sexta-feira, 30 de março de 2012

SORO CASEIRO


Sobre o Soro Caseiro
O soro caseiro é uma solução formada por sal, açúcar e água. É indicado para combater a desidratação, doença que atinge principalmente crianças entre 0 a 5 anos em todo o mundo. Apesar de ser uma receita prática e fácil de fazer, é preciso estar atento às dosagens corretas de cada substância. Por isso, não deixe de repassar esse artigo aos seus conhecidos.
Como Preparar o Soro Caseiro
Em primeiro lugar, lave bem as mãos antes de iniciar o preparo do soro caseiro. Em um copo de água, junte uma colher pequena (no tamanho de uma colher de sobremesa) de sal e uma colher grande (no tamanho de uma colher de sopa) de açúcar.
Tenha atenção para que a água a ser utilizada seja mineral ou filtrada. Pode-se ferver a água antes de utilizar e esperar até que esteja fria.
Depois disso, mexa bem até desaparecer o sal e o açúcar. A criança pode, então, receber o soro caseiro em pequenas colheradas durante o dia.
Medidas do Soro Caseiro
Se você tem dúvidas quanto às medidas de cada substância, uma dica importante é procurar um posto de saúde. Além de auxílio no atendimento, os postos possuem uma “colher-medida”, ideal para fazer a receita do soro caseiro. Basta colocar as quantidades de sal e açúcar nos espaços correspondentes e misturar à água.
Para fazer uma maior quantidade de soro, pode-se utilizar a medida recomendada pela UNICEF, ou seja: 1 litro de água com 3,5g de sal e 40g de açúcar. A preparação correta do soro caseiro ajuda na melhora da criança.
Indicações do Soro Caseiro
Por ser uma receita de baixo custo, o soro caseiro é utilizado com freqüência para repor a água e sais minerais perdidos em casos de desidratação. A doença está ligada a casos de intoxicação alimentar, insolação, diarréia e vômito.
Curiosidade do Soro Caseiro
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a desidratação não pode ser combatida apenas bebendo água. O corpo desidratado também precisa repor os sair minerais para adquirir energia. Tomar pequenas doses de soro caseiro – água, sal e açúcar – é uma forma eficaz e barata para ter de novo a sensação de bem-estar.

VIA LÁCTEA TEM BILHÕES DE PLANETAS SUPOSTAMENTE HABITÁVEIS

Uma equipe internacional de astrônomos descobriu que a Via Láctea abriga dezenas de bilhões de planetas rochosos que giram em torno de anãs vermelhas – estrelas cuja massa é menor que a do Sol.
O estudo, realizado pelo Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) e divulgado nesta quarta-feira, contou com dados obtidos pelo espectrógrafo Harps, o “caçador de planetas” instalado em um telescópio de 3,6 metros do observatório La Silla, no Chile.
Segundo a pesquisa, é possível deduzir que nas vizinhanças do Sistema Solar, a distâncias inferiores a 30 anos luz, pode haver uma centena de “Super-Terras” (planetas com massa de uma a dez vezes superior à da Terra).
Esta foi a primeira vez que foi medida de forma direta a frequência de Super-Terras em torno de anãs-vermelhas, que representam 80% das estrelas de nossa galáxia.
“Cerca de 40% de todas as estrelas anãs-vermelhas têm uma Super-Terra orbitando em sua zona de habitabilidade, uma região que permite a existência de água líquida sobre a superfície do planeta”, explicou o líder da equipe internacional, Xavier Bonfils.
Segundo o astrônomo do Observatório de Ciências do Universo de Grenoble (França), como as anãs vermelhas são muito comuns – há 160 bilhões delas na Via Láctea -, pode-se concluir que “há dezenas de bilhões de planetas deste tipo só em nossa galáxia”.
Durante as observações, realizadas durante um período de seis anos no hemisfério sul a partir de uma amostra composta por 102 estrelas anãs-vermelhas, os cientistas descobriram um total de nove Super-Terras.
Os astrônomos estudaram a presença de diferentes planetas em torno de anãs-vermelhas e conseguiram determinar que a frequência de Super-Terras na zona de habitabilidade é de 41% em uma categoria que vai de 28% a 95%.
Por outro lado, os planetas gigantes – similares em massa a Júpiter e Saturno no nosso Sistema Solar – não são tão comuns ao redor de anãs-vermelhas, com uma presença inferior a 12%.
Segundo Stéphane Udry, do Observatório de Genebra, “a zona de habitabilidade em torno de uma anã-vermelha, onde a temperatura é apta para a existência de água líquida na superfície, está mais perto da estrela do que no caso da Terra em relação ao Sol”.
“Mas as anãs-vermelhas são conhecidas por estarem submissas a erupções estelares ou labaredas, o que inundaria o planeta de raios-X ou radiação ultravioleta: isso tornaria mais difícil a existência de vida”, acrescentou.
Por sua vez, Xavier Delfosse, do Instituto de Planetologia e Astrofísica de Grenoble, indicou que agora que se conhece a existência de muitas Super-Terras próximas, “espera-se que algum desses planetas passe em frente à sua estrela anfitriã durante sua órbita em torno desta”.
“Isso abrirá a excitante possibilidade de estudar a atmosfera destes planetas e buscar sinais de vida”, concluiu.
Um dos planetas descobertos pelo espectrógrafo Harps é Gliese 667 Cc, o mais parecido com nosso planeta, e que com quase certeza reúne as condições adequadas para a presença de água líquida em sua superfície, segundo o ESO.

INSTITUTO BUTANTAN COMEÇA A TESTAR EM HUMANOS VACINA CONTRA DENGUE


O Instituto Butantan vai iniciar até junho os ensaios clínicos da vacina contra dengue em humanos. O estudo, feito em parceria com o Centro de Pesquisas Clínicas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo USP), avaliará a segurança e a imunogenicidade (capacidade que uma substância tem de induzir uma reação de defesa do organismo contra determinada doença) da vacina, que é tetravalente, pois atua sobre os quatro tipos de vírus da dengue após a administração de apenas uma dose. A estimativa do instituto é que a vacina esteja disponível para a população em três anos.
Para os testes clínicos serão recrutados, a partir de abril, 300 voluntários de 18 e 50 anos de idade. Segundo o Butantan, os resultados dos testes de segurança serão obtidos logo no primeiro ano de análise, mas todos os voluntários serão acompanhados por um período de cinco anos após a vacinação.
“Esse é um passo muito importante para a saúde pública e para a ciência, representando um avanço significativo na prevenção da dengue. A vacina já se mostrou segura e imunogênica em estudos anteriores e esperamos obter o mesmo sucesso nessa nova etapa”, avaliou Alexander Precioso, diretor médico de Ensaios Clínicos do Instituto Butantan.
Na quarta-feira (28), a Secretaria de Saúde paulista divulgou mais um balanço da doença em São Paulo. De acordo com os dados, o número de casos registrados entre 1º de janeiro e a semana passada caiu 93% em comparação com o mesmo período do ano passado.
O Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan) registrou 2.247 casos autóctones (com transmissão dentro do estado) de dengue. No mesmo período do ano passado, houve 32.549 casos confirmados da doença.
Guaratinguetá, no Vale do Paraíba, lidera o número de casos informados à secretaria pelo Sinan (408), seguida pelos municípios de Pontal (300) e Potim (200). As regiões do Vale do Paraíba, de Ribeirão Preto e Araraquara concentram 67% dos casos de dengue no estado, com 1.350 confirmações.
Até o momento, foi confirmada uma morte por dengue no município de Pontal, região de Ribeirão Preto, ocorrida em janeiro. No ano passado, 50 pessoas morreram por causa da doença. Em 2010, foram registradas 140 mortes dengue. Dos 645 municípios paulistas, 490 não registraram nenhum caso da dengue até agora.

quarta-feira, 28 de março de 2012

COMEÇA O VII FÓRUM DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

                            O governador Omar Aziz foi o primeiro a discursar no evento.
     
Educadores ambientais articulados em rede se encontram no evento presencial mais importante da área no Brasil, de 28 a 30 de março, em Salvador (BA). Com o tema “Educação Ambiental: Rumo à Rio+20 e a uma sociedade sustentável”, o IV Fórum Brasileiro de Educação Ambiental conta com a participação e o apoio da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (SAIC) do Ministério do Meio Ambiente, por meio do Departamento de Educação Ambiental (DEA).
Segundo a Secretária da SAIC, Samyra Crespo, a expectativa é de que o fórum seja inspirador e produtivo, pois reúne as grandes inteligências do setor no Brasil. “Desde a Rio-92, as práticas de educação ambiental evoluíram muito no mundo todo, principalmente no Brasil”, explicou. “A década para o desenvolvimento sustentável, marco mundial que a Unesco disseminou para que todos os países desenvolvessem programas de educação ambiental, contribuiu para que o tema, mundialmente vinculado à Agenda Verde, ganhasse fôlego trabalhando nos três pilares do desenvolvimento: econômico, social e ambiental”.
“Espera-se que a Rio+20 não reabra discussões conceituais, mas sim uma agenda pragmática para a Educação Ambiental nas próximas décadas, e que seja tão inspiradora como foi a Rio92, completou a secretária. Essa expectativa se reflete na programação do VII Fórum, que foi construída a partir das dimensões ambiental, social, cultural e econômica.
Prioridade - Em mesas redondas, rodas de conversa, openspace, “café social”, minicursos, painéis, oficinas, jornadas temáticas, encontros paralelos, atividades culturais, vídeos, poesias, artes e danças, as questões da educação ambiental no Brasil serão abordadas de diversas formas. O resultado será a produção de documentos que fiquem como referência para a atuação dos governos e de ONGs no campo socioambiental.
“Participar das discussões, mostrar o que está sendo feito pelo Ministério e ouvir sugestões é nossa prioridade. O Fórum representa uma oportunidade para sintonizar a política pública com as ações que estão acontecendo na sociedade”, diz o diretor do DEA/MMA, Nilo Diniz. O evento é organizado pela Rede Brasileira de Educação Ambiental (RBEA), que completa 20 anos em 2012.

CRESCIMENTO POPULACIONAL AUMENTA MUDANÇAS CLIMÁTICAS, DIZEM CIENTISTAS


Prédios residenciais são vistos em Po Lam, uma das 'cidades-satélites' de Hong Kong, na China (Foto: Bobby Yip/Reuters).

A crescente população contribui para aumentar a pressão sobre os recursos naturais do planeta, mas a questão é complexa e há poucas soluções, afirmaram cientistas reunidos na conferência “Planeta sob Pressão”, celebrada em Londres, a poucos meses da Rio+20.
Segundo os especialistas, reunidos durante quatro dias para discutir a saúde do planeta, as respostas têm seguido na direção de educar as mulheres de países pobres e ampliar seu acesso aos anticoncepcionais, mas também com vistas à reforma dos padrões de consumo nos países ricos.
Os cientistas participantes apontaram o crescimento populacional como um grande responsável indireto pelo aquecimento global, pelo esgotamento de recursos, pela poluição e pela perda de biodiversidade.
Mas também afirmaram que o tema desapareceu quase que completamente das discussões políticas, em parte devido a questões religiosas, mas também por causa das lembranças traumáticas de controles coercitivos da natalidade em países pobres nos anos 1970 que ninguém quer repetir.
Controle populacional – Para a professora Diana Liverman, da Universidade do Arizona, o vínculo entre crescimento populacional e danos ambientais emergiu em meados do século XX. “Os 50 anos entre 1950 e 2000 foram um período de mudanças dramáticas e sem precedentes na história humana”, afirmou.
Neste tempo, a proporção de pessoas no planeta dobrou, de três para seis bilhões. Agora, está em sete bilhões e segundo algumas estimativas pode chegar a nove bilhões em 2050. A boa notícia é que a taxa de fertilidade – número de filhos por mulher – caiu pela metade, de 5 para 2, desde 1950 e diminuirá abaixo da taxa de reposição, de 2,1 por volta de 2025, afirmou Liverman.
“Isto significa que há uma forte probabilidade de que o crescimento da população se estabilizará em torno dos nove bilhões e pode, na verdade, cair depois disso”, acrescentou Liverman.
Outros especialistas alertaram que a estatística pura pode mascarar muitas complexidades. “A capacidade de suporte do mundo não é um número puro, mas depende de estilo de vida, tecnologia e assim por diante”, rebateu Lorde Martin Rees, da Royal Society, a academia britânica de ciências, que publicará no próximo mês um estudo sobre demografia e meio ambiente.
Consumo – Embora a população esteja se estabilizando ou diminuindo nos países ricos, estas ecomomias permanecem, de longe, as maiores fontes de danos ambientais, com emissões de gases-estufa per capita correspondentes ao dobro ou ao quádruplo daquelas dos países em desenvolvimento.
O grande crescimento populacional acontecerá em países em desenvolvimento, especialmente na África subsaariana. Estes países têm pouca responsabilidade nas mudanças climáticas, mas são os mais afetados porque têm poucos recursos financeiros e condições de se adaptar.
As estratégias para trabalhar com os fatores demográficos que contribuem para os danos ambientais seguem essencialmente em dois caminhos, afirmaram os especialistas.
Um é o da mudança de padrões de consumo, de forma que os países ricos – e os gigantes emergentes ansiosos por reproduzir o estilo de vida dos primeiros – usem energia e recursos de forma mais sustentável.
Mulheres – O outro é proteger os direitos das mulheres, seu acesso à educação, ao trabalho e à contracepção. “Se você tem desenvolvimento econômico e educa as mulheres e elas conseguem oportunidades no mercado de trabalho, elas tendem não só a reduzir o número de filhos, mas a retardar crucialmente o momento de tê-los”, explicou Sarah Harper, diretora do Instituto de Envelhecimento da População da Universidade de Oxford.
“E se você atrasa o momento de começar a ter filhos, tende a ter famílias menores”, acrescentou. Tais mudanças podem ter um efeito “surpreendentemente rápido” na redução das taxas de natalidade, disse Stephen Tyler, que trabalha com um grupo denominado Rede de Cidades Asiáticas Resistentes às Mudanças Climáticas (ACCCRN, na sigla em inglês).
No entanto, segundo os cientistas, mais de 200 milhões de mulheres de países em desenvolvimento ainda não conseguem atender às suas necessidades de planejamento familiar. Mas o financiamento para o acesso à contracepção caiu 30% entre 1995 e 2008, “como resultado da pressão legislativa de grupos religiosos nos EUA e em outros países”, afirmaram.