segundo veículos de imprensa dos EUA. Sua liberação foi considerada um “sinal verde” e mais um passo rumo à produção do salmão geneticamente modificado para consumo.
Uma análise anterior do FDA, produzida em 2010, afirmou que o salmão transgênico “é tão seguro como alimento quanto o salmão convencional, e há uma razoável certeza de que não haveria problemas com seu consumo”.
O órgão federal abriu uma consulta pública sobre ambos os documentos pelos próximos 60 dias, a partir da quarta-feira (26).
Hormônio do Crescimento – Para a criação do peixe, a empresa AquaBounty alterou geneticamente uma espécie conhecida como salmão do Atlântico e inseriu genes de outra espécie, chamada de salmão do Pacífico ou salmão-rei. O trecho de DNA inserido define a produção de um hormônio do crescimento, o que faz com que o peixe amadureça mais cedo e tenha tamanho maior do que o normal.
A empresa propôs ao FDA que os peixes sejam produzidos fora dos EUA e que sejam criadas apenas fêmeas estéreis – somente a carne seria vendida em território americano, o que evitaria ameaça ambiental caso os peixes escapassem.
Ativistas ambientais e defensores de alimentos saudáveis estão em alerta por conta da medida, diz o “Washington Post”. Países da União Européia já baniram alguns alimentos transgênicos, e instituíram rótulos e marcas para informar os consumidores sobre as modificações genéticas. 

DIMINUIÇÃO DA BIODIVERSIDADE TRAZ PERDAS PARA ECONOMIA E MEDICINA

 
 
Com a extinção de espécies, desaparecem também o valor econômico por elas gerado e inúmeras possibilidades inexploradas para o tratamento e a cura de doenças.
A tartaruga-de-couro vive na costa do Suriname, pode chegar a 2,5 m comprimento e pesar até 700 kg – ela é a maior espécie de tartaruga marinha do mundo. Mas o extraordinário tamanho e peso não oferecem nenhuma proteção diante das ameaças das mudanças climáticas.
A reprodução dessas tartarugas gigantes é muito sensível ao aumento da temperatura: se a areia onde ela coloca seus ovos estiver muito quente, nascerão mais fêmeas. Assim, haverá um desequilíbrio na próxima temporada de acasalamento. Além disso, se o nível do mar aumentar, muitos locais adequados para a reprodução serão perdidos.
Diante de tudo isso, a população dessas tartarugas está ameaçada. Esse réptil gigante é um dos muitos animais que fazem parte da lista vermelha de espécies ameaçadas de extinção, elaborada pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN, na sigla em inglês).
Segundo especialistas, se nada for feito para proteger as tartarugas-de-couro, que existem há 65 milhões de anos, eles desaparecerão em poucos anos.
Mudanças Climáticas e Biodiversidade – Segundo as Nações Unidas, um aumento de até dois graus na temperatura média do planeta implica que uma em cada cinco espécies correrá risco de extinção – a Terra está diante da maior ameaça de extinção em massa desde o desaparecimento dos dinossauros.
A contribuição do aquecimento global para a extinção de animais é tema de amplos debates entre os cientistas. Muitos afirmam que a ameaça de extinção resulta da combinação de diversos fatores, como a poluição – que aumenta os efeitos das mudanças climáticas – ou a caça.
A especialista Wendy Foden, da IUCN, diz que as mudanças climáticas já afetam a vida de muitas espécies, por exemplo alterando os seus hábitos migratórios. “É possível encontrar animais onde eles nunca haviam estado antes”, diz Foden. “Algumas espécies estão migrando para regiões mais frias. Na América do Sul, isso significa mais ao sul, ou para as montanhas.”
Nemo, o Embaixador dos Defensores do Clima – Já os habitantes dos mares têm poucas chances de escapar: o aumento da quantidade de dióxido de carbono no ar modifica o pH da água do mar, um processo que altera o habitat de inúmeras espécies.
Foden usa o exemplo do peixe-palhaço para explicar o efeito dessa mudança na vida marítima. “O dióxido de carbono deixa a água do mar mais ácida e com isso o peixe-palhaço perde seu olfato.” Esse sentido auxilia os peixes a distinguir substâncias ao seu redor. Os alevinos se orientam dessa maneira para encontrar um recife seguro.
Agora os especialistas do IUCN querem utilizar a popularidade do peixe-palhaço para conscientizar as pessoas sobre os efeitos das mudanças climáticas. “Todo mundo conhece o peixe-palhaço do filme Procurando Nemo”, diz Foden.
Perdas para a Humanidade – A perda da biodiversidade afeta também o ser humano. Numa pesquisa realizada na Alemanha, dois terços dos entrevistados responderam que a redução da variedade de espécies afetaria sua vida, mas que esse efeito seria observado, principalmente, nas suas horas de lazer e em atividades na natureza.
Na verdade, os efeitos são bem mais amplos. A iniciativa Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade (TEEB, na sigla em inglês), lançada pela Alemanha e pela Comissão Europeia, procura calcular o valor financeiro dos ecossistemas. Ela afirma, por exemplo, que o serviço de polinização feito pelos insetos vale cerca de 110 bilhões de euros.
Porém, o estudo do TEEB não é capaz de determinar com precisão os custos da perda de diversidade, simplesmente porque muitas espécies nunca foram identificadas.
Novos Remédios – Cerca de 1,9 milhão de espécies estão catalogadas – apenas uma pequena parte do total existente. Especialistas estimam que cerca de cem espécies são extintas por ano. Como a função delas no ecossistema é desconhecida, os cientistas não podem calcular os efeitos de seu desaparecimento.
A equipe da pesquisadora alemã Gudrun Mernitz isolou mais de cem substâncias de microorganismos do mar. Agora, o potencial delas para medicamentos está sendo pesquisado. “Algumas delas podem ser úteis para o tratamento de diversos tipos de câncer”, diz a bióloga.
Cerca de 6% dos medicamentos descobertos nos últimos dez anos foram desenvolvidos a partir de substâncias naturais, diz Rolf Hömke, da VFA, uma associação de pesquisa da indústria farmacêutica. Essas substâncias podem vir de qualquer lugar, por exemplo do intestino de um percevejo.
Assim, o Triatoma Infestans, conhecido no Brasil como barbeiro, originou um novo remédio para vítimas de enfarte. A biodiversidade esconde inúmeras possibilidades para a medicina. 

PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO BUSCAM GARANTIR FINANCIAMENTO PARA AÇÕES DE SUSTENTABILIDADE


 
Na tentativa de garantir o financiamento de ações relativas ao desenvolvimento sustentável, a partir de janeiro negociadores de países em desenvolvimento buscarão alternativas. A ideia é fechar até dezembro um documento no qual estarão definidos os detalhes, o calendário e até a estratégia para assegurar os recursos. A iniciativa foi provocada pela ausência de acordo entre os países desenvolvidos em relação aos financiamentos.
“Há uma ameaça concreta aos esforços internacionais na medida em que se percebe uma retração muito forte dos países ricos quanto ao financiamento de ações na área de desenvolvimento sustentável”, disse à Agência Brasil o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, subsecretário-geral de Meio Ambiente, Energia, Ciência e Tecnologia do Ministério das Relações Exteriores e coordenador-geral da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.
“O caso do Brasil é emblemático. Tivemos as mais baixas taxas de desmatamento desde que o país começou a medir por satélite”, destacou o embaixador. “Os países em desenvolvimento têm sido responsáveis ao fazer seu dever de casa e, portanto, têm direito de exigir que os países industrializados, que são os responsáveis pelas mudanças do clima, façam sua parte, não só na questão de redução de emissões, mas também no cumprimento de suas obrigações no financiamento das ações nos países em desenvolvimento”, acrescentou Figueiredo.
Em junho, durante a Rio+20, quando ficou clara a resistência dos países desenvolvidos em aportar recursos para promover um novo modelo de desenvolvimento sustentável para o mundo, houve o acordo entre os países em desenvolvimento para buscar uma alternativa. Na Rio+20, os representantes de economias desenvolvidas justificaram que a crise econômica internacional os impedia de assumir compromissos financeiros, pois o cenário futuro era considerado incerto.
Reação semelhante dos países desenvolvidos foi repetida durante uma série de negociações específicas das Nações Unidas, como a Conferência sobre Mudanças Climáticas, a COP18, que ocorreu em Doha, no Catar. Pela Convenção sobre Mudança do Clima, os países desenvolvidos têm a obrigação de financiar ações de adaptação aos efeitos extremos das mudanças climáticas e de redução das emissões de gases de efeito estufa em países em desenvolvimento.
“Houve grande retração e o resultado de Doha na área financeira ficou muito aquém do necessário”, disse Figueiredo. Segundo ele, os recursos são indispensáveis, principalmente no caso das nações mais pobres, pois são avaliadas como regiões mais vulneráveis aos efeitos dos desastres naturais provocados pelas mudanças de clima no mundo.
“Ações, especialmente nas áreas de adaptação, muitas vezes são caras. São obras de infraestrutura para lidar com enchentes, inundações, furacões e toda a destruição dos fenômenos extremos. São países vulneráveis que necessitam de ajuda o mais rápido possível para fazer face às mudanças do clima”, acrescentou o embaixador.
Segundo Figueiredo, a questão climática é um “caso típico em que vários países em desenvolvimento assumiram a liderança”, ao mencionar os esforços de redução de emissões de gases de efeito estufa. De acordo com ele, o Brasil chegou às conferências deste ano com resultados históricos sobre a redução de desmatamento que colaboraram para reduzir as emissões de gás nocivas à atmosfera. 

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

ATIVIDADE DO VULCÃO COPAHUE FAZ CHILE DECRETAR ALERTA VERMELHO


A Agência Nacional de Emergência do Chile decretou alerta vermelho pelo aumento da atividade sísmica do vulcão Copahue, na fronteira entre o Chile e a Argentina, mas descartou a possibilidade de uma retirada de moradores.
Na noite de sábado, os equipamentos de monitoramento detectaram uma atividade sísmica contínua e observaram uma incandescência na cratera, o que poderia indicar fluxos de lava pelas encostas do vulcão, de acordo com o Serviço Nacional de Geologia e Mineração (Sernageomin), em um comunicado.
A coluna de gases e cinzas chegou a 1,5 quilômetros de altura na direção sudeste.
“A intensidade dos sinais sísmicos sugere que a erupção ainda em curso é menor”, mas “não se descarta uma evolução da atividade para uma grande erupção”, ressaltou o Sernageomin.
No entanto, a Onemi indicou que por enquanto não há necessidade de evacuar a população, porque “no caso de aumento da atividade, a área susceptível de ser afetada por fluxos de lava e lahars (um raio de 15 km) não inclui áreas povoadas”.
Lahars são deslizamentos de terra que ocorrem nas encostas de vulcões provocados pela mistura das cinzas e água expelida, e que podem chegar a devastar populações.
O alerta vermelho permitirá aumentar o monitoramento do desempenho do vulcão e dispor de recursos para verificar quaisquer problemas causados pela erupção.
No sábado, o vulcão Copahue, localizado na região de Bio Bio, começou a cuspir uma nuvem de cinzas incomum, o que alertou vizinhos.
O vulcão fica na fronteira entre Chile e Argentina, mas as emanações produzidas estão voltadas para o lado argentino. 

TEORIAS ASTRONÔMICAS TENTAM EXPLICAR ESTRELA DE BELÉM

 
 
Pode parecer blasfemo questionar uma imagem tão forte do Natal como a estrela de Belém, mas sua possível existência vem sendo objeto de um acalorado debate astronômico por décadas. Seria possível que algum evento cósmico real pudesse ter direcionado os Três Reis Magos, como relata a tradição cristã, ao local onde Jesus nasceu?
Esse debate requer uma grande premissa – de que a história da estrela e da viagem sejam verdadeiras. O astrônomo David Hughes, da Universidade de Sheffield, publicou seu primeiro trabalho com a revisão de teorias sobre a famosa estrela nos anos 1970. Após passar muitos anos estudando as explicações astronômicas e revisando histórias bíblicas associadas, ele é hoje um especialista no assunto.
Os três reis seriam sábios religiosos de um grupo de astrônomos e astrólogos reverenciados na Babilônia antiga. Eles estudavam as estrelas e os planetas e interpretavam o significado por trás de eventos cósmicos. Qualquer coisa muito rara era considerada um presságio, então a estrela deveria ter sido tanto rara quanto visualmente espetacular.
Além disso, diz Hughes, ela teria uma mensagem muito clara para os Magos. Isso leva o astrônomo a concluir que a estrela de Belém provavelmente não era uma estrela e que provavelmente o fenômeno estava relacionado a mais do que um único evento.
Conjunção Tripla – “Se você ler a Bíblia com cuidado”, diz Hughes, “os Magos viram algo quando estavam em seu próprio país – provavelmente a Babilônia -, então viajaram até Jerusalém e foram falar com o rei Herodes.” Segundo a história, os Magos contaram a Herodes sobre o sinal que tinham visto e, segundo Hughes, “quando saíram de Jerusalém para Belém, eles viram algo de novo”.
A melhor explicação de Hughes para essa série de eventos é algo conhecido como conjunção tripla entre Júpiter e Saturno – com os dois planetas aparecendo próximos no céu por três vezes em um curto período. “Isso acontece quando você tem um alinhamento entre o Sol, a Terra, Júpiter e Saturno”, explica Hughes.
Nasa – Estrela nova aparecida em 4 a.C. estaria posicionada diretamente sobre Jerusalém
Tim O’Brien, diretor-associado do Observatório Jodrell Bank, em Cheshire, sugere que isso teria parecido fora do comum. “É incrível o quanto nossa atenção é atraída quando vemos dois objetos muito brilhantes se juntando no céu”, explica. E uma vez que os planetas se alinhem em suas órbitas, a Terra “ultrapassa” os outros, o que significa que Júpiter e Saturno pareceriam então mudar de direção no céu da noite.
“Naquela época, as pessoas se guiavam muito pelos movimentos dos planetas”, diz O’Brien. O que é ainda mais significativo é que o evento teria ocorrido na constelação de Peixes, que representa um dos signos do zodíaco. “Você somente teria uma conjunção tripla como essa a cada 900 anos”, diz ele, então para os astrônomos da Babilônia há 2.000 anos isso teria sido o sinal de algo muito significativo.
Seta sobre a Terra – A segunda explicação mais comum para a estrela de Belém é a de um cometa muito brilhante. Apesar de serem certamente espetaculares e etéreos em suas aparições, eles são essencialmente “grandes e sujas bolas de neve” viajando pelo espaço. “Quando eles chegam próximos do Sol, esse gelo derrete e os ventos solares sopram esse material para o espaço, então você tem a cauda de matéria saindo do cometa”, explica O’Brien.
Essa cauda, que aponta para o lado oposto do Sol, é uma das coisas que tornou a ideia de um cometa como a estrela de Belém popular, explica Hughes. “Muitas pessoas já disseram que os cometas parecem observar a Terra de cima, porque parecem às vezes como uma seta”, diz Hughes.
O registro mais antigo de uma aparição foi a de um cometa brilhante que apareceu na constelação de Capricórnio no ano 5 a.C., registrada por astrônomos na China. Outro candidato menos provável, mas mais famoso, é o cometa Halley, que esteve visível por volta do ano 12 a.C.
Aqueles que apostam nessa teoria argumentam que o cometa de 5 a.C estaria no hemisfério sul do céu visto de Jerusalém, com a cabeça do cometa próximo ao horizonte e a cauda apontando verticalmente para cima. “Muitas pessoas gostaram da ideia do cometa, então ele aparece bastante nos cartões de Natal”, observa Hughes. “O problema é que eles não são tão raros. Eles também eram algo comumente associados a eventos como morte, doença e desastre”, sugere. “Então, se ele contivesse uma mensagem, seria um mau presságio.”
‘Boa Candidata’ – Outra teoria é a de que a estrela era a luz do nascimento de uma nova estrela, ou nova. Há registros – novamente de astrônomos do Extremo Oriente – de uma estrela nova na pequena constelação de Áquila em 4 a.C. “As pessoas que gostam dessa teoria dizem que essa nova estrela estaria posicionada diretamente sobre Jerusalém”, diz Hughes.
Robert Cockcroft, gerente do planetário McCallion, da Universidade McMaster, em Ontário, no Canadá, diz que uma estrela nova é “uma boa candidata” para a estrela de Belém. “Ela pode ‘aparecer’ como uma nova estrela em uma constelação e apagar novamente nos meses seguintes”, explica. “Ela também não é muito brilhante, explicando por que não temos nenhum registro dela no Ocidente”, diz.
Cockcroft sugere que isso também teria dado aos Três Reis Magos algo para seguir. Enquanto outros “presságios” poderiam ser necessários para levar os Magos a viajar na direção oeste a Jerusalém, ele diz, eles levariam meses para chegar lá, “quando Áquila e a nova estrela teriam subido no céu para aparecer ao sul”. “Belém fica ao sul de Jerusalém, então os Magos poderiam ter ’seguido’ a estrela até Belém”, afirma.
Teorias Improváveis – Outras teorias mais improváveis, mas divertidas, também foram propostas ao longo dos anos, comenta Hughes. Uma que ele descreve como particularmente pouco provável foi sugerida em 1979 em um trabalho acadêmico do astrônomo grego George Banos. Ele propôs que a estrela de Belém era na verdade o planeta Urano. Banos sugeriu que os Magos teriam descoberto o planeta quase 1.800 anos antes de o astrônomo William Hersche ter registrado formalmente a descoberta, em 1781. “Sua ideia era de que os Magos descobriram Urano, que o planeta era a estrela de Belém e que eles então tentaram acobertar a descoberta”, explica Hughes. 

MASCOTE DA COPA, TATU-BOLA PODERÁ SER EXTINTO EM 50 ANOS



 
Mascote da Copa do Mundo de 2014 classificado como espécie “vulnerável” em uma tabela internacional de animais em risco de extinção, o tatu-bola (Tolypeutes tricinctus) será rebaixado para a categoria “em perigo de extinção”, um nível mais próximo da extinção.
A mudança de status do tatu-bola deverá ser anunciada no início do ano que vem, quando o governo brasileiro fará uma atualização da situação de espécies brasileiras na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o tatu-bola foi uma das 1.818 espécies brasileiras analisadas em levantamento concluído em outubro deste ano. A mudança de status do animal aguarda a aprovação do Ministério do Meio Ambiente.
De acordo com a escala usada pela IUCN, o risco de extinção do mamífero, que já era considerado “alto”, passa a ser considerado “muito alto”. A vice-presidente do grupo de pesquisa sobre Xenartros (tatus, tamanduás e preguiças) da IUCN, a brasileira Flávia Miranda, que participou do levantamento do ICMBio, disse à Agência Brasil que a espécie perdeu mais de 50% de seu habitat nos últimos dez anos.
“Na última avaliação do Brasil, esse status caiu. A situação ficou bem mais crítica. Conseguimos sentar com alguns pesquisadores do Nordeste e vimos que está havendo declínio populacional”, disse Flávia.
Organização não-governamental responsável pela campanha em prol da escolha do tatu-bola como mascote da Copa do Mundo de 2014, a Associação Caatinga diz que a espécie é muito sensível à destruição de seu habitat – a caatinga e o cerrado brasileiros – e só consegue sobreviver em ambientes bem conservados.
“É uma espécie que sente as alterações no ambiente. Se há desmatamento, queimada, expansão urbana ou de novas áreas de agricultura, ele desaparece, porque não suporta alterações ambientais”, explica o secretário-executivo da Associação Caatinga, Rodrigo Castro.
Segundo ele, o tatu-bola está em perigo e, se nada for feito de imediato em termos de preservação, a espécie poderá ser extinta em até 50 anos. Castro lembra que o mamífero também sofre ameaça de caçadores, embora a caça venha diminuindo com o passar do tempo, já tem sido mais difícil encontrar a espécie na natureza.
Com a escolha do animal como mascote da Copa de 2014, Castro acredita que os olhos do mundo se voltarão para a espécie e sua situação de ameaça poderá ser revertida. “A Associação Caatinga se aliou à IUCN, em junho deste ano, e construiu um projeto de conservação do tatu-bola, que pretende, em dez anos, reduzir o status de ameça dentro da lista vermelha”, disse.
Além de ações voltadas para a pesquisa, a conservação das áreas onde há tatus-bola e a educação ambiental, pretende-se usar eventos e jogos da Copa do Mundo para divulgar a espécie. “Estamos buscando parceria com a Fifa [Federação Internacional de Futebol, que realiza o mundial], com patrocinadores do evento e outras entidades preocupadas com questões ambientais”, disse.
Apesar disso, de acordo com o coordenador-geral de Manejo para a Conservação ICMBio, Ugo Vercillo, o tatu-bola não receberá nenhum tratamento especial do governo brasileiro por ter sido escolhido mascote da Copa de 2014. “Não existe nenhuma mudança do nosso planejamento em virtude da espécie ser mascote da Copa do Mundo. Está previsto, no próximo ano, elaborarmos o Plano de Ação dos Xenartros, que incluirá o tatu-bola”, informou por e-mail. 

RÁPIDO AQUECIMENTO DA ANTÁRTIDA OCIDENTAL PODE ACELERAR ELEVAÇÃO DO NÍVEL DO MAR, DIZ ESTUDO


 
A Antártida Ocidental está se aquecendo quase duas vezes mais rápido do que se acreditava anteriormente, um fato que aumenta os temores de um degelo que elevaria o nível do mar de São Francisco, nos EUA, a Xangai, na China, de acordo com um estudo divulgado neste domingo.
As temperaturas médias anuais na estação de pesquisa de Byrd, na Antártida Ocidental, subiram 2,4 graus Celsius desde os anos 1950, uma das altas mais velozes no planeta e três vezes a média mundial de mudanças climáticas, revelou o trabalho.
O grande e inesperado impulso no aquecimento provoca um maior temor de que a camada de gelo possa ser vulnerável ao descongelamento. A Antártida Ocidental tem gelo suficiente para elevar o nível dos oceanos em pelo menos 3,3 metros se toda ela se derreter, num processo que poderia levar séculos.
“A parte ocidental da camada de gelo está experimentando quase duas vezes o aquecimento que se imaginava que iria ocorrer”, afirmou a Universidade Estadual de Ohio em uma nota sobre o estudo liderado pelo professor de Geografia David Bromwich.
O aquecimento “levanta novas preocupações sobre a futura contribuição da Antártida para o aumento do nível do mar”, diz o comunicado. Temperaturas mais altas do verão provocam o risco de derretimento da superfície de gelo e neve, embora a maior parte da Antártida fique congelada ao longo de todo o ano.
Países de baixa altitude, como Bangladesh e Tuvalu são especialmente vulneráveis à elevação do nível do mar, como são as cidades costeiras, de Londres a Buenos Aires. O nível do mar subiu cerca de 20 centímetros no século passado.
O painel de especialistas em clima das Nações Unidas estima que o nível do mar vá aumentar entre 18 e 59 centímetros neste século, e que a elevação poderá ser ainda maior se o degelo da Groenlândia e da Antártida se acelerar em decorrência do aquecimento global causado pelas atividades humanas. 

CIENTISTAS DOS ESTADOS UNIDOS CRIAM PRIMEIRO PAINEL SOLAR ADESIVO E ULTRAFLEXÍVEL



      
Cientistas da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, criaram os primeiros painéis solares adesivos e ultraflexíveis, com grossura parecida com a de um filme fotográfico. A versão produzida pelos pesquisadores está em estágio final de desenvolvimento, segundo uma nota da instituição.
As células fotovoltaicas dos painéis solares em geral ficam presas em superfícies rígidas de vidro ou silício, limitando seu uso, segundo um dos pesquisadores responsável pelo projeto, Chi Hwan Lee. Em geral estes painéis são grandes e rígidos, diz ainda o cientista.
Os pesquisadores resolveram o problema evitando usar materiais “extravagantes” para criar o painel solar. “Materiais não-convencionais em geral são difíceis de usar porque as células fotovoltaicas tem superfície irregular e não lidam bem com processos químicos e térmicos necessários”, diz a professora de engenharia Xiaolin Zheng, da Universidade Stanford.
“Nós superamos o problema criando este painel adesivo, que dá flexibilidade e potencial de ser aplicado em várias superfícies. A aplicabilidade ainda reduz o peso e o custo geral”, afirma Zheng.
A pesquisa foi publicada no periódico “Scientific Reports”, nesta quinta-feira (20). O material recém-criado permite a aplicação em papel, plástico ou vidro, entre outras superfícies, sem perder sua eficiência na captação da energia, segundo o estudo.
Como é Feito – O novo painel solar envolve um “sanduíche” de silício, dióxido de silício e níquel, segundo os cientistas. Uma camada de níquel é depositada na superfície do silício. Depois disso, células fotovoltaicas finas, da grossura de filmes de fotografia, são colocadas sobre o metal e depois cobertas com um polímero protetor.
Uma fita protetora ativada com calor é colocada sobre o painel solar para envolvê-lo e permitir que ele possa aderir a diferentes superfícies. O processo, segundo os cientistas, envolve mergulhar o “sanduíche” em um recipiente com água e depois aquecê-lo a 90º C por alguns segundos.
Após esta preparação, o objeto pode ser aplicado a qualquer superfície com fita dupla-face comum ou outro tipo de fita adesiva, segundo os cientistas. Testes demonstraram que este processo mantém as células fotovoltaicas intactas, segundo a professora Zheng.
“Você pode colocá-las em um capacete de motociclista, em um celular, em suas janelas, no telhado de casas, em roupas, no carro, em aparelhos eletrônicos – virtualmente tudo”, diz a cientista.

sábado, 22 de dezembro de 2012

BEBÊ GOLFINHO NASCE POR TÉCNICA DE SELEÇÃO DE SEXO EM PARQUE DOS EUA


 
Um golfinho nasceu este mês no parque americano Discovery Cove, em Orlando, na Flórida, por meio de uma técnica chamada “sperm-sexing”, que separa os cromossomos (X e Y) que definem o sexo do bebê e, portanto, é capaz de escolher se ele será macho ou fêmea.
O animal é uma fêmea da espécie nariz-de-garrafa que chegou ao mundo no início de dezembro, pesando 16 kg e medindo 1 metro de comprimento.

Segundo cientistas do Centro de Pesquisa Reprodutiva dos parques Busch Gardens e SeaWorld – ao qual pertence o Discovery Cove –, o método permite controlar a diversidade genética e evitar a extinção de várias espécies marinhas.
O novo filhote é o 15º do mundo concebido por esse processo de pré-seleção de sexo e inseminação artificial. Entre os golfinhos nativos do Discovery Cove, inaugurado em 2000, ele é o 25º a nascer.

No parque, os visitantes também podem nadar com os animais, praticar snorkel com arraias e peixes tropicais, e alimentar pássaros exóticos. 

METEORITO RARO POSSUI MATERIAIS MAIS ANTIGOS DO SISTEMA SOLAR, DIZ ESTUDO


 
Cientistas da Universidade da Califórnia em Davis, nos EUA, em colaboração com a agência espacial americana (Nasa) e com outras instituições, estudaram fragmentos de um meteorito caído em território americano em abril deste ano, que passou como uma bola de fogo pelo céu sobre a Califórnia e Nevada.

Por meio de análises geoquímicas, os pesquisadores descobriram que o objeto possui alguns dos materiais mais antigos do Sistema Solar, os mesmos que ajudaram a formar os planetas vizinhos da Terra e nosso próprio mundo.

Pertencente à classe dos condritos carbonáceos, o meteorito primitivo foi formado há cerca de 4,5 bilhões de anos e soltou-se de um corpo celeste maior, provavelmente um asteroide ou um cometa na órbita de Júpiter, há cerca de 50 mil anos, segundo os cientistas. Além dos materiais pré-Sistema Solar, o meteorito é formado de poeira cósmica.

O estudo sobre o meteorito e seus fragmentos foi publicado na revista “Science”, nesta sexta-feira (21). Segundo os cientistas, o objeto se fragmentou ao cair na Terra e é um dos mais raros já encontrados.

Complexo – Chamado de meteorito de Sutter Mill, em referência ao local onde foram encontrados seus pedaços, o objeto possui uma estrutura química complexa e diversificada, que indica que a superfície dos asteróides e cometas que dão origem aos condritos é mais complicada do que se imaginava.

O meteorito de Sutter Mill entrou na atmosfera do planeta a uma velocidade de 28,6 km por segundo – segundo a pesquisa, trata-se do “mais rápido e mais energético” objeto a cair na Terra desde 2008, quando um asteroide atingiu o Sudão, na África.

Para localizar os fragmentos, os cientistas consultaram imagens de radar, fotos e vídeos da passagem do meteorito, além do relato de testemunhas. Vários pedaços foram encontrados instantes antes de tempestades, que poderiam fazer os objetos se perderem para sempre.

O objeto perdeu a maior parte dos 45,3 mil kg que possuía ao entrar na atmosfera do planeta e explodir, segundo o estudo. Os cientistas conseguiram coletar apenas cerca de um kg, com os fragmentos. 

TÉCNICA ‘CAVALO DE TROIA’ ELIMINA CÂNCER DE PRÓSTATA EM CAMUNDONGOS


 
Um tratamento experimental que usa uma técnica de “Cavalo de Troia” eliminou totalmente o câncer de próstata em camundongos. O estudo, realizado na Grã-Bretanha, enviou uma espécie de agente invasor disfarçado ao interior de células doentes.

A equipe escondeu uma série de vírus diferentes, capazes de matar células cancerígenas, dentro do sistema imunológico dos roedores para introduzi-los dentro dos tumores.

Uma vez no interior dos nódulos, dezenas de milhares de cepas desses vírus foram liberadas para tentar “matar o câncer”.

Os resultados, publicados no periódico científico “Cancer Research”, mostram que o grupo foi bem-sucedido. Embora analistas tenham classificado a pesquisa como “animadora”, testes em humanos ainda são necessários antes de qualquer posicionamento definitivo.

O nome da técnica faz referência à mítica batalha em que os gregos adentraram o território inimigo da cidade de Troia escondidos no interior de um grande cavalo, o que deu origem à expressão “presente de grego”.

‘Surfando na Onda’ – A técnica de “Cavalo de Troia” no tratamento médico não é nova. Cada vez mais, cientistas têm-se valido desse recurso, mas, segundo eles, o principal desafio é a profundidade necessária dentro do tumor para que os vírus sejam eficazes o suficiente.

“O problema é a penetração”, diz Claire Lewis, professora da Universidade de Sheffield. Ela lidera um estudo em que os glóbulos brancos são usados como “Cavalos de Troia” para abrigar os vírus em sua jornada ao interior dos tumores. A professora explica que seu grupo também trabalha com a lógica de uma “onda”.

Após tratamentos com radioterapia e quimioterapia, os tecidos do paciente ficam danificados, e uma grande quantidade de glóbulos brancos é enviada ao local para ajudar a reparar o estrago.

“Estamos surfando nessa onda para introduzir o número maior possível de glóbulos brancos para levar os vírus capazes de explodir os tumores até o ‘coração’ deles”, explica a cientista.

A equipe dela injetou glóbulos brancos contendo vírus nos camundongos dois dias após um ciclo de quimioterapia. Depois de entrarem no tumor, os vírus se replicam e, em apenas 12 horas, os glóbulos brancos explodem e expelem mais de 10 mil vírus cada, infectando e matando as células cancerígenas.

Eliminação dos Tumores – Ao final do ciclo de 40 dias do estudo, todos os camundongos que receberam o tratamento ainda estavam vivos e sem sinais dos tumores.

Em comparação, aqueles sob outros esquemas de tratamento viram o câncer se espalhar e depois morreram.
“[O tratamento] elimina completamente o tumor e impede que ele volte a crescer”, diz Claire, acrescentando tratar-se de um conceito “revolucionário”. Mas ela lembra que outros avanços do tipo acabaram sendo completamente inúteis quando testados em humanos. Ela espera agora começar os testes em pacientes no próximo ano.

Radioterapia e Quimioterapia – Para Emma Smith, do Cancer Research UK (Instituto de Pesquisas do Câncer do Reino Unido), o estudo mostra que a quimioterapia e a radioterapia, tratamentos tradicionais contra tumores, podem tornar-se mais eficientes com a ténica do “Cavalo de Troia”.

“Equipar o próprio sistema imunológico do corpo para levar um vírus mortal aos tumores é uma tática animadora que muitos cientistas estão pesquisando. Este estudo mostra que tem o potencial de transformar a quimioterapia e a radioterapia em armas mais eficientes contra o câncer”, diz.

Kate Holmes, chefe de pesquisas do Prostate Cancer UK, diz que se os estudos em humanos forem bem-sucedidos a técnica pode vir a ser um “divisor de águas” no tratamento do câncer de próstata.

“Se esse tratamento se tornar um sucesso em humanos, poderia se revelar um progresso substancial em encontrar melhores tratamentos para homens com câncer de próstata, quando ele já tiver se espalhado pelos ossos”, avalia.