quarta-feira, 28 de novembro de 2012

AQUECIMENTO ESTÁ LEVANDO NOVAS ESPÉCIES AO ÁRTICO, DIZ BIÓLOGA

 
O Ártico recebe novas espécies animais e vegetais devido ao aquecimento global, assegurou recentemente à Agência Efe Maria Gavrilo, bióloga e ornitóloga russa que acaba de retornar de uma expedição de três meses ao arquipélago da Terra de Francisco José.
“Encontramos menos gelo e, em consequência, mais pássaros, plantas, fungos e mosquitos do que antes. Além disso, avistamos baleias nunca antes vistas em latitudes tão setentrionais do planeta”, afirmou.
A expedição científica russa, que incluía especialistas em botânica, zoologia e oceanografia, chegou à conclusão que, devido à redução da superfície da camada de gelo e seu derretimento cada vez mais precoce, “as condições para a vida animal e vegetal são agora mais benignas” na região do mar de Barents.
“O que ainda não sabemos é se a presença no Ártico de fauna e flora desconhecida para estas latitudes se deve ao já conhecido aquecimento global temporário ou a uma mudança climática mais durável”, ponderou.
Em particular, Maria encontrou quatro espécies de pássaros incomuns para o arquipélago – gaivota de Sabine, gaivota grande, pato marinho de cauda longa e vários tipos de marrecos -, além de três novas classes de mosquitos e baleias-fin.
“Trata-se de baleias sulinas. As correntes de água quente se dirigem para o norte e as baleias simplesmente seguem os organismos dos quais se alimentam. Mas é preciso reconhecer que estes animais são um bom indicador, já que se encontram no alto da pirâmide alimentar”, apontou.
Segundo Maria, não resta dúvida de que a redução da camada de gelo ártica durante os últimos 10-20 anos é uma “anomalia”. “Certos tipos de gaivotas e os ursos polares são os que mais sofrem com o derretimento cada vez mais prematuro. Concretamente, os ursos são maus caçadores em terra firme”, disse.
Contudo, a zoóloga russa acredita firmemente na teoria cíclica da mudança climática e lembra que alguns cientistas já preveem em breve um esfriamento do planeta à vista dos processos em andamento no sol.
“Já houve épocas mais quentes do que agora e não aconteceu nenhuma catástrofe. Alguns acreditam que o clima está mudando devido à ação do homem e que o dano é irreversível. Eu, por outro lado, acho que a natureza continua sendo mais forte do que o ser humano. Não estamos perante um aquecimento eterno”, opinou Maria.
Em sua opinião, a principal ameaça para a natureza é a agressiva ambição comercial do homem e seu desejo de ter acesso a territórios inóspitos como o Ártico.
“O gelo cede, aparecem novas terras e isto atrai o homem. O perigo reside no acesso do homem às plataformas continentais, as perfurações na busca de petróleo e a pesca intensa”, advertiu.
Maria considera que não importa o que digam, não há meio seguro de extrair hidrocarbonetos, por isso que “até que apareça essa tecnologia, seria preciso impor uma moratória em todo o Ártico”.
“Sou otimista por natureza, mas não tenho ilusões. O Ártico não é como a Antártida, que é propriedade da comunidade internacional. A soberania do Ártico é disputada por diferentes países. Ou seja, depende da vontade dos governos”, explicou.
Por isso, ela se opõe ao acesso à região de potências que não são limítrofes com a região como Índia e China, que parece ultimamente muito interessada na região.
“O Ártico e a Antártida são, como diziam os cientistas soviéticos, a cozinha do clima da Terra. Por isso, é preciso proteger sua riqueza natural pensando nas gerações futuras e educar as pessoas na importância dos valores ecológicos”, comentou.
Como parte dessa política de divulgação, Maria é a favor do turismo ártico, consciente de que, devido ao difícil acesso e ao seu alto custo, nunca será de massa.
“Nos últimos dois ou três anos recebemos cruzeiros com várias centenas de turistas que ficaram durante duas semanas. Também é uma forma de conscientizar as pessoas. Cerca dos 10% restantes são expedições de turismo extremo, mas são a exceção”, assinalou.
A expedição russa ao arquipélago permitiu ainda traçar um mapa mais detalhado do território, que inclui quase 200 ilhas e abriga um perigoso “lixão industrial” com centenas de milhares de toneladas de hidrocarbonetos abandonados após a queda da União Soviética em 1991.
Maria é subdiretora científica de um parque nacional criado em 2009 e que cobre uma superfície de 1,4 milhão de hectares cobertos por gelo em 85% de sua totalidade e onde vivem ursos polares, baleias da Groenlândia e narvais. 

1º CLONE DE EQUINO NO PAÍS TEM DNA DE GARANHÃO QUE TEVE 1.648 FILHOTES

                                  O clone, de apenas dez dias (Foto: Divulgação/In Vitro do Brasil)
O primeiro clone de equino no Brasil carrega o material genético do Mangalarga Turbante, que viveu numa fazenda em São José do Rio Pardo (SP) e é considerado o maior garanhão do século passado: ele teve 1.648 filhotes. Turbantinho nasceu há 10 semanas em um laboratório de Mogi Guaçu, na região de Campinas (SP).
O Mangalarga mais famoso da raça fica em uma baia isolada, onde poucos podem entrar. Autorização para fotos ou gravação nem pensar. Só a mãe, uma égua sem nome e nem raça definida, que serviu de “barriga de aluguel”, pode receber visita. Com Turbantinho, o cuidado é tanto que sempre tem um veterinário por perto, 24 horas por dia.
Tiago Rodrigues Bueno é um deles e passa a noite ao lado do potrinho. “Tomamos conta para que não tenha barulho, para que não estresse os animais. O Turbante era filho do seu José Oswaldo Junqueira, um dos grandes nomes do Mangalarga. Hoje, o Turbante é filho do Brasil”, falou Tiago.
Tantos cuidados tem um motivo: o Turbante original foi o maior garanhão Mangalarga do século passado. Entrou para o livro dos recordes como o maior reprodutor. O sêmen chegou a ser vendido por US$ 10 mil dólares a dose, mais de R$ 21 mil. José Oswaldo Junqueira tinha tanto orgulho, que ergueu uma estátua do cavalo na fazenda em Rio Pardo.
Na época, o fazendeiro chegou a recusar uma proposta de US$ 1 milhão pelo Mangalarga. O cavalo morreu em 1998 e como o neto do fazendeiro era um veterinário visionário, antes de o Turbante morrer, ele e a equipe coletaram um pedaço de pele do animal e congelaram. Ele acreditava que um dia a ciência pudesse criar um novo Turbante.
“A gente tem que pensar no futuro e no que o povo do futuro vai estar pensando”, falou o veterinário João Junqueira Fleury, em entrevista concedida em fevereiro de 1998. E a veterinária Perla Fleury, completou em fevereiro de 2003: “A gente tem um material guardado pra quando a técnica estiver aí poder, de repente, clonar o turbante”.
Quatorze anos depois a ciência torna realidade o sonho do fazendeiro. A técnica foi desenvolvida em um laboratório de Mogi Guaçú. Os pesquisadores colheram um óvulo de uma égua e retiraram o DNA. Depois, o material genético do Turbante, que estava no tecido do cavalo, foi fundido ao núcleo do óvulo da doadora por meio de uma corrente elétrica. O óvulo foi fertilizado com uma nova informação genética. Em seguida os pesquisadores fizeram a inseminação em outra égua, que apenas gerou o animal, sem transmitir o DNA.
“Depois que você mostra que a técnica dá certo, que é possível fazer, todas as pessoas que têm um animal de valor, de estimação ou que precise ser perpetuado, vão ter interesse em fazer”, observou a veterinária Andrea Basso.
Nascimento – Perla é sócia da empresa de clonagem. O marido dela era o jovem veterinário que sonhava com a clonagem. Ele e o avô morreram antes da técnica ser aplicada, mas Perla acompanhou de perto o nascimento. “O Turbante que nasceu agora no dia 10 de setembro é uma cópia idêntica do Turbante que nasceu em 1969”, garantiu.
O Brasil foi o terceiro país do mundo a realizar uma clonagem de equino. E o sucesso da experiência veio em dose dupla. Utilizando a mesma técnica, outro animal da família também foi clonado. A potrinha Cascata é uma cópia idêntica de uma égua que era neta do Turbante original. Na época, a diferença de idade entre avô e neta era de 24 anos. Com a clonagem, as duas gerações voltam a se encontrar, só que com uma diferença de idade bem menor. A Cascata nasceu apenas 24 horas depois do avô.
Hoje, ele e a neta vivem lado a lado, são da mesma geração. E o Turbante está de volta para reforçar a fama e corrigir o único defeito que o antigo dono encontrou no cavalo.“O seu José disse que o único defeito do Turbante era não ser eterno, e nós ficamos muito felizes porque se existia esse defeito, hoje nós conseguimos eternizar o Turbante, então, de certa forma, isso deixou de ser um defeito”, comemorou Perla.

PESQUISA APONTA PROCESSO MAIS RÁPIDO PARA PRODUZIR VACINA DE GRIPE


 
Uma nova vacina contra a gripe, desenvolvida com um processo mais simples e rápido que o atual, foi testada com bons resultados em animais, de acordo com pesquisa publicada neste domingo (25) pela revista científica “Nature”.
As vacinas atuais são produzidas em culturas de células em laboratório ou a partir de ovos de galinha. A nova vacina desenvolvida pela equipe de Lothar Stitz, do Instituto Friedrich Loeffler, em Greifswald, na Alemanha, usa apenas um material conhecido como RNA mensageiro, que leva informações genéticas do vírus.
Com a nova técnica, fica mais rápido produzir vacinas em larga escala. Além disso, é mais fácil fazer as alterações necessárias para adaptar a vacina a eventuais novos subtipos do vírus da gripe que possam surgir, e que representam o maior potencial de origem de epidemias fatais.
A vacina foi testada em camundongos, porcos e furões, com resultados iguais ou superiores aos das vacina hoje disponíveis no mercado.
No caso dos camundongos, ela funcionou também para os muito jovens e para os muito velhos, o que é uma vantagem em relação às atuais, caso isso se aplique nos humanos.
Além disso, o novo medicamento funciona mesmo se não ficar sob refrigeração. Essa é uma potencial vantagem importante, pois facilitaria o transporte e o armazenamento, o que também aceleraria a distribuição no caso de uma epidemia. 

CIENTISTAS ACHAM BACTÉRIAS VIVENDO EM CONDIÇÕES EXTREMAS NA ANTÁRTICA


 
Pesquisadores americanos anunciaram na segunda-feira (26) a descoberta de bactérias que vivem em um lago salgado da Antártica sem luz nem oxigênio, um ambiente extremo que pode existir em outras partes do nosso Sistema Solar.
Esse lago, chamado Vida, tem concentrações muito elevadas de substâncias como amoníaco, nitrogênio, hidrogênio, enxofre e óxido nitroso. O local abriga micro-organismos sob 20 metros de gelo, com uma taxa de salinidade superior a 20% e temperatura inferior a 13° C negativos.

“A descoberta desse ecossistema nos dá pistas não apenas sobre outros ambientes gelados e isolados da Terra, mas também sobre um modelo de vida em outros planetas cobertos de gelo que podem abrigar depósitos de sal e oceanos, como Europa, uma das luas de Júpiter”, disse Nathaniel Ostrom, da Univerisdade de Michigan e coautor do trabalho publicado na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS).
As altas concentrações de hidrogênio e óxido de nitrogênio em forma gasosa provavelmente proporcionam a fonte de energia química para a existência desse ecossistema isolado, estimam os cientistas. Esses gases se formam a partir de reações químicas da água muito salgada com rochas ricas em ferro.

“Não conhecíamos até agora quase nada sobre esses processos geoquímicos e da vida microbiana nesses ambientes gelados, especialmente em temperaturas abaixo de zero”, disse Alison Murray, do Instituto de Pesquisas do Deserto na Universidade de Nevada.
Apesar das temperaturas baixas, da ausência de luz e da forte salinidade, a Antártica abriga uma fauna abundante de bactérias capazes de sobreviver sem energia solar.

Estudos prévios no lago Vida revelam que esses ecossistemas bacterianos estiveram isolados de qualquer influência externa por quase 3 mil anos, ao contrário de outros ambientes extremos que vivem sem luz próximos a fontes hidrotermais no fundo dos oceanos.

sábado, 24 de novembro de 2012

ESTUDO MOSTRA QUE SECA PODE AFETAR FLUXO DE ÁGUA DENTRO DE ÁRVORES

 
Pesquisa divulgada nesta quarta-feira (21) pela revista científica “Nature” aponta que uma maior frequência na quantidade de secas no planeta, consequência de alterações climáticas, poderia causar um colapso no fluxo de água existente no interior das árvores e proporcionar uma maior mortalidade de espécies.
O transporte de água da raiz das árvores para partes mais altas ocorre por um conjunto de canais conhecido como xilema. Uma possível escassez de fluidos no solo prejudicaria o ciclo natural das árvores, que teriam de “forçar” a extração de água do solo.
De acordo com o estudo, essa sucção intensa dentro do xilema geraria bolhas de ar, que podem entupir canais que transportam água para partes mais altas da planta – um resultado que é conhecido como falha hidráulica e que pode levar à morte da árvore.
Cientistas da Universidade de Ulm, na Alemanha, estudaram esse fluxo natural em 226 árvores localizadas em 81 diferentes locais do mundo. Eles observaram a pressão do xilema dessas espécies durante um período de estresse hídrico (ausência de chuvas). Segundo o estudo, foi constatado que metade das árvores analisadas apresentaram problemas no transporte interno de água.
Maioria Vulnerável – Havia a expectativa de que árvores presentes em locais áridos teriam mais chances de sobrevivência por estarem adaptadas ao clima. Ao mesmo tempo, aquelas dependentes do clima úmido ficariam mais vulneráveis com uma maior escassez de chuvas.
No entanto, 70% das árvores estudadas apresentaram dificuldades no funcionamento do xilema, independente de sua localização. Os cientistas afirmam que plantas com flores, também chamadas de angiospermas, correm mais risco de serem afetadas do que pinheiros e seus familiares, conhecidos com gimnospermas.

CIENTISTAS REVELAM DETALHES INÉDITOS SOBRE O VÍRUS DA GRIPE


 
Cientistas publicaram nesta quinta-feira (22) detalhes da estrutura do vírus da gripe que nunca tinham sido revelados antes. O avanço é resultado de duas pesquisas independentes – uma do Instituto The Scripps, em La Jolla, nos Estados Unidos, e outra do Centro Nacional de Biotecnologia da Espanha – publicadas pela revista “Science”.
Os estudos mostraram a estrutura tridimensional das “embalagens” moleculares que carregam o material genético dos vírus. A análise revelou que tipo de proteínas compõem essa estrutura, e de que forma elas agem na replicação do influenza, como é chamado o vírus da gripe.

A compreensão de como o vírus se multiplica é um grande desafio para as pesquisas na medicina. As proteínas do influenza não interagem com as células de laboratório da mesma maneira como fazem com o hospedeiro, e por isso era impossível observar sua replicação. Nos atuais estudos, os dois grupos foram capazes de superar esse obstáculo.
O conhecimento mais profundo do processo será capaz de indicar alguns pontos vulneráveis do vírus, e isso certamente será útil no desenvolvimento de novos medicamentos contra a doença.

O vírus da gripe é considerado uma grande ameaça à saúde pública, por isso é importante conhecê-lo bem. A preocupação não é só com a gripe comum – também chamada de gripe sazonal –, mas também com suas variações, que podem produzir uma nova doença mortal.
Recentemente, pesquisadores causaram polêmica quando produziram uma mutação do vírus da gripe aviária que seria transmitida entre mamíferos. A possibilidade foi vista como um risco por especialistas em biossegurança, que viram na linha de pesquisa um potencial de uso por terroristas .

terça-feira, 20 de novembro de 2012

ANTIBIÓTICOS DADOS A ANIMAIS CHEGAM AO SOLO E PODEM CONTAMINAR VEGETAIS


 
Os antibióticos que são dados a animais chegam ao solo e podem se concentrar em legumes e vegetais comidos pelas pessoas, mostra pesquisa da USP (Universidade de São Paulo).
O engenheiro agrônomo Rafael Leal, pesquisador do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da USP em Piracicaba, no interior de São Paulo, afirma que os resíduos atingem o ambiente de forma direta, nas fezes e na urina dos animais tratados, ou indireta, com o uso de esterco animal na adubação de propriedades rurais. Como o Brasil ainda não possui legislação sobre limites de resíduos no ambiente, Leal recomenda o controle e o monitoramento das substâncias na criação de animais.
A pesquisa avaliou quatro tipos de antibióticos, as fluoroquinolonas (norfloxacina, ciprofloxacina, danofloxacina e enrofloxacina), aplicadas em amostras de solo, de cama de frango (revestimento sobre o qual ficam os animais no criadouro) e solo fertilizado com cama de frango – foram usadas 46 amostras de cama de frango e 11 de solo, coletadas em granjas e áreas agrícolas de Piracicaba e outras sete cidades próximas.
Leal diz que verificou, ainda, “o potencial dos resíduos de serem absorvidos e eliminados dos solos representativos do Estado de São Paulo”. “Nos dois casos [cama de frango e solo], os valores foram compatíveis com os níveis relatados em outros países, podendo-se citar levantamentos conduzidos na Áustria, China e Turquia”, explica.
O engenheiro agrônomo afirma que, além de impactar negativamente organismos aquáticos e terrestres, a ocorrência dos resíduos pode aumentar a resistência de micro-organismos aos antibióticos. “As implicações da presença dos resíduos ainda são pouco conhecidas, pois começaram a ser investigadas somente a partir do ano 2000, e o Brasil carece de pesquisas na área, ignorando possíveis efeitos no ecossistema local”.
Embora não haja uma relação direta entre os efeitos dos resíduos com a saúde das pessoas, Leal observa que as concentrações transferidas ao solo pela aplicação de esterco animal podem favorecer a seleção de populações de micro-organismos resistentes. “Os resíduos também poderiam ser absorvidos e acumulados nos tecidos vegetais, causando riscos quando da colheita e consumo de alimentos de origem vegetal.” 

INSETOS ‘DOMESTICARAM’ BACTÉRIAS PARA OBTER BENEFÍCIOS, SUGERE ESTUDO


 
Cientistas da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, descobriram um novo tipo de bactéria que pode ajudar a entender como vários destes micróbios passaram a viver dentro do organismo dos insetos, trazendo benefícios através de relações conhecidas como simbiose.
O estudo, publicado nesta quinta-feira (15) no site do periódico “PLoS Genetic”, sugere que espécies de insetos foram infectadas por bactérias agressivas há várias gerações, originárias de plantas e animais. Com o tempo, os microorganismos evoluíram para se tornar menos letais e, com isso, se beneficiar de serem transmitidos para os filhotes dos insetos. Esta “domesticação” das bactérias pelos insetos, na palavra dos pesquisadores, era um mistério para a comunidade científica.

Com a nova bactéria, que foi descoberta após um idoso americano machucar sua mão em uma árvore e ter uma infecção, é possível entender melhor “a origem dos benefícios mútuos de uma relação simbiótica entre micróbios e os insetos”, afirmou o pós-doutorando Kelly Oakeson, um dos autores da pesquisa.
“Há várias bactérias no meio ambiente que fazem relações simbióticas com insetos. É a primeira vez que um destes micróbios é encontrado e estudado”, disse Oakeson na pesquisa. A nova bactéria pode ser reproduzida em laboratório com facilidade, e está ligada ao gênero Sodalis, um dos muitos tipos de bactéria que vivem no corpo dos insetos, segundo o estudo.

O estudo afirma que, no futuro, deve ser possível manipular os genes da bactéria descoberta para que ela impeça que insetos transmitam doenças, como o mosquito da malária, o mosquito da dengue e a mosca tsé-tsé, que transmite a chamada doença do sono.
“Se conseguirmos modificar geneticamente a bactéria e colocá-la de volta nos insetos, ela pode ser usada como uma forma de combater doenças que são transmitidas por estes insetos”, disse o pesquisador Adam Clayton, da mesma universidade e um dos autores do estudo.

domingo, 18 de novembro de 2012

EMBRAPA BUSCA CLONAGEM INÉDITA DE ANIMAIS AMEAÇADOS NO BRASIL

 
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) planeja trabalhar na clonagem de espécies ameaçadas de extinção no Brasil, como lobo-guará, onça-pintada e veado-catingueiro.
O projeto ainda depende da aprovação do departamento jurídico da Embrapa e não tem prazo de conclusão. Mas, se bem-sucedido, pode resultar na primeira clonagem de um animal silvestre no país.
A iniciativa é feita em parceria com o Jardim Zoológico de Brasília, que será o destino final dos animais clonados.
“Há dois anos, coletamos material genético de animais mortos (na região do Cerrado), em acidentes rodoviários ou em zoológico”, explicou à BBC Brasil o pesquisador do Embrapa Carlos Frederico Martins.
“Agora, surgiu a ideia de uma nova parceria, ainda não pronta, de coletar material não apenas do Cerrado, mas também de animais vivos de outros biomas e faunas exóticas para inseminação artificial e clonagem.”
Uma das técnicas a ser usadas é a semelhante à da ovelha Dolly. “Trata-se da técnica de transferência de núcleos. Retiramos o núcleo do ovócito (célula que dá origem ao óvulo) e o substituímos pela célula do indivíduo a ser clonado, do qual temos material genético”, diz o pesquisador, que é médico veterinário com mestrado em reprodução animal.
Experiência com Bovinos – A Embrapa tem um banco de 420 amostras de oito espécies de animais. Concluída a aprovação em seu departamento jurídico, ainda buscará o aval do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama) para usá-las.
Martins não arrisca estabelecer um prazo para concluir a primeira clonagem, mas prevê anos de pesquisa.
“Já temos a tecnologia para fazer a clonagem de bovinos. Agora, queremos transferi-la para a clonagem de animais silvestres, estudando-a em bichos em que ela nunca foi usada”, prossegue.
“Mas, mesmo em bovinos, é uma técnica ainda ineficiente às vezes, então temos que ir devagar. Conhecemos pouco (da aplicação desses métodos) em espécies selvagens, então, isso pode demorar um pouco.”
Serão estudadas espécies que não necessariamente correm risco iminente de extinção, mas cuja população tem diminuído. Futuros animais clonados seriam mantidos no zoológico, onde seriam estudados e usados para reposição natural dos bichos que morrerem.
Segundo o pesquisador, os indivíduos clonados não estariam aptos a viver na natureza selvagem, e a Embrapa não teria como monitorá-los.
O Jardim Zoológico de Brasília, por sua vez, criará um laboratório para dar prosseguimento aos estudos da Embrapa. Ambas as instituições captarão recursos para o projeto, mas Martins ainda não sabe estimar quanto custará todo o processo.
Atenção Internacional – O projeto brasileiro despertou atenção internacional. A versão online da revista especializada “New Scientist” noticiou a iniciativa e citou a primeira clonagem da Embrapa, em 2001 – uma vaca batizada de Vitória, que morreu no ano passado –, e os cem animais clonados desde então, principalmente bovinos e equinos.
O jornal britânico “The Guardian” destacou que muitos conservacionistas veem com reservas a iniciativa de clonar animais ameaçados, temendo que isso desvie o foco da preocupação principal: proteger o habitat desses animais.
Segundo Martins, o projeto da Embrapa não pretende se tornar a principal ferramenta de conservação das espécies e lembra que a clonagem diminui a variedade genética do reino animal.
“É algo complementar (aos esforços de conservação) de matas, rios e reservas. Nosso objetivo principal é estudar a técnica, ver como ela se comporta e se é possível produzir animais do nosso bioma para quando precisarmos.”

GRILOS E MAMÍFEROS TÊM SISTEMA AUDITIVO PARECIDO, DIZ PESQUISA

 
A descoberta de um órgão auditivo não identificado anteriormente no ouvido de grilos da América do Sul pode ajudar nas pesquisas de sensores acústicos, incluindo tratamentos médicos.
Os grilos que vivem no Parque Nacional Gorgona, uma ilha do oceano Pacífico localizada na costa da Colômbia, têm uma vesícula auditiva, em formato de caracol, que transforma a energia acústica das ondas sonoras em energia mecânica, hidráulica e eletroquímica.
Nos mamíferos, esse papel é desempenhado por três ossinhos do ouvido médio (martelo, bigorna e estribo) e pela cóclea.
A pesquisa, com os resultados dos estudos sobre grilos da espécie Copiphora gorgonensis, será divulgada na edição desta sexta-feira (16) da revista “Science”.
Os resultados do estudo, feito nas universidades de Bristol e Lincoln, no Reino Unido, são a peça que faltava no quebra-cabeça para compreender o processo de transformação de energia nos ouvidos desses animais.
Os autores do estudo também concluíram que o sistema de audição dos insetos, em três etapas, é mais parecido com o dos mamíferos do que se imaginava.
Nos mamíferos, as ondas sonoras fazem o tímpano vibrar. Depois, os três ossículos amplificam as vibrações, o que faz com que elas viajem através de um fluido na cóclea.
Por fim, células ciliadas do ouvido interno convertem as ondas sonoras em impulsos elétricos, que transportam a informação para o cérebro.
No caso dos insetos, não se sabia como os vários órgãos se conectam para permitir que os bichos ouçam.
Preenchida por um fluido, a vesícula auditiva dos insetos contém uma rede de receptores sensoriais. Os cientistas acreditavam antes que só os vertebrados tinham um processo tão eficiente de conversão de vibrações sonoras.
Evolução Convergente - A descoberta das semelhanças entre os sistemas auditivos surpreende principalmente pelas diferenças entre os organismos de insetos e mamíferos e seus processos de evolução.
As quatro “orelhas” dos grilos estudados, por exemplo, ficam localizadas nas duas patas dianteiras e são partes minúsculas de seus órgãos auditivos. Elas podem detectar sons a longas distâncias.
O estudo pode ajudar na criação de novas tecnologias em pesquisas sobre sensores acústicos, já que, assim como os humanos, os grilos também têm uma audição muito sensível.
O conhecimento sobre esse nível de sofisticação e funcionalidade da audição do inseto deverá ser útil para a engenharia de sistemas bioinspirados.
O principal responsável pela descoberta, Fernando Montealegre-Zapata, cresceu na Colômbia e, muito cedo, desenvolveu interesse em insetos, especialmente grilos. Ele decidiu estudar entomologia e focou seus trabalhos em acústica, biomecânica e biologia sensorial.
“As descobertas mudam nossa visão sobre a audição dos insetos. Temos certeza de que a hipersensibilidade auditiva da espécie vem da vesícula que detectamos”, afirmou Montealegre-Zapata.
Para outro pesquisador da equipe, Daniel Robert, ter uma audição aguçada, no caso dos grilos colombianos, pode significar a diferença entre a vida e a morte.
“Na cacofonia de seu ambiente de floresta tropical, é crucial para esses bichos distinguir entre um coro de sons de insetos e os ultrassons dos morcegos que os caçam”, disse.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

ÁGUA PODE SER UM PROBLEMA PARA 55% DOS MUNICÍPIOS DO PAÍS


 
Mais da metade dos municípios brasileiros pode ter problemas com o abastecimento de água ou dificuldade para receber água de boa qualidade nos próximos anos. A afirmação é do presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, que participou nesta quarta-feira do EXAME Fórum de Sustentabilidade 2012.
Responsável pela agência que regula o uso dos recursos hídricos brasileiros, Andreu afirma que a discussão hoje deve se concentrar na qualidade da água a que os brasileiros têm acesso.
“Inclusive no semiárido brasileiro, a gente imagina que (o problema) é a quantidade, mas o grande problema é a qualidade dos açudes, que apresentam grande nível de comprometimento”, disse o presidente da ANA.
Mas as dificuldades futuras não estão apenas no semiárido.
Embora o Brasil seja reconhecido com um dos países mais beneficiados em recursos hídricos, a distribuição é extremamente desigual em todo o território.
Na região Amazônica, que não concentra nem um décimo da população brasileira, está 70% da água doce do país. Para piorar, a água brasileira é de boa qualidade – 81% é classificada como boa ou ótima – mas os mananciais de avaliação ruim ou péssima estão concentrados na populosa faixa litorânea do sul e sudeste, informou o presidente da ANA. 

PESQUISADORES DA EMBRAPA DESENVOLVEM ALIMENTO DO FUTURO



Em um terreno atrás de uma delegacia na Asa Norte de Brasília um conjunto de prédios baixinhos e ladeados por pequenas estufas produzem soluções para problemas agrários. São sementes de feijão imune a pragas, café resistente à secas e alface com 15 vezes mais ácido fólico, uma vitamina importantíssima para grávidas, tudo isso produzido por uma empresa estatal, a Embrapa Recursos Genéticos Biotecnologia (Cenargen).
No laboratório do Professor Francisco Aragão foi criado o feijão resistente ao mosaico dourado, praga que afeta plantações em todo o Brasil. O feijão carioquinha que saiu de lá foi a primeira variedade geneticamente modificada criada em uma instituição pública de pesquisa brasileira. O fungo gera prejuízo de 90 a 290 toneladas de feijão por ano, com a produção nacional girando em torno de 1,2 milhões de toneladas por ano. As sementes do novo transgênico ainda estão em fase de teste em três regiões do país e o registro da variedade deve sair nos próximos dois anos. Futuramente as sementes serão disponibilizadas para o produtor rural sem a cobrança de royalties.
“Costumo falar para o produtor que se ele estiver desesperado é melhor não me procurar”, ri Aragão, porque o estudo demorou mais de dez anos para ter resultado prático. Aragão afirma que o desenvolvimento de tecnologia transgênica deve ser a última solução para um problema, por causa do tempo que leva para ficar pronto.
Os pesquisadores da Embrapa modificaram o DNA do feijão para que ele produzisse fragmentos de RNA responsável pela ativação de defesa contra o vírus do mosaico dourado. “A planta não transgênica chega a produzir estes fragmentos de RNA do vírus para bloqueá-lo, mas isso só acontece quando o vírus já está instalado”, explicou. O novo processo faz com que as plantas transgênicas já tenham o RNA pronto para se defender da praga.
De acordo com o pesquisador países do Caribe e a Argentina demonstraram interesse em usar o feijão, mas mais testes precisam ser feitos, pois o vírus da praga nestes países é um pouco diferente do brasileiro.
A Embrapa também tentou desenvolver algo semelhante do que foi feito com o feijão, só que com tomates. Porém existem mais de 24 espécies da fruta e seria necessário criar resistência a múltiplas espécies de pragas. O projeto não andou.
Café Forte – A poucos passos do laboratório que desenvolveu o feijão, o biólogo Eduardo Romano trabalha no desenvolvimento de plantas resistentes a secas.
O estudo começou analisando o genoma do café, sequenciado em 2007. Naquela época eles analisaram quais dos 30 mil genes da planta se expressavam quando o café passava por períodos de seca. Chegaram a cinco genes, e os pesquisadores optaram por introduzir o gene CAHB12 em outras plantas. Agora eles estão introduzindo o gene em plantas como a soja, algodão, trigo e arroz.
“Esperamos ter variedades comerciais em cinco anos”, disse Romano, pesquisador da Embrapa que coordena o projeto em parceria com a UFRJ.
A equipe também sequenciou o genoma da palma, espécie de cactos comestível. Eles descobriram quais foram os genes expressados durante período de seca e estão introduzindo os genes em plantas modelo. “Ainda precisamos validar o quanto de água vamos economizar com a planta modelo”, disse.
Romero lembra que de acordo com a ONU, 70% da água usada no mundo é utilizada em agricultura e que de acordo com estimativas da própria ONU, até 2030 será necessário aumentar em 50% a produção de alimento no mundo.
Alface Bombada - Ainda no laboratório de Aragão, está saindo da horta uma variedade de alface com 15 vezes mais ácido fólico. A falta desse nutriente durante a gestação pode causar má formação do tubo neural (explicar o que é) do feto. No Brasil, estima-se que 1,6 nascidos em mil tenham problemas na má formação.
“Alteramos passos da rota metabólica destas plantas. Elas estão prontas, mas ainda precisam de ensaio de biossegurança”, afirma Aragão. De acordo com os pesquisadores 12 gramas da alface equivalem a 70% do que uma pessoa adulta precisa ingerir de ácido fólico por dia. “Da planta transgênica seria necessário comer a quantidade presente em um sanduíche por dia. Já da planta normal seria preciso comer dois pés de alface”, disse.
Os pesquisadores também criaram uma variedade com sete vezes mais ácido fólico e pretende cruzar as duas variedades, para entender se isso traz ainda mais aumento de vitaminas na planta. Atualmente, o Brasil fortifica a farinha com ácido fólico, porém dificilmente a quantidade é uniformizada no produto. A alface da Embrapa seria a solução deste problema. 

CIENTISTAS CRIAM ‘PELE’ DE PLÁSTICO SENSÍVEL AO TOQUE QUE SE CURA SOZINHA


 
Cientistas da Universidade Stanford, nos EUA, desenvolveram uma pele de plástico flexível e sensível ao toque que consegue se “curar” sozinha quando cortada ou rasgada. Além disso, o material é capaz de sentir a menor pressão, como o pouso de uma borboleta ou um aperto de mão.
O material sintético foi desenvolvido pela equipe da professora Zhenan Bao, da faculdade de engenharia química de Stanford. O trabalho foi financiado pelo Escritório de Pesquisa Científica da Força Aérea (AFOSR) dos EUA e publicado na revista “Nature Nanotechnology”.
“Na última década, houve grandes avanços na pele sintética, mas mesmo os materiais mais eficazes tiveram grandes inconvenientes. Alguns precisavam ser expostos a altas temperaturas, o que os tornava inviáveis para uso no dia a dia. Outros se curavam à temperatura ambiente, mas a reparação de um corte mudava sua estrutura mecânica ou química”, explica a cientista.
Zhenan diz também que nenhuma “pele” autocurável era boa condutora de eletricidade, uma propriedade crucial, principalmente se o produto for interligado ao mundo digital. Nesse caso agora, porém, o material tem a condutividade similar à de um metal, por meio de uma superfície áspera e ligações de hidrogênio.
Segundo o coautor Chao Wang, essas moléculas se quebram facilmente, mas, quando se reconectam, os laços delas se reorganizam e se restauram. Os cientistas destacam que, para criar esse polímero, foram adicionadas pequenas partículas de níquel, para aumentar a resistência mecânica dele.
Para ver como a pele poderia restaurar sua força mecânica e a condutividade após ser danificada, os pesquisadores a cortaram com um bisturi e pressionaram os pedaços suavemente por alguns segundos. O material acabou recuperando 75% da força original e da condutividade, e ficou quase 100% novo em 30 minutos.
“Até a pele humana leva dias para cicatrizar. Então isso é muito legal”, avalia Benjamin Chee-Keong Tee, um dos principais autores. Além disso, a mesma amostra pode ser cortada várias vezes no mesmo lugar. Após 50 incisões e reparos, o material ainda resistiu à flexão e ao alongamento, da mesma forma que o original.
A equipe também tem explorado como usar a pele artificial como um sensor eletrônico. Segundo Tee, há várias possibilidades comerciais para o produto, com aplicação em dispositivos e fios elétricos de difícil acesso, como dentro de paredes de prédios ou veículos.
O desafio agora é tornar o tecido elástico e transparente, para envolver e guardar aparelhos eletrônicos e telas de exibição.

DIABETES MATA MAIS QUE AIDS E TRÂNSITO NO BRASIL


 
Dados do Ministério da Saúde divulgados na terça-feira (13) indicam que 54 mil brasileiros morreram em 2010 em decorrência do diabetes. Isso significa que a doença matou quatro vezes mais do que a aids (12 mil óbitos) e superou o total de vítimas de trânsito (42 mil) no país.
A pasta alertou que o total de mortes provocado pelo diabetes é ainda maior quando se considera que a doença age como fator de risco para outras enfermidades, como câncer e doenças cardiovasculares. Em 2010, o diabetes esteve associado a 68,5 mil mortes, o que totaliza cerca de 123 mil mortes direta e indiretamente.
De 2000 a 2010, a doença foi responsável por mais de 470 mil mortes em todo o Brasil, enquanto a taxa de mortalidade avançou de 20,8 para 28,8 casos para cada 100 mil habitantes.
As mulheres são as principais vítimas e responderam, em 2010, por 30,8 mil mortes contra 24 mil entre os homens. Em 2000, 20 mil mulheres morreram por causa do diabetes, ante 14 mil homens.
A faixa etária com o maior número de mortes, em 2010, é acima dos 80 anos, totalizando 15,7 mil. O número mais que dobrou quando comparado ao ano 2000, quando 6,7 mil mortes foram notificadas na mesma faixa etária.
Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o diabetes constitui um problema contemporâneo. Ele lembrou que, atualmente, 15% da população brasileira são obesos e que o quadro é um facilitador para a doença.
“Esta é a hora de revertermos a possibilidade do nosso país ser cada vez mais um país de diabéticos”, disse, ao citar mudanças como melhoria dos hábitos alimentares e aumento da atividade física. “É um momento fundamental para que o conjunto da população brasileira, sobretudo os profissionais de saúde, tenham atitudes em relação à prevenção”, completou.
No ano passado, o governo federal lançou o Plano de Ações para o Enfrentamento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis, que inclui medidas para a redução de casos e de mortes por diabetes.
A meta é alcançar queda de 2% ao ano nas mortes prematuras provocadas por doenças crônicas, a partir da melhoria de indicadores relacionados ao consumo de álcool, alimentação inadequada, sedentarismo e obesidade, fatores considerados de risco para o diabetes.